Édson FrancoAdvogado, jornalista e professor universitário
Membro do Conselho da Presidência da ABMES *** Na política de relacionamento das empresas com os seus clientes está mais que certo que, quando o relacionamento é construtivo e bem feito, tem o condão de contribuir para a fidelização dos clientes com as entidades empresariais. Essa política ou técnica, sei lá, ganhou um nome específico na mídia: BIG DATA. Conta-se o caso de uma empresa que, de forma insistente e aparentemente abusiva, passou a endereçar a uma jovem, propostas para aquisição de objetos destinados a bebês. Isto causou certa irritação no pai da menina que, não aceitando ler as propostas de compra, endereçadas indevidamente para a filha querida, resolveu procurar a empresa para reclamar da insinuação que vinha sendo feita a uma jovem de tenra idade. Surpresa para o pai reclamante: a empresa endereçadora das propostas de compra tinha sabido, para desespero do pai da menina, numa triangulação empresarial, quais as jovens que estavam comprando produtos farmacêuticos próprios de restantes e esse era bem o caso da jovem destinadora das cartas de propostas que ela vinha recebendo. Constrangido, o pai pediu desculpas à empresa e passou a olhar a filha de outra maneira. BIG DATA não é para esse tipo de bisbilhotice. Não é para a prática da triangulação. Jamais. Seu fundamento é o de aperfeiçoar o relacionamento entre uma empresa e seus clientes, procurando fidelizá-los ainda mais por receberem um atendimento que reflita o anseio da empresa na descoberta dos desejos e sonhos daqueles que compram seus produtos. Aplicar o BIG DATA numa escola não é tarefa costumeira entre nós. Muitos são os que só colocam fé na mídia televisiva e, agora um pouco, na mídia eletrônica, inclusive nas mídias sociais. Insistem nos “out-doors”, nos panfletos distribuídos em praça pública, ou, nos sinais de trânsito, nos painéis, esquecendo que o melhor entre a empresa (escola) e sua clientela é o relacionamento que pode partir da implementação de sistemas informatizados de conhecimento dos anseios e desejos da clientela. Foi o tempo nas escolas em que a demanda era maior que a oferta. Portanto, bastava esperar para contar com a procura de estudantes. Hoje, alguns dizem com certa insistência que “o negócio é ter alunos”! Agora, porém, entre demanda e oferta há um razoável equilíbrio, especialmente quando a crise econômica assola o país como é o caso presente. Tenho inúmeros exemplos de que o bom relacionamento com a clientela freia o abandono de estudos. Se o relacionamento não for devidamente “adubado” (alimentado), resta acreditar que a morte empresarial não chega rapidamente aí. Quando falta motivação e bom relacionamento família X escola ela morre antes do tempo. 2




