Daniele Piazzi
Consultora de Marketing e Comunicação da Hoper Educação
Karla Caldas Ehrenberg
Consultora em Comunicação Organizacional e Digital
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Diante da pandemia do COVID-19 toda a sociedade passa por um momento de apreensão, dúvidas e, acima de tudo, mudanças. Uma crise como essa, de proporções mundiais, requer a execução de um plano baseado em conhecimento, estratégias e ações. Assim, torna-se essencial que as instituições de ensino compreendam a grandiosidade da situação e mantenham seus públicos informados de maneira clara, objetiva e frequente. O objetivo deste artigo é apoiar o profissional de comunicação das instituições de ensino a identificar e incorporar estratégias eficientes para o enfrentamento da crise do COVID-19.
A pandemia do COVID-19 representa um desafio não só às autoridades de saúde e governantes, mas também aos profissionais de comunicação. Afinal, informações precisas são necessárias para evitar a proliferação do vírus e atenuar o medo e o pânico social. Mesmo com essa constatação, a realidade no ambiente digital, muitas vezes, vai na contramão: redes sociais estão repletas de fake news, informações desatualizadas e não confiáveis, além da demora ou ausência de resposta por parte das organizações.
A atual crise trouxe à tona uma lacuna recorrente na gestão de comunicação em instituições de ensino: comunicação organizacional no gerenciamento de crise. Como em qualquer organização, a reação à crise nas instituições de ensino deve envolver um processo comunicacional, capaz de garantir que os públicos de interesse – alunos, pais de alunos, colaboradores, comunidade, parceiros e imprensa – compreendam o que aconteceu e o que a instituição está fazendo sobre o ocorrido.
O primeiro ponto que precisa ser considerado é que gerenciamento de crise e gerenciamento de comunicação não são sinônimos, tampouco estão relacionados. Enquanto o primeiro lida com a administração do fato iminente, o segundo lida com a percepção do público sobre o fato. Ou seja, não adianta administrar o problema se o público não tiver a percepção de que o problema está sendo administrado. Engana-se o gestor que acredita não ter responsabilidade de manter seus públicos informados pois já tem controle da situação em crise! Não se comunicar ou, comunicar mal, nunca é a decisão acertada.
O atual contexto mundial tem apresentado diferentes formas de agir e o que vemos em comum é a necessidade de comunicar as estratégias e ações de maneira clara, objetiva e rápida. Aprendendo com os exemplos (positivos e negativos) dos governos e instituições de saúde e tendo como suporte os ensinamentos dos gestores de crise é possível organizar uma estrutura basilar para a atuação nas instituições de ensino.




