• portugues-Brasil
  • ingles
  • espanhol
  • Associe-se
  • Newsletter
  • Imprensa
    • Assessoria
  • Contato
  • CAA
  • Associados
  • Associe-se
  • Newsletter
  • CAA
  • Contato
  • Associados
  • Blog
  • Portal ABMES
  • LInC

A gestão educacional orientada pelo Design Thinking

Maria Carmen Tavares

Diretora Educacional e de Inovação da Pro Innovare e Colunista da ABMES

09/12/2013 05:30:59

Maria Carmen TavaresMaria Carmen Tavares Christóvão Pesquisadora da FEI em gestão da inovação no segmento de serviços educacionais e indústria criativa
***
 
Afinal, o que é Design Thinking?
Tim Brown, presidente da IDEO, ao palestrar sobre o tema para empresários de todo o mundo, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, conceituou DT (Design Thinking) como uma metodologia de inovação centrada no desejo, na experiência e nas expectativas do usuário ou cliente. A IDEO é uma das maiores empresas de design do mundo, nascida em Palo Alto, Califórnia, próximo à Universidade de Stanford. Na percepção de Tim Brown, a inovação de qualquer serviço ou produto precisa ser alimentada por uma profunda compreensão, através da observação direta do que de fato as pessoas querem ou precisam em sua vida, e do que gostam ou não na forma ou procedimento de criação de um serviço ou produto. Assim o autor conceitua o Design Thinking. Traduzindo para o ambiente educacional, os serviços prestados por uma escola ou faculdade possuem mais chance de inovar e atender aos anseios dos usuários ao entenderem os pressupostos deste processo de oferta segundo a satisfação do usuário. Entendendo que a solução de problemas de forma original e com valor reconhecido pelos usuários é o que de fato perpetua uma marca, fideliza clientes e propicia a inovação, diversos autores e pesquisadores na área de Administração e Design desenvolveram metodologias interativas para a aplicação do conceito de Design Thinking em estruturas empresariais. Design Thinking na educação A IDEO sempre esteve próximo à Universidade de Stanford o que colaborou para o desenvolvimento do modelo da d.School, uma abreviação utilizada para o Hasso Plattner Institute of Design. A d.School é uma iniciativa da Stanford junto com David Kelley, fundador da IDEO e professor da Universidade há quase 30 anos. Stanford possui um corpo docente que inclui 16 prêmios Nobel, quatro prêmios Pulitzer e 24 MacArthur Fellows. É reconhecida pelo seu ensino e pesquisa interdisciplinar, tendência que surge no Brasil em 2010 com a Universidade Federal do ABC (UFABC), primeira no Brasil a criar bacharelados interdisciplinares, entendendo que se trata de um aspecto facilitador no processo de construção de soluções para educação na economia do conhecimento. Aprender a utilizar a metodologia do Design Thinking para a construção de processos, serviços e produtos educacionais requer a capacitação de seus gestores, o que se torna um componente crítico para a competitividade das instituições de Ensino, pois é necessário oferecer cursos utilizando essas abordagens. Para a criação de soluções inovadoras e com valor reconhecido, a base está na empatia, colaboração e experimentação. A metodologia possui alguns passos básicos: Fase 1: Compreensão – Diante de um problema, cada indivíduo deve contribuir com sua experiência e repertório para sua resolução. Fase 2: Observação – Diante do entendimento de cenário da equipe, elabora-se uma pesquisa de empatia com ênfase em entrevistas qualitativas para chegar à compreensão do que as pessoas dizem que fazem; observar em campo o que de fato faz cada indivíduo ou equipe e, ainda, ir a campo para fazer o que elas relatam que fazem, tendo a oportunidade de vivenciar o problema ou ação junto com o profissional. Fase 3: Percepção – Após a experiência de campo e reflexão das várias percepções, é preciso ressignificar o problema. Fase 4: Criação de ideias – Usar a criatividade para buscar o máximo de alternativas possível para a solução do problema. Fase 5: Prototipagem – Selecionar algumas ideias que serão tangibilizadas em serviço, processo ou produto, num ambiente de muita criatividade e estímulo. Utilizar técnicas diversas com equipes multidisciplinares, compondo uma cultura rica em ideias, experiência e empatia. Fase 6: Testar junto ao público-alvo – Voltar a campo para sentir o retorno dos usuários, mensurando melhorias e supostas adequações. Fase 7: Reiteração – A soma dos inputs recebidos, buscando a maior assertividade para testar as ideias e propostas, chegando a soluções desejáveis pelos usuários. É uma fase de pré-planejamento de viabilidade, inclusive financeira. Percebe-se que a metodologia se resume ao desenho de serviços, processos e produtos com foco centrado no cliente, seja ele interno ou externo. Também é ressaltada a colaboração e conexão entre os diversos setores da instituição, que geralmente se incubem de suas especificidades no dia a dia, sem a troca de experiências concretas que possam agregar valor à instituição e aos usuários finais. Importante notar que a empresa se expõe a grande risco no distanciamento entre o desejo do usuário do serviço e dos gestores que o elaboram. A qualidade que gestores julgam agregar não é percebida pelos usuários. Ressalto que gestores geralmente utilizam o raciocínio dedutivo para a elaboração de novos cursos, serviços e processos, pois se baseiam em experiências já construídas, o que os leva a repetir o modelo de sua própria formação. A lógica indutiva usada numa experiência de Design Thinking faz com que os profissionais tragam à existência o que ainda não existe, utilizando o raciocínio abdutivo. A interdisciplinaridade é um exemplo clássico de colaboração, pois diversos profissionais de diferentes campos do conhecimento interagem para a criação de um produto (matriz curricular), em que a essência de cada especialidade é mantida, mas o produto final é um formato de conhecimento composto por várias fontes, tal qual a dinâmica da vida no século XXI. O Design Thinking ocupa um papel fundamental nos novos arranjos, propostas e currículos, pois proporciona a aprendizagem de habilidades colaborativas, desenvolvendo a postura de escuta, observação e compreensão de raciocínios divergentes. As experiências de campo, seguindo a metodologia proposta, facilitam a elaboração de projetos em que os alunos precisam ir atrás das soluções e se colocar no lugar do outro. Não se trata apenas de trabalhar em equipe, mas de estimular a cocriação e desenvolver o pensamento integrativo. Conclui-se que tais competências resultam em mudanças significativas de perfil de aluno e de ser humano. As restrições de nossa realidade educacional devem ser abraçadas como impulso para soluções criativas em ambientes educacionais.  

12/12/2014

Rui Natal

Olá Maria Carmen, Milito muito na área de Serviços, de Excelência em Atendimento, de Satisfação de Clientes, enfim de tentar arrancar aquele UAU !!!!!, mas confesso que não conhecia esta expressão. Voce recomendaria outros textos e documentos ? Parabens pelo artigo. Obrigado por compartilhar. Rui Natal

09/12/2013

Renata Soares Abreu

Achei interessante essa análise quando diz que os gestores costumam repetir os modelos de sua própria formação. Essa deve ser a maior dificuldade para o ensino avançar. Fica todo mundo preso na caixinha, sabendo fazer só o que aprendeu. Que tal tentarem aprender com os alunos. A escola pode até ser a detentora dos conteúdos, só que os alunos já estão dando banhos em relação às formas, meios, ferramentas, podem ter algo a contribuir. Com certeza tem também muito especialista se aprofundando em inovações para a educação, mas se a instituição não quer ir atrás disso, que pelo menos observe seus alunos.

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

10/12/2025

6 

2025: um ano para ficar na história do Brasil Educação

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

08/12/2025

2 

Pesquisa para todos: por que o PIBIC não pode excluir a EAD

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

01/12/2025

2 

Censo da Educação Superior

...
...
...
...
...
...
Previous Next

ABMES

  • Portal ABMES
  • Central do Associado ABMES
  • Associe-se
  • Contato

Serviços

  • ABMES Podcast
  • ABMES Play
  • ABMES Cursos
  • ABMES Lab

ABMES Blog

Atualizado diariamente, o blog da ABMES reúne artigos de gestores, reitores, coordenadores, professores e especialistas em diversos temas relacionados ao ensino. São inúmeros debates e pontos de vistas diferentes apontando soluções e melhores práticas na luta por uma educação cada vez mais forte e justa.

ABMES Blog © 2020