Valmor Bolan
Doutor em Sociologia
Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá
Representa o Ensino Superior Particular na Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos do MEC
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Quando falamos em educação, não podemos jamais deixar de considerar o valor da família na formação da pessoa humana. Quando se diz que a família e a base da sociedade, isto quer dizer que sem família, não há sociedade, e sem sociedade não há a dignidade da pessoa humana, por isso existe a família, para garantir a cada um os direitos básicos, a dignidade, a própria liberdade, os valores necessários para que a pessoa se desenvolva da melhor forma possível, aprimorando seus dons e talentos, principalmente se tais dons e talentos estiverem a favor da vida.
A educação começa na família, com o exemplo dos pais e demais agregados. A pessoa vai assimilando tudo ao seu redor, e processando seu aprendizado a partir daquilo que recebe enquanto modos e costumes. Por isso que quando falamos em educação, não nos referimos somente à aquisição de informações, mas a modos de pensar e agir, aos procedimentos do dia-a-dia, àquilo que deve influir em nossas decisões pessoais, também nas nossas escolhas, no acerto ou não em atender nossa vocação, ao que a vida nos chama a dar o que temos de melhor.
A educação, portanto é fundamental para que recebamos dos pais e professores, especialmente na primeira infância, as referências básicas que precisamos para que sejamos pessoas capazes de enfrentar os desafios da vida, com solidariedade. E os valores que garantem a dignidade começam a ser vividos na família, e depois nas demais instituições, com a escola, a igreja, o local de trabalho e lazer, etc.
Nesse sentido, temos que reforçar todas as iniciativas de promoção da família, tendo em vista tantas situações de fragilidade atualmente existentes, quando muitos jovens não se preparam devidamente para o matrimônio e as exigências da vida familiar. Na cultura do descartável e do prazer, na lógica do hedonismo e do individualismo, muitas vezes, os jovens são seduzidos por opções fáceis e não se sentem motivados a estabelecer relações de compromisso, com um projeto de vida duradouro e consistente. E esta falta de motivação e conscientização é que cria tantos problemas, deixando muitos vulneráveis a tantos escapismos. Por isso, temos que apoiar todas as ações individuais, institucionais, de empresas e de governos, para que a família seja sempre defendida e valorizada, para o bem da humanidade.




