Valmor Bolan
Doutor em Sociologia
Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá
Representa o Ensino Superior Particular na Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos do MEC
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A cada ano vamos sentindo menos o clima de Natal. Na correria do dia-a-dia, sentimos também o ano que passou célere, com a sensação de que o tempo passa muito mais rápido, preenchido com tantas atividades. Ainda no final dos anos 80-90, podíamos perceber o mês de dezembro como o tempo do Advento, da espera da grande celebração natalina, festa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre. Havia também uma preparação toda especial para a ceia de Natal, ande muitas famílias faziam questão de estarem todos juntos.
Hoje, vamos sentindo o Natal mais como um feriado a mais, e em meio a crise econômica que o País vive, as pessoas procuram ainda lembrancinhas apenas, devido ás dificuldades financeiras, acumulo de contas a pagar, etc. Até mesmo as luzes das cidades davam um charme todo especial, quando hoje nem todas se iluminam com a mesmo entusiasmo. Nem todas as casas estiveram devidamente decoradas, e até mesmo as celebrações da Missa do Galo foram passando da meia-noite para ás 22 horas, depois, 21h, e agora muitas igrejas celebram a missa às 20h. É um sintoma do nosso tempo, de imediatismos, de consumismo, de tecnicismo, de superficialismos, etc.
Precisamos resgatar o sentido do Natal, festa da família, por excelência, porque celebra o nascimento do menino Jesus, que cresceu na Sagrada Família, modelo da relação pai, mãe e filho, exemplo inspirador a todas as famílias, em todos os séculos. O Natal é momento de encontro, de se reaproximar dos amigos, dos familiares, muitas vezes uma ótima oportunidade para a reconciliação, o perdão, a solidariedade, a visita de um parente esquecido, de um amigo, ou mesmo um telefonema. Mais do que presentes, muitas vezes as pessoas precisam de uma atenção, um gesto concreto, que expresse o afeto, a estima, a consideração, o querer bem. Esse é o sentido do Natal enquanto momento privilegiado do encontro, da confraternização, mas também da oração e do recolhimento, da celebração da fé. Por isso precisamos valorizar esta grande festa cristã (como a Páscoa), dois momentos altos da Cristandade.
O Natal é festa da alegria, do anúncio da boa Nova, de que nasceu a esperança em nossos corações, a esperança e o amor que tudo supera, toda dor e sofrimento, até mesmo a morte, pois cremos que Jesus é nosso Salvador e nossa esperança. Ele é o aniversariante, por isso a história se dividiu em antes e depois de Cristo, a luz do mundo. Nesse sentido, desejamos a todos os nossos leitores, um Feliz e Santo Natal, com os melhores votos também de um próspero e Feliz Ano Novo.




