Janguiê Diniz
Vice-presidente da ABMES
Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional
Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
Publicado em Último Segundo, no dia 3 de abril de 2020
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O novo coronavírus é, infelizmente, uma realidade com a qual temos que lidar. Enquanto o surto não passar, precisaremos adaptar nossas rotinas e nossos hábitos para conter o avanço da doença. Restringir a circulação, evitar contatos, manter hábitos de higiene: tudo isso ajuda. Nessa situação atípica, no entanto, é preciso manter o equilíbrio, sem criar paranoias na cabeça, nem tampouco minimizar a ameaça da Covid-19. Nesses momentos, informação é uma arma fundamental para se blindar contra os extremos.
A pandemia está se espalhando pelo mundo e causando diversas fatalidades. Já passa de 2 milhões o número de infectados, enquanto as mortes são mais de 120 mil. Por enquanto, sabemos que a tendência é que os números aumentem gradativamente, na medida em que o vírus se espalha pelos países – estudos mostram que o pico da infecção se dá após 30 dias dos primeiros casos registrados. No Brasil, são mais de 23 mil infectados, dos quais mais de 1,300 já morreram (os números mudam a cada dia).
Os números assustam, é verdade, mas não podem causar pânico. O pânico só traz empecilhos ao cuidado devido e racional que devemos ter – vide as cenas de supermercados com prateleiras vazias e pessoas fazendo estoques enormes de mantimentos. Pelo contrário, é preciso ter consciência do cenário e se esforçar para seguir todas as recomendações que as autoridades nacionais têm dado: ficar em casa, evitar contatos e lavar bem as mãos constantemente. O esforço de cada um faz diferença na vida de todos. É hora de pensar no coletivo e, principalmente, nas pessoas mais velhas, nas pessoas com doenças graves, grupo lá de risco da doença.
Mesmo com toda a informação circulante e os alertas a todo tempo dados pelos meios de comunicação e autoridades nacionais, ainda há muita gente achando que a Covid-19 não é tão grave. Para se ter uma ideia, o coronavírus já matou mais pessoas do que o total de mortes da pandemia da H1N1, entre 2009 e 2010: lá, foram 18.449 óbitos no período de surto, enquanto a nova infecção já ultrapassou quatro vezes em número de fatalidades. Menosprezar a letalidade da infecção, não seguindo as regras, coloca não só quem o faz em risco, mas todos aqueles que o circulam.
É também nosso dever como cidadãos instruirmos e conscientizarmos os que ainda não admitiram o problema, mostrando-lhes que o empenho, no momento, é necessário para que, no futuro, o quadro não se agrave ainda mais. Achatar a curva de crescimento do contágio é o principal objetivo de todos os países em que a Covid-19 se alastra.
Um vírus tão contagioso quanto o coronavírus não pode ser menosprezado. No mesmo sentido, não deve ser motivo de pânico exacerbado, o que também é igualmente prejudicial a toda a sociedade. Seguir a vida com ordem, otimismo, positividade e pensamento solidário é a melhor saída no momento. Passaremos por esse momento difícil se trabalharmos todos juntos. Tudo isso vai passar!!!!




