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Indústrias Criativas — A Bola da Vez ...

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

10/11/2015 05:41:34

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular
***

Em minha perspectiva  é mais coerente restringir o termo “indústria criativa” a uma indústria na qual o trabalho intelectual é preponderante e  o resultado alcançado é a propriedade  intelectual. (John Howkins)[1]

Semana passada realizou-se com brilho que superou todas as expectativas a “3ª Semana Design Rio”, acontecimento que transformou a cidade do Rio de Janeiro num polo de discussões e de divulgação das últimas tendências da indústria criativa brasileira.Exposições, debates e palestras aconteceram no Jockey Club da Gávea, com a participação de designers, arquitetos, engenheiros pesquisadores, artistas, artesãos de todas as áreas e profissionais especializados. A “Semana” teve o propósito não só de promover o Design mas,  acima de tudo, de valorizar  as atividades relacionadas à indústria criativa. Temas os mais diversos foram abordados tais como os relativos aos processos de criação, ao uso de materiais alternativos, ao marketing e às estratégias de lançamento de produtos. No entanto, o fato mais importante foi o de mostrar que a produção criativa não é apenas “coisa de artistas”, mas sim importante alavanca de negócios e de desenvolvimento. O primeiro país que usou o termo “indústrias criativas” foi a Austrália, no início da década de 1990. Na Inglaterra, porém, a ideia ganhou maior impulso e tornou-se objeto de política pública no contexto das novas ações implantadas em decorrência da ascensão do New Labour, liderado por Tony Blair. As indústrias criativas significam o conjunto de atividades variáveis originadas da vocação de uma região ou país visando gerar riqueza, trabalho e arrecadar divisas. Nelas, a criatividade é uma dimensão essencial, considerando que as mudanças econômicas e sociais deslocaram o foco das atividades industriais para as atividades intensivas em conhecimento localizadas no setor de serviços. De acordo com Ana Jaguaribe,[2]  as indústrias criativas representam um conjunto de atividades econômicas que ultrapassa os limites tradicionais entre a produção e o consumo. As atividades que compõem o núcleo das indústrias criativas não são novas, por si mesmas, e têm ampla abrangência, pois lidam com a interação de vários subsetores. A classificação de indústrias criativas, segundo a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), se divide em quatro categorias amplas – patrimônio cultural, artes, mídia e criações funcionais – subdivididas em oito áreas, quais sejam:  
  1. Artes visuais – Pintura, escultura e fotografia;
  2. Mídia tradicional – Edição e mídia impressa Livros, imprensa e outras publicações;
  3. Design – De moda, tecidos, móveis, interior, gráfico e de joias;
  4. Patrimônio Cultural – Artesanato, expressão cultural tradicional, festivais, celebrações e espetáculos;
  5. Novas mídias – Conteúdo digital, software, jogos, animação;
  6. Artes dramáticas – Música, teatro, dança, opera, marionetes, circo entre outras;
  7. Audiovisual – Cinema, difusão, televisão e rádio;
  8. Serviços criativos – Arquitetura, propaganda, P&D e serviços culturais, artes em geral e  criações funcionais – lazer e turismo).  
A economia criativa – cujos números são apreciáveis e conferem grande visibilidade ao tema – é responsável por 10% da economia mundial e tem uma movimentação financeira anual de mais de 3 trilhões de dólares, com um crescimento de 6,3% ao ano. De acordo com o Relatório de Economia Criativa 2010, produzido pela Unctad, mesmo com a queda de 12% no comércio global em 2008, os serviços e os bens da economia criativa cresceram até 14%. Ainda segundo o relatório, a China é o país com mais produção nessa área, seguida pelos Estados Unidos e pela Alemanha. As indústrias culturais criam espaços de convergência – os clusters criativos – que são definidores da economia criativa. São espaços de concentração de empresas que possuem características semelhantes, coabitam os mesmos locais e colaboram entre si e que, por essas razões, se tornam mais eficientes.  Constituem-se territórios nos quais os produtos culturais são consumidos e produzidos e onde existem conexões com o restante da cidade, com o setor público e o privado, com grupos sociais distintos, com a escola e com o comércio. Os clusters criativos têm o potencial de devolver à comunidade áreas antes abandonadas e de gerar emprego e renda. Além de ser visto como um fenômeno econômico, relacionado a políticas públicas de desenvolvimento, o surgimento das indústrias criativas também deve estar associado ao que se denomina “virada cultural”, isto é, a transformação de valores sociais e culturais, ocorrida no final do século passado. A “virada cultural” surge da combinação de dois fenômenos simultâneos — emergência da sociedade do conhecimento ou sociedade da informação e  transição de valores materiais para valores pós-materiais. Esta combinação  está relacionada à passagem da sociedade industrial para a sociedade pós-industrial. Tal passagem se dá pela mudança de uma economia fundamentada no uso intensivo de capital e trabalho – orientado para a produção em massa – para uma economia na qual o capital tem base intelectual e se fundamenta no indivíduo, nos seus recursos intelectuais, na sua capacidade de formação de redes sociais e de troca de conhecimentos. Desse modo, mudança vem associada a novas realidades que ressaltam os imperativos da originalidade e da criatividade. Com isso celebra-se o culto das mudanças, das rupturas e da inovação. Para Adolfo Menezes[3], o desenvolvimento maior na economia criativa se baseia em quatro pontos:
  1. Colaboração – formar redes de grupos que se envolvem com economia criativa para aprender  e evoluir  de forma conjunta. Os grupos que não possuem um contato forte não conseguem partilhar corretamente o que estão produzindo nem como estão produzindo;
  2. Multidisciplinaridade – valorizar ligações interpessoais, agregando conhecimento e envolvendo aqueles que sabem de tudo um pouco;
  3. Crítica – saber dar e receber críticas construtivas. O brasileiro tem problemas em dar e receber feedback;
  4. Pensamento Global – pensar localmente, agir globalmente.
Frente a esse cenário algumas questões precisam ser levantadas junto ao setor educacional a quem compete estimular, criar e desenvolver ambientes  inter, multi e transdisciplinares  mais propícios ao incremento das artes, do entretenimento, do lazer, da colaboração e do empreendedorismo. Será que estamos formando profissionais que percebem na cidade os espaços nos quais as conexões, as inovações e a cultura revelam e valorizam as singularidades locais em dimensões tão complementares quanto a econômica, a social, a urbanística e a turística?  Esta é a reflexão que precisa ser feita nesses novos tempos em que vivemos.     [1] Consultor britânico e autor do livro The Creative Economy. [2] Graduada em Psicologia e Ciências Sociais pela Brandeis University (1971), mestrado e doutorado em sociologia política e do desenvolvimento pela New York University (1974) e Diplôme da École Pratique des Hautes Etudes (1977). Trabalhou nas Nações Unidas de 1977 a 1983. De 1985 a 1991 foi professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalhou como consultora do Centro de Ciência e Tecnologia da ONU e da Unctad e como consultora e pesquisadora na Itália de 1995 a 1999. Viveu e pesquisou na China de 1999 a 2003. [3] Economista, MBA em Marketing e Tecnologia pela ESPM/ ITA, dirigente de empresas nacionais e internacionais de médio porte, fundador e presidente do Instituto da Economia Criativa, Membro do Conselho Deliberativo da Care Brasil e Presidente do Conselho da Economia Criativa da Fecomércio/SP.  

11/11/2015

Mirian Nere Martins Zanotta

Economia Criativa X Economia da Criatividade A evolução da sociedade humana, quando a comparação examina os ativos que determinam o modelo econômico predominante, pode-se dizer que a Sociedade Industrial tem como principal ativo a capacidade produtiva que resulta na Economia Industrial. A Sociedade do Conhecimento tem como principal ativo a capacidade de assimilar informações que resulta em uma Economia ou Sociedade do Conhecimento. Quando a abordagem trás a cena a Industria Criativa e a Economia Criativa, a conclusão é a de que o mundo esteja vivenciando a evolução de transição do ativo principal informação para o ativo criatividade, o que resulta no surgimento da Sociedade da Criatividade ou da Economia da Criatividade. A conceituação perpassa pela hoje pela sutil diferença entre Economia Criativa e Economia da Criatividade. Pois na primeira existe um número abrangente, restrito de setores econômicos, que são caracterizados por utilizarem o capital intelectual como principal ativo de desenvolvimento. Na Economia ou Sociedade da Criatividade, toda as atividades e setores econômicos deverão utilizar o ativo Criatividade como principal fator de desenvolvimento. A explicação para tal assertiva está na diferença entre a grande capacidade de produzir conhecimento, a partir do dos recursos digitais e tecnológicos de esforço individual da Sociedade do Conhecimento. Para a evolução de esforço coletivo e colaborativo, que, com o conhecimento expandido, utilizado em plataformas de redes, constituirá o conceito de uma Sociedade baseada no ativo Criatividade.. Abs

10/11/2015

Prof. Roney

Prof. Gabriel. O seu artigo de hoje tem muita propriedade e aproveitamento por parte das mantenças das IES. Isso de Economia criativa, Cidades criativas, Indústrias criativas, inovação, enfim, é a tecla "enter" que nos joga para a linha de baixo, o parágrafo seguinte. Complementando ideias, finalizando etapas e frente a outras. Não faltam exemplos muito bem sucedidos no mudo todo. Parabéns pelo enfoque. Por fazer a sua parte, cutucando.

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

Mozart Neves Ramos

Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

28/11/2025

 

A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

Luiz Cláudio Costa

Professor titular aposentado, é ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa); foi presidente do Inep, secretário-executivo do Ministério da Educação e vice-presidente do Conselho do Pisa

25/11/2025

 

Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

24/11/2025

 

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