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O desafio de transformar o ensino básico até 2022

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

24/05/2016 04:47:57

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
A preocupação com o impacto que as mudanças tecnológicas podem causar no processo de ensino-aprendizagem impõe a área da educação a compreender as transformações do mundo, produzir o conhecimento pedagógico para auxiliar o homem a dominar a tecnologia em benefício do progresso. (SAMPAIO e LEITE, 2000, op cit SANTOS, 2012, p. 9).
Aspectos e mudanças muitas vezes nos passam despercebidos e isso pode fazer toda a diferença. Para ilustrar a afirmativa, a Suíça era o país que dominava o mundo da relojoaria na década de sessenta, com mais de cem anos de reconhecida experiência. Eles detinham cerca de 65% do mercado mundial. Dez anos depois, a fatia de mercado havia caído para menos de 10% e nos três seguintes tiveram de demitir 50 mil dos seus 65 mil relojoeiros. Hoje, que nação domina a relojoaria no mundo? O Japão, que na década de 1960 não tinha nenhum mercado. Como puderam os suíços ser tão rapidamente derrotados? A resposta é dolorosamente simples: voltaram a zero com a mudança de paradigma. Muitos estão usando esse novo paradigma no pulso agora: relógios de quartzo, totalmente eletrônicos, movidos à bateria, incrivelmente versáteis, mais precisos do que os mecânicos. Eles merecem ser o novo paradigma de marcação do tempo, uma ideia brilhante! Quem inventou o relógio de quartzo? Foram os próprios suíços, em seus laboratórios de pesquisa. Mas quando os pesquisadores apresentaram a ideia aos fabricantes, em 1967, ela foi rejeitada. Afinal, o relógio não tinha engrenagens, não tinha mola mestra, e, portanto, nunca poderia ter futuro. Eles nem patentearam o invento. Mais tarde, aqueles pesquisadores mostraram o relógio ao mundo no congresso anual de relojoaria. A Texas Instruments, dos Estados Unidos, e a Seiko, do Japão, estavam lá, deram uma olhada e o resto é história. Admitamos: no Brasil ainda temos uma agenda educacional que deveria ter sido executada no século passado. Estamos sempre vendo o urgente e não o importante. Pensar no que surgirá nas próximas décadas é um exercício de muitas reflexões, sobretudo sobre quais devem ser as políticas necessárias hoje para garantir a educação que queremos no futuro. E educação implica na exigência de políticas e garantias. O mundo é um desafio de mil faces proposto ao homem, e suas leituras se transmutam – ora podem partir de uma referência histórica, ora do emprego de uma figura de linguagem, ora do diálogo com outros textos. Enfim, o mundo é composto por elementos explícitos e implícitos que atuam simultaneamente, exigindo do homem um olhar sempre apurado. Antes de tudo, então, precisamos perceber e conhecer o mundo à nossa volta, as pessoas, os sinais, as imagens, os sons. Precisamos fazer um reconhecimento do contexto que nos cerca e de tudo o que procuramos compreender e comunicar. Precisamos, portanto, olhar e ver o mundo! É preciso ter consciência de que a transformação do mundo se dá pelo conhecimento e o conhecimento é sempre construído pelo próprio sujeito, com base em suas referências, crenças e valores que moldam sua percepção. Ou seja, só consegue ver o que as estruturas que construímos permitem e com isso apalpar realidades sem vaticinar. Não há bola de cristal na educação. O que devemos é impor um domínio de leituras do mundo. O fato, e a realidade, é que precisamos adotar o urgente e o importante agora, consagrando aos jovens condições que estimulem habilidades e competências para o século 21, que não tem similaridade com nenhum outro na linha temporal. E tudo isso já está esboçado pelo consórcio ATC21S - Collaborative Problem Solving, liderado pela Universidade de Melbourne em colaboração com governos, organizações internacionais, pesquisadores, empresas e instituições de ensino, definindo as competências em quatro categorias:
  • maneiras de pensar (criatividade e inovação, pensamento crítico, resolução de problemas, tomada de decisões, capacidade de aprender a aprender e metacognição),
  • ferramentas para o trabalho (tecnologia da informação e alfabetização digital),
  • formas de trabalhar (comunicação e colaboração) e
  • maneiras de viver no mundo atual (cidadania, responsabilidade pela própria vida, desenvolvimento profissional, pessoal e social).
Para os países em desenvolvimento, o desafio é enorme ao se pretender transformar a Educação, de modo a se ajustar no século 21. Os currículos de hoje não preparam totalmente os alunos para viver e trabalhar na atual sociedade. Como resultado, os empregadores de hoje são muitas vezes confrontados com trabalhadores recém-formados, que não possuem as habilidades práticas que é preciso para criar, construir e ajudar a sustentar um negócio rico em informações. Apesar da leitura, da escrita, da matemática e das ciências serem os grandes pilares da educação de hoje, os currículos devem ir mais longe para incluir habilidades, tais como a colaboração e a fluência digital que irá preparar os alunos para os desafios do século 21. O estabelecimento de novas formas de avaliação pode começar com uma mudança fundamental na maneira como abordamos a educação em todo o mundo. Os formuladores de políticas educacionais necessitam de informações precisas sobre as habilidades da população estudantil. A coleta de dados por meio de avaliação é um componente crítico. Por isso, o ATC21S tem o desenvolvimento de métodos para avaliar habilidades que servirão de base para os currículos do século 21, com ênfase na comunicação e colaboração, resolução de problemas, alfabetização em TICs na sala de aula. O ATC21S oferece recomendações curriculares para os sistemas educativos para apoiar uma força de trabalho educacional. Traduzindo essas habilidades para a sala de aula, será moldado o desenvolvimento econômico e social dos países e comunidades para os próximos anos. É o que se pretende e deseja. Particularmente no Brasil, por questão de ótica, estamos nos mexendo contra ou a favor pelo Plano Nacional de Educação? Uns dizem que vamos com ele até 2025. Os operadores estão com a palavra. Enquanto isso, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) adota uma concepção de competências socioemocionais que envolve as capacidades de atingir objetivos (perseverança, autocontrole, entusiasmo para alcançar objetivos), de trabalhar com os outros (cordialidade, respeito, cuidado) e de gerir emoções (calma, otimismo e confiança). É tarefa hercúlea conciliar habilidades, competências e capacidades diante de uma fragmentação das agendas e atuação dos movimentos sociais. São tantos os cenários que dificilmente se conseguirá avanços porquanto existe pouca vontade política para reduzir desigualdades, o que resulta a manutenção de políticas sociais compensatórias. A educação é massificada e a escola formal quase não tem inovação, em todos os sentidos. Senão vejamos, em 40% dos municípios brasileiros não tem secretarias de educação; doze estados brasileiros não possuem planos estaduais de educação; em 74% das cidades usam a indicação política para nomear o diretor da escola; todo mês são 172 professores que pedem demissão no Estado de São Paulo. No dia 16 de junho, o MEC deve divulgar o documento que vai subsidiar o debate sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Tentativa de definir o que deve ser ensinado no país, partindo de um pressuposto: quais são as competências e habilidades que um estudante brasileiro deve ter para navegar com autonomia no século 21? Enquanto isso, o “Common Core Standards”, maior sucesso do plano educacional do Presidente Obama já em andamento, avalia os conhecimentos dos estudantes americanos cobrando-lhes padrões de alta qualidade em matemática, inglês, artes e compreensão de textos. São metas de aprendizagem em que cada um deve conhecer e ser capaz de dominar ao final de cada ano escolar. E na conclusão os formados do ensino médio devem ter habilidades e conhecimentos necessários para ter sucesso na faculdade, em sua carreira e vida. Atinge 42 estados e o programa pode ser visto no http://www.corestandards.org. E no Brasil, estamos cada vez mais distantes dos bons resultados alcançados pelos demais países devido à morosidade, à desconfiança de novas propostas e às constantes mudanças no desenho nunca completado das prováveis políticas públicas para uma educação de qualidade.  

24/05/2016

Harry Fockink

Basta um público deixar - os professores - que em dois anos se terá a evolução no ensino que Uber, Netflix, AirBnB, etc fizeram nos outros negócios. EAD e seus instrumentos são muito melhor que qualquer ensino presencial que não exija prática. Os demais públicos vão no embalo.

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

Mozart Neves Ramos

Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

28/11/2025

 

A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

Luiz Cláudio Costa

Professor titular aposentado, é ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa); foi presidente do Inep, secretário-executivo do Ministério da Educação e vice-presidente do Conselho do Pisa

25/11/2025

 

Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

24/11/2025

 

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