Colombo era um grande visionário que empreendeu uma viagem de meses na esperança de encontrar uma nova rota às Índias, mesmo que todos achassem isso improvável. Einstein, por registrar teorias à frente de seu tempo sem ter a tecnologia apropriada para testá-las.Ao falarmos em educação, sempre damos exemplos de nosso meio ou de grandes vultos internacionais. Estamos frequentemente a reboque de outros países que já conseguiram resolver boa parte dos problemas do setor educacional. Assumirmos a responsabilidade pela educação hoje é algo imprescindível, pois já está provado que, se deixarmos a missão apenas na mão do estado, dificilmente conseguiremos atingir os patamares desejáveis. Atualmente, os rankings constantemente publicados, com avaliações em todos os níveis e graus, nos mostram que, apesar das diferenças nas estruturas, na composição curricular, podemos fazer comparações entre os índices de produtividade alcançados por cada país e também o quanto investem em educação. E aí começa a reflexão, pois, em termos de investimentos, até que o Brasil despende bastante com educação. Todavia, o que acontece com esses investimentos é o grande problema. Ninguém controla. Temos uma máquina pública velha, com costumes arcaicos, com pessoal despreparado e já fora de sua época orientando os destinos da educação. Não temos um projeto para o futuro. Tudo funciona aos pedaços e sem foco. E o que acontece? Educadores verdadeiramente compromissados e preocupados fazem planos, investem em programas de treinamento, reúnem secretários, professores e tentam de todas as formas incentivar para que haja mudanças na gestão, na organização e nas metodologias do que se está ensinando. Mas, apesar de tudo isso, a educação segue apresentando sérias deficiências e não consegue se aprimorar, até mesmo nos estados considerados mais ricos. Exemplo disso hoje está na polêmica na Base Curricular Nacional comum que ainda encontra resistências para ser aprovada e, pelo andar da carruagem, vai demorar muito para se tornar realidade. A propósito, me vem à mente o episódio que é atribuído a Bill Gates em que ele foi convidado a falar para adolescentes em uma escola. Sabemos como foi a vida escolar de Gates, suas dificuldades e como conseguiu superar tudo isso. Essas 11 regras a ele atribuídas dizem bem e servem de corolário ao que pretendemos dizer como arautos da educação. Conta-se que Bill Gates chegou à escola em seu helicóptero, tirou do bolso um papel e o leu para os alunos em menos de cinco minutos; pegou seu helicóptero e foi embora, pois seu recado já fôra dado. E o que ele disse:
- A vida não é fácil — acostume-se com isso.
- O mundo não está preocupado com a sua autoestima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.
- Você não ganhará R$20.000 por mês assim que sair da faculdade. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e motorista à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e ter feitos algumas barbeiragens.
- Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.
- Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
- Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
- Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.
- Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido… RUA! Faça certo da primeira vez!
- A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.
- Balada NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
- Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). “Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.”