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Os caminhos da inovação

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

26/07/2016 04:03:06

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
“Atrelar Inovação à estratégia empresarial exige entendimento de que a via de diferenciação baseada em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é longa e repleta de sobressaltos. Abandonar projetos significa perda de energia, de capital e de competitividade”. Ediane Tiago - Valor Especial
A palavra de ordem hoje em dia é inovar! Falar de inovação virou mantra; todos a citam e a prescrevem. O termo viralizou e ocupa uma posição de destaque em todos os negócios de todos os setores. Todos falam em inovação, que é preciso inovar, que é preciso criar, imaginar e por aí afora. Afinal, todos buscam inovação para crescer, desenvolver e aumentar seus resultados. No atual mundo competitivo, quando se pensa em inovação, raciocina-se como uma necessidade estratégica de negócio, seja ele qual for. O Valor Econômico publicou neste mês o especial “Valor Inovação Brasil”. O suplemento traz a segunda edição do anuário produzido em conjunto com a consultoria Strateg& e apresenta as cem melhores empresas brasileiras classificadas como inovadoras. Não foi com surpresa que a Embraer ficou em primeiro lugar. Ela investe mais de R$ 1 bilhão por ano em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para cruzar a fronteira da tecnologia e avançar no mercado global. Analisando a estratégia da empresa, verifica-se que 5,6% de seu faturamento são aplicados em inovação; ela possui oito centros de pesquisa, sendo três no exterior; 533 patentes nacionais e internacionais; 200 funcionários em P&D e 50 parcerias. Mas o mais surpreendente é que ela tem uma equipe de engenheiros especializados pensando o futuro 15 anos à frente. Os resultados disso tudo está aí nos produtos que fazem sucesso no mundo inteiro no campo da aviação civil e militar. Seguindo a lista das empresas mais inovadoras, as nove seguintes são: 3M; Natura; Whirlpool; Itaú Unibanco; Grupo Boticário; Weg; Bradesco; Embraco e Ambev. A publicação traz ainda os destaques setoriais numa lista de cem empresas. E chama a atenção na pesquisa a listagem dos principais problemas apontados por elas relacionados a inovação:

- Distanciamento entre empresas e universidades – 31

- Falta de política de incentivos 31

- Cultura da inovação – 27

- Burocracia – 15

- Qualidade de mão de obra e do ensino – 23

- Custo Brasil – 17

- Falta de investimento do setor privado – 16

No nosso meio Educacional, a conta no terreno da inovação comparativamente está no vermelho apesar de excelentes iniciativas de algumas instituições de pesquisa que já acumulam duas dezenas de patentes e inovações, mas que no universo universitário, estatisticamente, é pouco representativo. Onde está o problema? Ao nosso ver, está no nosso próprio ambiente conformista, pois ninguém gosta de arriscar e a política que predomina é a de importar e copiar produtos e serviços, por sermos avessos a criar, inovar e arriscar. Os resultados da pesquisa aqui mencionada evidencia isso quando aponta o distanciamento entre empresas e universidades. Também influenciam a ausência de política de incentivos e a burocracia. Temos, porém, que reconhecer que o problema maior reside na ausência da Cultura de Inovação. Falta ao sistema educacional brasileiro o embasamento da criatividade para vencer desafios, o que precisa estar incutido na mente dos alunos, desde o ensino fundamental ao universitário. Ninguém inova nada se não tiver a mente alinhada e treinada com a naturalidade dos desafios. Isto leva tempo até transformar-se em costume e tradição. Não apostamos nem acreditamos em inovação, apesar de falarmos o contrário nos discursos, e isso fica evidente nos investimentos realizados.  Conversando com dirigentes de dezenas de instituições de médio e grande porte, se perguntarmos quantos pesquisadores são pagos para pensar, a pergunta pode causar espanto. Pagar para pensar? Sim, quem tem visão estratégica precisa ter pesquisadores e especialistas dedicados a pensar o amanhã e a desenvolver inovação, pois, sem ela, não podemos pensar cenários futuros e vamos ao sabor da onda. E por que isso acontece? Porque somos imediatistas, queremos resultados rápidos, queremos caixa e não investimos no futuro. Precisamos refletir: como ocorre a inovação? Ela ocorre através de um processo de criatividade de experimentação e exploração contínuos de ensaio e erro e muito suor e imaginação. Então, lamentavelmente, em nosso universo do ensino superior particular estamos atrasados, pois não é meia dúzia de instituições que se destacam que vão representar todo o setor. Falta diálogo; falta procurar clientes que queiram desenvolver produtos e soluções em outros ambientes que não a sala de aula. E um trabalho metódico, quando saímos de nossa zona de conforto e começamos a questionar “e se pensarmos diferente, o que acontece?”. Desarmar o espírito é o primeiro passo para se libertar e começar a pensar de forma diferente, ter outras visões das coisas, de como elas acontecem e por que acontecem. Temos que nos desafiar a cada momento e é aí que o espírito da criatividade e da inovação começa a nascer, crescer, se desenvolver e a produzir frutos. Deixo aqui uma recomendação: vale a pena ler a revista Inovação Brasil, pois ela nos apresenta cenários alternativos de mais de cem empresas que inovam em alguma área. Talvez isso nos impressione e comecemos a pensar em investir em inovação alocando especialistas para pensar. Eles não são inúteis nas Faculdades, nos Centros Universitários e na Universidades desde que lhes sejam propostos desafios para um espaço temporal no futuro. Como desejo que minha instituição esteja daqui a dez anos? No que ela estará focada? Que produtos e serviços ela estará oferecendo? Para quem, de que forma e com que qualidade? O caminho é uma densa floresta a ser explorada e precisamos de exploradores. Precisamos mudar de atitude, o modo de encarar resultados. Precisamos voltar a sermos aprendizes aceitando os erros e acreditando que somos capazes de encontrar os melhores caminhos para desenvolver nosso sistema educacional e para atender aos reclamos das empresas pesquisadas que estão no topo das inovadoras. O desafio está posto. Pensar de forma criativa no dia a dia sem medos não só exige mudanças organizacionais, mas, principalmente, de mentalidade. É preciso acreditar em ideias novas e no poder de fazer acontecer.  

26/07/2016

Harry Fockink

Aplicando o TOC - Theory of Constrains, se resolver o principal gargalo - universidades publicas alienadas, aparelhadas e mal geridas, as demais instituições mudam e derrubam boa parte das outras restrições. A partir de então o ciclo virtuoso elimina gargalo por gargalo.

26/07/2016

RAULINO TRAMONTIN

O artigo de Dr.Gabriel toca em cheio na questao da inovaçao e por que ela nao ocorre com tanta frequencia em nosso meio universitario. Oportuno foi falar na revista Inovaçao Brasil que tras excelentes textos das principais empresas e que todos deveriam ler. Creio que o articulista se deu conta da importancia que a inovaçao para o ensino superior. Se o segmento particular quiser ocupar algum lugar de destaque tera sim que promover inovaçao, atraves de parcerias, união de esforços e procurar mesmo empresas para dialogar, ver o que precisam e de que forma cada Instituiçao pode pesquisar para resolver os problemas. Ai mora o feeling da pesquisa, do criar, do imaginar do idealizar. E muito suor que produz resultados. Parabens pela clareza do artigo e por sua induçao a que as IES procurem mais pensar o futuro do que ser imediatistas.Nao custa começar a colocar pessoas qualificadas para pensar o amanha, vale tentar!

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