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Sistemas educacionais devem ter visão de futuro

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

08/11/2016 04:34:34

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
“A crescente substituição do trabalho humano pelas máquinas deverá fazer que metade das ocupações que existem hoje desapareça no prazo de uma ou duas décadas”. (Prof. Erik Brynjolfsson)
O economista americano Erik Brynjolfsson, diretor do Centro de Negócios Digitais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), diz, em entrevista à Revista Veja (edição 2502 – ano 49 – nº 44, 2 de novembro de 2016), que o desenvolvimento da inteligência artificial levará a humanidade a rever totalmente sua maneira de fazer negócios e que nossa forma de viver deverá ser repensada. Partindo de seu ponto de vista, será preciso fortalecer e readequar os sistemas educacionais para uma nova realidade, “pensar na reinvenção que será necessária na educação para esse novo mundo em que profissões serão dizimadas pelas máquinas, e encontrar soluções para o problema da desigualdade, que tende a se acentuar”. Somos céticos em relação à sua afirmação de que as máquinas ultrapassarão os cérebros humanos, porém, há, de fato, a necessidade de nos prevenirmos e nos aprimorarmos. Não somente em relação às máquinas, porque atualmente as diferenças educacionais já são bem extensas, como salienta o último Enem. Os “Resultados do Enem por Escola 2015”, divulgados recentemente pelo Inep/MEC, mostram como a diferente situação econômico e social das famílias ainda é fator discriminante na formação educacional do jovem. Os dados, que se repetem com poucas diferenças, refletem uma realidade em que a desigualdade social produz um cidadão incompleto. Onde há maior pobreza, com raras exceções, há também um baixo desempenho educacional e, onde, ao contrário, a situação socioeconômica é melhor, os índices simplesmente sobem. É gritante a defasagem de desempenho entre famílias que possuem acesso à internet, participação nos meios de comunicação e melhor situação social e as que não possuem. Diante de tal situação, deveríamos ficar envergonhados, pois estamos criando uma geração de órfãos da cidadania. Porém, mais grave ainda é pensar em como tentar recuperar uma criança que nos primeiros anos de vida não teve leite materno, cuidados e alimentação adequados, tendo em vista que o desenvolvimento intelectual pode estar diretamente ligado a uma vida saudável na primeira infância. O mesmo acontece no ensino fundamental. Se o aluno vem de família pobre, e depende da merenda escolar, estamos diante de idêntico problema. Estamos focados para o lado errado e a razão de tudo é uma sociedade cada vez mais egocêntrica, egoísta. E o pior: que se diz democrática, não racista, não discriminadora, quando a realidade mostra totalmente o contrário, como provam os indicadores a OCDE e da UNESCO. A culpa não é de todos, mas de muitos. Do estado, dos ricos, dos altruístas, dos esnobes, dos bem-intencionados. É um compromisso de toda a sociedade. Como adoramos “dourar uma pílula” tentando encontrar desculpas para nossos erros e suas consequências. Erros de um sistema de representatividade inexistente. Erros de uma sociedade dividida, sem dúvida, entre os muito ricos – cerca de 10% que concentram a maioria de nossa riqueza, os ditos remediados que lutam para manter as aparências, para dizer que são de uma classe diferente – e os da classe média mesmo, que conseguiram ter uma casa própria, televisão, forno de micro-ondas, internet e outras facilidades. E temos ainda mais duas classes: a dos que foram empurrados para cima por força dos programas sociais e hoje não conseguem mais ficar no patamar mais alto e sentem-se traídos e a dos pobres e miseráveis, que ainda temos aos montes. Parece que nossa consciência social foi anestesiada há muito tempo por razões diversas e por desculpas que criamos: “ah, eu trabalho demais e os outros não trabalham”; “eles não levantam cedo como eu e não dão duro como eu”; “eles são privilegiados, pois pertencem à classe dos ‘QIs’, dos ‘quem indica’ para ocupar cargos políticos”. Mas, voltando aos dados divulgados do Enem e analisando os resultados de milhares de escolas, há uma constante: os melhores resultados são das particulares, dotadas de todas as ferramentas para um bom aprendizado. As primeiras escolas públicas a aparecerem na lista estão longe e são poucas. Com esses resultados, parece até que faz justiça por meio da política de quotas para a escola pública no acesso às universidades, na certeza de que a mesma jamais terá qualidade. Tudo tem efeito dominó. O aluno entra no ensino fundamental e vai sendo empurrado para frente com todas as deficiências em matemática, língua portuguesa e outras disciplinas e, quando finalmente poucos entra no ensino médio, já traz a carga de atrasos, defasagens, que também vão ter reflexo no ensino superior. Mas, atenção, estamos vendo apenas um lado porque o que está demonstrado é claro:

- Situação socioeconômica como fator lastimável;

- Falta de infraestrutura como fator determinante;

- Falta de equipamentos tecnológicos e internet também;

- Professores desmotivados, pois não têm material didático e nem acesso ao que existe de mais moderno para dinamizar o ensino, sem contar a falta de qualificação.

E aí temos a primeira consequência: evasão e abandono, vindo esses jovens a formar a legião dos “nem, nem” – não mais estudam, por carências, desânimo, desalento, e também não trabalham, porque não foram preparados para qualquer ofício. Fica evidente que o problema do ensino médio, ou de qualquer outro nível de ensino, não está só no currículo. Ele representa parte, mas não é fator determinante, apesar do tema ser controverso e, pior, debatido por profissionais que nunca entraram numa sala de aula. Estamos sim formando uma geração de deserdados e desprovidos das ferramentas básicas para serem cidadãos brasileiros. Essa dívida vai aumentando, dia a dia, e será cobrada pelas novas gerações que dirão que somos cúmplices, pois sabíamos dos problemas e não os resolvemos. Por isso, é uma questão de guerra mesmo resolver as questões fundamentais do sistema educacional onde todos os níveis e graus estão interligados. Separar apenas um para tentar resolver o problema é colocar remendo novo em roupa velha.  
Em artigo anterior (http://blog.abmes.org.br/?p=11557#comments) fiz um desafio, mas ninguém acertou a resposta. Vamos dar uma segunda chance, com outro desafio. Quem adivinhar, leva um livro sobre criatividade: Um cidadão comprou uma coleção contendo 8 livros completamente iguais e com o mesmo número de páginas. O vendedor disse que um deles saiu com o peso de 1 grama a menos. Em duas pesadas com balança de 2 pratos identifique o livro mais leve. A resposta será dada nos próximos artigos.  

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