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Os benefícios e perigos do uso indiscriminado da internet

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

06/12/2016 05:11:37

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
Vejo que a tecnologia, para a massa populacional, ainda, é uma novidade, o que lhe confere o ar de irresponsabilidade permitida. Para que hoje as vantagens venham a superar de vez as desvantagens, haveríamos de ter cada vez mais curadoria de conteúdo de qualidade, etiqueta pessoal e grupal em meios online e até controle de si mesmo sobre o uso das máquinas, para nunca deixá-las se sobrepujar ao experiencial humano. (Gabriel de Oliveira) [1]
Pai, revoltado porque sua filha adolescente recebia semanalmente anúncios de produtos infantis, resolveu acionar a comerciante. Ao receber a denúncia, o advogado da empresa logo indagou ao marketing digital por que usara esta estratégia. Conhecendo-a, solicitou a presença do reclamante, para informá-lo que, no Facebook, a menina já anunciara às amigas que ficara grávida. E, como sabem, as redes sociais, além de meio de convívio, é excelente banco de dados informacionais. Um tema que provoca muita discussão em família é o uso da internet. Quanto tempo os jovens passam ao celular? Especialmente nas redes sociais. Qual a porcentagem de uso para informação e notícias? Com quem eles se comunicam enquanto conectados? Acessam só trivialidades, vulgaridades e banalidades? A Radar Jovem, que mapeou o comportamento de jovens brasileiros de 18 a 25 anos durante 80 semanas, concluiu que eles ficam em média seis horas por dia em redes sociais nos celulares, que se transformaram, como teorizou McLuhan, em verdadeiros apêndices e extensões do corpo humano. Pesquisa da rede Passei Direto, com mais de dois mil universitários em todo o país, revelou que 75% ficam conectados até adormecer e 62,5% se conectam assim que acordam. Em todo o mundo, bilhões de pessoas usam as redes sociais diariamente. Estima-se que até 2018, 2,44 bilhões de pessoas a estarão utilizando enquanto em 2010 eram só 970 milhões. As redes sociais oferecem vantagens extraordinárias, mas escondem alguns perigos. Não só para adultos, mas principalmente para adolescentes, e até mais para crianças, que se expõem ingenuamente, aos seus perigos:
  • sem cuidado algum ao revelarem suas intimidades e informações particulares e tornarem-se presas fáceis para pessoas mal-intencionadas;
  • com falta de moderação da grande maioria , usando todo tipo de conteúdo postado, haja vista que a sua produção, ocorre de forma não centralizada, inexistindo o chamado “controle editorial”;
  • no uso de links embutidos em fotos e imagens contendo códigos maliciosos capazes de contaminar os computadores com malwares ou que levem os membros das redes sociais a sites perigosos.
Não há o mínimo de prudência e de bom senso. Ocorre que muitos dos usuários da internet têm pouca consciência de seu uso. Vejam o comportamento dos utilizadores no Facebook, que hoje superam 400 milhões de usuários, os assustadores dados que revelam:
  • 46% dos utilizadores do Facebook aceitam pedidos de amizade de estranhos;
  • 89% dos utilizadores da faixa etária dos 20 divulgam a sua data de aniversário;
  • quase 100% dos utilizadores divulgam o seu endereço de e-mail;
  • entre 30-40% dos utilizadores listam dados sobre a sua família e amigos.
As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, redes de relacionamentos (Facebook, Twitter, Instagram, Google+, Youtube, MySpace, Badoo), redes profissionais (LinkedIn), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades) e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua atividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos. Um ponto em comum nas redes sociais é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns. Porém na sua expressiva porcentagem, o que impera é a banalidade e suas consequências nocivas à saúde física, emocional e comportamental dos usuários. Contrapondo-se ao uso da comunicação digital e sua utilização na sala de aula, o neurocientista alemão Manfred Spitzer [2] investiga os efeitos da tecnologia na educação. Segundo ele, o cérebro dos jovens ainda está em desenvolvimento e por isso eles têm de se confrontar com o mundo real para se desenvolver normalmente. Para Spitzer, com os aparatos tecnológicos deixamos de ser ativos, mas unicamente passivos. As mídias digitais, segundo ele, aumentam o estresse, fazendo com que as pessoas sofram consequências que podem chegar à síndrome de Burnout, distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso. Para Spitzer, os nativos digitais, chamados de smombies (zumbis + smartphones), que passam a maior parte do dia plugados são candidatos a desenvolver, desde já, problemas de atenção, memória e concentração, mal que ele batizou como “demência digital”. Qualquer tecnologia não é boa ou má e depende do uso que se faz dela. Ela existe para melhorar a nossa vida. Mas com respeito à internet e seus afins, seria prudente refletir ao conhecer que as pessoas no mundo usam anualmente mais do que Dois Bilhões de horas de seu tempo livre com ela. O problema reside aí. O capital mais precioso que as pessoas possuem é o tempo e, como o sucesso dos produtos tecnológicos é medido pela  duração de seu uso, todo cuidado é pouco para não sermos manipulados. Imagine se os indivíduos dedicassem 10% do tempo de modo útil. Não tenho dúvida que a humanidade seria outra.  
[1] W. Gabriel de Oliveira é professor universitário na área de cibercultura, comunicação e marketing, além de consultor e pesquisador. [2]  

06/12/2016

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