Nós evitamos as coisas das quais temos medo porque pensamos que haverá consequências desastrosas se as confrontarmos. Mas a verdadeira consequência desastrosa em nossas vidas vem de evitar coisas sobre as quais nós precisamos aprender ou descobrir. (Shakti Gawain)A história conta que um rei muito poderoso gostava tanto de seu cavalo que conclamou os sábios do reino para ensiná-lo a falar. Todos disseram ser impossível, até que surgiu um mago capaz de atender à vontade do monarca. Conselho de sábios reunido para inquirir o impostor sobre este disparate, ouve que ele persuadira o rei de que em quarenta anos o cavalo falaria. Quando iam enxotá-lo pela despropositada resposta, ele explicou: Em quarenta anos, acontece muita coisa; eu morro, morre o rei ou morre o cavalo e ninguém fica sabendo o que ocorreu. Toda vez que os sábios da tecnologia e do mundo virtual dizem que, brevemente, as máquinas robotizadas irão superar a inteligência humana, eu lembro desta história do Cavalo do Rei. Tenho plena convicção que pela sua inteligência o homem não seria tão tolo de deixar a máquina supera-lo. As tecnologias de Informação e de Comunicação existem para servir a humanidade e não o oposto. E a economia criativa é um exemplo desta realidade onde as ideias e a imaginação é que valem. Uma alternativa para o desenvolvimento. Hoje, uma das grandes transformações no trabalho é a substituição de pessoas por robôs. Já vemos caixas de banco e de mercados substituídos por máquinas. O Google já tem carros sem motorista. Estudo americano diz que, nos próximos 20 anos, 47% dos profissionais poderão ser substituídos por robôs. Porque são muito mais baratos, trabalham noite e dia, não fazem greve, não pedem aumento e não cometem muitos erros. Há áreas em que não é possível substituir humanos por robôs que são as que exigem criatividade e inteligência compartilhada. Aquela economia baseada em produtos industriais, trabalho físico e recursos naturais está dando lugar a uma nova economia, impulsionada por ideias. É a transformação da economia industrial para a economia do conhecimento. Pela capacidade de sedução de algumas das espinhas dorsais da economia criativa, como literatura, cinema, teatro, mídia, literatura, arquitetura, gastronomia, design, moda, games, publicidade e outras, muitos não se dão conta de que essas atividades dos que têm talento, conhecimento e imaginação como origem são importantes geradoras de riqueza. John Howkins, em seu best-seller Economia Criativa – Como Ganhar Dinheiro Com Ideias Criativas, de 2001, explicou as bases da combinação de criatividade e empreendedorismo e cunhou o termo Economia Criativa (EC). Aprender a pensar sobre as oportunidades de abrir negócios nos setores da EC é cada vez mais imperativo porque a carteira de trabalho já não é mais o antigo passaporte para o emprego, muito menos para a sobrevivência. É papiro medieval. A EC emprega milhões de trabalhadores no Brasil e no mundo movimenta trilhões de dólares a cada ano. Victor Mirshawka, em seu livro Economia Criativa Fonte de Novos Empregos- DVS Editora, mostra suas 5 macro categorias:
- Patrimônio Natural e Cultural;
- Artes Visuais e Artesanato;
- Livros e Periódicos;
- Áudio Visual e Mídias Interativas;
- Design e Serviços criativos e suas mais de 30 atividades associadas.