· Criatividade artística: envolve a imaginação e a capacidade de geração de ideias originais e novas formas de interpretar o mundo, podendo ser expressa nos formatos oral, de texto, de dança, de som e de imagem; · Criatividade científica: envolve curiosidade e disposição para experimentar e realizar novas conexões com vistas à solução de problemas ligados à ciência; · Criatividade econômica (manufatura, indústria e serviços): é um processo que resulta em inovação tecnológica, práticas de negócio, marketing, entre outras atividades. É estreitamente ligada à aquisição de vantagem competitiva na economia.Mas como a economia e a escola têm enfrentado os novos tempos? As crianças hoje vivem em um mundo digitalizado, enquanto nossa educação é do século passado (ou do retrasado!). Para Ken Robinson, professor inglês e consultor de governos europeus, somos formados por um sistema educacional medíocre, em que tudo é padronizado e sequenciado. Segundo ele, é preciso mudar para uma educação manufaturada, orgânica. Aprender que o florescimento humano não é um processo linear e mecânico, mas orgânico. Robinson diz que o atual sistema educacional acaba com a criatividade e a curiosidade naturais dos jovens ao forçá-los a se configurar dentro de um molde acadêmico unidimensional. “Nosso sistema educacional explorou nossas mentes como exploramos a terra: em busca de um recurso específico. E, para o futuro, isso não serve. Temos de repensar os princípios fundamentais em que baseamos a educação de nossas crianças”, diz. Assim, segundo ele, a educação precisa ser adaptada para diferentes circunstâncias e personalizada. É preciso criar um sistema em que as pessoas busquem suas próprias respostas. No século XXI, não tem mais lugar um modelo de educação em que o aluno é mero espectador que apenas absorve conteúdos enquanto o professor, detentor de todo o conhecimento, apresenta em uma lousa ou numa tela, a teoria que só ele domina para que todos possam memorizá-la. A escola deve propiciar as condições para que o estudante saia do mundo das ideias e coloque em prática seus saberes, tenha oportunidades de desenvolver sua capacidade criativa, o trabalho colaborativo, a perseverança e a resiliência. É importante que a escola, além de contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo, forme cidadãos capazes de resolver problemas de toda ordem. Para isso, é fundamental a adoção de uma metodologia que proponha desafios, mais do que apenas fornecer informações. Hoje, acima de tudo, é necessário um modelo voltado para o aprendizado, que privilegie a capacidade de raciocínio próprio e a criatividade, e não um modelo de ensino compulsório voltado para o passado. A Criatividade é o maior patrimônio que a natureza nos deu, para gerar ideias e propor inovações para vencer os desafios que o progresso impõe à humanidade, para transformar sonhos e anseios em bem-estar de todos e felicidade. Esse grande ativo propulsor da inteligência é capaz de transformar projetos em ações, conectar pessoas a propósitos de vida e de trabalho, criando redes de compartilhamento de conhecimento. Ela deve estar implantada nos sistemas educacionais para apoiar as exigências de uma nova economia saturada de informações e cada vez mais voltada para a tecnologia, a qual requer agilidade, inventividade, colaboração e um contínuo compartilhamento do conhecimento. Um modelo educacional verdadeiramente transformador para o século XXI é aquele que cultiva e estimula a criatividade e a inovação.