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A criatividade é a maior engenhosidade a ser usada para desenvolver pessoas, empresas e países

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

15/08/2017 04:02:37

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES *** Todos estranharam quando o Facebook adquiriu por 20 bilhões de dólares o WhatsApp, com cerca de 1 bilhão de assinantes, mas que nada faturava. Porém Zuckerberg tinha planos grandiosos para ele: transformá-lo no maior meio de comunicação e colaboração entre pessoas; executar todos os serviços que os bancos prestam, mas sem precisar de instalações e ser o maior intermediador de negócios do mundo (Saiba mais). O Walmart já está experimentando em supermercados americanos um aplicativo que elimina filas de espera para pagar as compras. As pessoas simplesmente escaneiam os produtos adquiridos e eliminam o trabalho dos caixas. Isso não representa grande novidade, pois no nosso dia a dia usamos aplicativos para tudo, inclusive para os religiosos lerem a Bíblia. A tecnologia está facilitando tudo, mas ela é simplesmente um meio. O que vale são as ideias das pessoas que pensaram pela primeira vez em encontrar soluções para facilitar o trabalho humano, desde o primeiro hominídeo que criou a roda para facilitar o transporte de coisas. Ter ideias para resolver problemas e vencer desafios não é capacidade só de especialistas, mas sim de todos. Criatividade não é mais tido como dom divino, mas sim uma habilidade que todos podem desenvolver. Basta treinar. Acho que nunca vou me cansar de repetir que a criatividade é aquilo que fará a diferença na economia num futuro cada vez mais próximo. E nisso não estou sozinho. Klaus Schwab, fundador do World Economic Forum, mais conhecido por suas reuniões anuais em Davos, está convencido de que ideias, mais do que o capital, serão o fator crítico da produção. Ana Clara Fonseca, economista e professora da FGV e da Universidades Nacional de Córdoba, afirma que a criatividade é o principal ativo contemporâneo. Assim como economistas do Reino Unido, desde 2005, acreditam que o investimento em criatividade é uma saída viável a médio e longo prazos para questões estratégicas relacionadas ao desenvolvimento. Criatividade é uma palavra de múltiplas definições que remete à capacidade de criar o novo e de reinventar o que já existe, de diluir paradigmas tradicionais, juntar pontos que parecem desconexos e, com isso, gerar soluções para novos e velhos problemas. Em termos econômicos, ela é um combustível renovável cujo estoque aumenta com o uso, assim, a concorrência entre agentes criativos, ao invés de saturar o mercado, consegue atrair e estimular a atuação de novos produtores. Tanto o conhecimento quanto a informação representam insumos básicos para a criatividade e o seu produto é a inovação. Num cenário econômico-social em que se tem como única certeza a incerteza, a fonte de vantagem competitiva e duradoura é o conhecimento: além do capital, da matéria-prima e da mão de obra, as áreas estratégicas das empresas voltaram os olhos para o uso das ideias como recurso essencial para geração de valor. Assim, nas últimas décadas as empresas começaram a reconhecer a relevância da criatividade e da inovação e a considerá-los em seus planejamentos estratégicos. A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) concluiu em seu Relatório de economia criativa 2010 que não existe uma definição simples de criatividade que contemple todas as suas diversas dimensões. Contudo, as características da criatividade em diferentes áreas que envolvem os seres humanos, podem ser estruturadas da seguinte forma:
· Criatividade artística: envolve a imaginação e a capacidade de geração de ideias originais e novas formas de interpretar o mundo, podendo ser expressa nos formatos oral, de texto, de dança, de som e de imagem; · Criatividade científica: envolve curiosidade e disposição para experimentar e realizar novas conexões com vistas à solução de problemas ligados à ciência; · Criatividade econômica (manufatura, indústria e serviços): é um processo que resulta em inovação tecnológica, práticas de negócio, marketing, entre outras atividades. É estreitamente ligada à aquisição de vantagem competitiva na economia.
Mas como a economia e a escola têm enfrentado os novos tempos? As crianças hoje vivem em um mundo digitalizado, enquanto nossa educação é do século passado (ou do retrasado!). Para Ken Robinson, professor inglês e consultor de governos europeus, somos formados por um sistema educacional medíocre, em que tudo é padronizado e sequenciado. Segundo ele, é preciso mudar para uma educação manufaturada, orgânica. Aprender que o florescimento humano não é um processo linear e mecânico, mas orgânico. Robinson diz que o atual sistema educacional acaba com a criatividade e a curiosidade naturais dos jovens ao forçá-los a se configurar dentro de um molde acadêmico unidimensional. “Nosso sistema educacional explorou nossas mentes como exploramos a terra: em busca de um recurso específico. E, para o futuro, isso não serve. Temos de repensar os princípios fundamentais em que baseamos a educação de nossas crianças”, diz. Assim, segundo ele, a educação precisa ser adaptada para diferentes circunstâncias e personalizada. É preciso criar um sistema em que as pessoas busquem suas próprias respostas. No século XXI, não tem mais lugar um modelo de educação em que o aluno é mero espectador que apenas absorve conteúdos enquanto o professor, detentor de todo o conhecimento, apresenta em uma lousa ou numa tela, a teoria que só ele domina para que todos possam memorizá-la. A escola deve propiciar as condições para que o estudante saia do mundo das ideias e coloque em prática seus saberes, tenha oportunidades de desenvolver sua capacidade criativa, o trabalho colaborativo, a perseverança e a resiliência. É importante que a escola, além de contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo, forme cidadãos capazes de resolver problemas de toda ordem. Para isso, é fundamental a adoção de uma metodologia que proponha desafios, mais do que apenas fornecer informações. Hoje, acima de tudo, é necessário um modelo voltado para o aprendizado, que privilegie a capacidade de raciocínio próprio e a criatividade, e não um modelo de ensino compulsório voltado para o passado. A Criatividade é o maior patrimônio que a natureza nos deu, para gerar ideias e propor inovações para vencer os desafios que o progresso impõe à humanidade, para transformar sonhos e anseios em bem-estar de todos e felicidade. Esse grande ativo propulsor da inteligência é capaz de transformar projetos em ações, conectar pessoas a propósitos de vida e de trabalho, criando redes de compartilhamento de conhecimento. Ela deve estar implantada nos sistemas educacionais para apoiar as exigências de uma nova economia saturada de informações e cada vez mais voltada para a tecnologia, a qual requer agilidade, inventividade, colaboração e um contínuo compartilhamento do conhecimento. Um modelo educacional verdadeiramente transformador para o século XXI é aquele que cultiva e estimula a criatividade e a inovação.  

27/08/2017

MARIA APARECIDA

O auto atendimento citado acima no walmart já é realidade no supermercado BH próximo à minha residencia Bairro Barreiro em Belo Horizonte.

17/08/2017

Bernardo Castello Branco

Prof. Gabriel, seu artigo é um estímulo para que todos que trabalham com criatividade se façam valorizar e sigam seu caminho com imaginação e novas ideias, pensando sempre na sociedade e um futuro melhor para todos.

15/08/2017

PAUL VADAS

Quem sabe, Professor Gabriel, já não seja a hora de desafiar o setor educacional, e seus dirigentes, a oferecer modelos educacionais verdadeiramente transformadores para o século XXI, que cultivem e estimulem e a criatividade e a inovação. Quem sabe já não seja a hora de instituir no Brasil uma cultura que valorize a aprendizagem, "que privilegie a capacidade de raciocínio próprio e a criatividade", e que acabe com o modelo de ensino compulsório voltado para o passado. Quem sabe já não seja a hora da ABMES desenvolver uma premiação que valorize os visionários e as mentes criativas do setor educacional. Quem sabe já passou da hora de declarar a independencia do setor educacional privado e desatar as amarras que o setor público "mequiavélico" vem impondo e, cujas consequencias aí estão: um país atrasado, com crescimento pífio, corrupção e violência por todos os lados. Quem sabe, então, seus pensamentos, nos quais acredito plenamente, sejam factíveis: "A escola deve propiciar as condições para que o estudante saia do mundo das ideias e coloque em prática seus saberes, tenha oportunidades de desenvolver sua capacidade criativa, o trabalho colaborativo, a perseverança e a resiliência. É importante que a escola, além de contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo, forme cidadãos capazes de resolver problemas de toda ordem".

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