“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais”. Rubem AlvesAtualmente com a evolução tecnológica, a sociedade está passando por grandes mudanças. E a escola que é socialmente determinada deverá também passar por mudanças em seu processo educativo. Segundo Grinspun (2001), “o conceito de educação dentro de um paradigma da modernidade ou pós-modernidade e, portanto, uma educação que esteja consoante com o seu tempo, partindo-se do pressuposto que a tecnologia já faz parte desta modernidade”. Desde que o homem passa a agir sobre a natureza, diferentes recursos e tecnologias foram criados, modificando sua vivencia em seu espaço habitual e social. Para Pinto, (2005, p. 5). “no súbito da potência humana, que abriu ao homem perspectivas de ação sobre a natureza, de aquisição de conhecimentos e de possível modificação de sua própria estrutura orgânica e psíquica com que nunca teria alguém podido sonhar”. Assim compreende-se que o conceito de educação, deve estar contextualizado com as novas tecnologias para um ensino aprendizagem de melhor qualidade. A internet já foi expandida para vários lugares assim como as maquinas tecnológicas. A maioria dos alunos de hoje tem facilidade em utilizar os aparelhos tecnológicos, outros tem o conhecimento dos mesmos através da escola o que torna imprescindível para educação que os professores e demais profissionais se qualifiquem quanto ao processo de inserir as novas tecnologias ao processo de ensino - aprendizagem. As Tecnologias devem ser utilizadas em sala de aula de modo a considerar o interesse e as necessidades dos educandos como forma de melhorar os processos de ensino e de aprendizagem. O computador tornou-se um aparelho presente em nosso meio social. Todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e de acordo com a necessidade imposta pelos órgãos, pelas instituições faz – se necessário aprender a conviver com esses aparelhos tecnológicos na vida pessoal assim como também na vida profissional. A escola pública em alguns casos torna-se a única fonte de acesso aos recursos tecnológicos, das crianças de famílias de classe baixa. Pretto (1999, P. 104) vem afirmar que “em sociedades com desigualdades sociais como a brasileira, a escola deve passar a ter, também, a função de facilitar o acesso das comunidades carentes às novas tecnologias”. Já não há mais espaço para uma educação voltada para a transmissão da informação é necessário que se tenha profissionais bem preparados com competência e autonomia para tomar decisões frente aos desafios. Dentro desse contexto faz-se necessário repensar a escola que precisa oferecer recursos diversos para que possa auxiliar os alunos a elaborar e construir seu próprio conhecimento. Valente, Prado e Almeida (2003) relatam que,
A utilização de novos recursos, novas formas de aprendizagem transforma os alunos em agentes críticos, capazes de problematizar e de aprofundar o conhecimento mediante o diálogo crítico, argumentando e questionando, com interesse de um mundo de qualidade e melhor para todos. (VALENTE, PRADO e ALMEIDA, 2003)A tecnologia, mais especificamente, o computador, como ferramenta pedagógica é para muitas pessoas uma realidade distante. Mas em algumas escolas esse instrumento já faz parte da realidade escolar. É necessário que o professor ao trabalhar com os instrumentos tecnológicos lance um olhar crítico e que se busque artifícios para que possa melhorar o ensino aprendizagem, face às teorias e práticas pedagógicas. Não pode esquecer que este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos, é necessário ter um controle para o bom uso desse recurso, o mesmo só será uma excelente ferramenta, se houver a consciência de que deve ser usado para o acesso ao conhecimento. O computador é um poderoso recurso de suporte à aprendizagem, com inúmeras possibilidades pedagógicas. Portanto, diante de todos os dizeres sobre a mudança significativa que ocorreu na educação escolar, Freire e Valente (2001) destaca que “o computador é uma realidade facilitadora no mundo do ensinar e aprender e que não dá para evitá-lo. É preciso abraçá-lo com sabedoria”. Há a necessidade de usá-lo como tecnologia a favor de uma educação mais dinâmica, para uma aprendizagem mais consistente, não perdendo de vista que o computador deve ter um uso adequado e significativo. As novas tecnologias são vistas como ferramenta educacional para atingir determinado resultado. Presente na sociedade, a mesma vem para ajudar o ser humano a se inserir em um processo de conhecimento acerca de várias interrogações que não havia respostas imediatas. Como afirma Pinto (2005, p. 792). “à função da tecnologia coincide com a promoção da liberdade pelas perspectivas que abre ao homem para refletir sobre si, seus problemas e exigências”. O uso dos aparelhos tecnológicos nas escolas é de grande necessidade na formação dos estudantes, pois os mesmos têm o contato com esses equipamentos fora da escola para diversas atividades de lazer. No âmbito escolar, o interesse é o da interdisciplinaridade e o da educação tecnológica, visto que fora da escola os alunos conhecem as funções básicas desses aparelhos, mas não reconhecem a sua importância para o próprio futuro, de como utiliza-lo para benefício da aprendizagem. Estamos diante de uma sociedade globalizada e dinâmica, a disputa por espaço no mercado de trabalho tem exigido das pessoas uma melhor preparação. Hoje na sociedade contemporânea, há novas formas de pensar, de agir e de comunicar-se, são inúmeras as formas de adquirir conhecimento, tendo diversas ferramentas que propiciam essa aquisição. O que se observa nesta modernidade é que a construção do conhecimento parte do próprio indivíduo pela sua natureza sensível e racional. Nos dias atuais em que as informações estão ao alcance de todos e de diferentes maneiras, o professor não deve transmitir conhecimento e sim mediar à organização para que as mesmas façam sentido para os alunos. A sociedade vem sofrendo grandes mudanças. Dentre essas mudanças, podemos citar a quantidade de informações que são disponibilizadas diariamente.
A integração das tecnologias com a educação, o professor e aluno, deve estar aberto às mudanças e novos paradigmas, os quais o obrigarão a aceitar a diversidade, com atenção às exigências impostas pela sociedade que se comunica através de um universo cultural cada vez mais amplo e tecnológico. (BRITO e PURIFICAÇÃO, 2006, p.25).Este é um momento em que a informação e o conhecimento são requisitos indispensáveis para a vida profissional. No entanto, a informação só se torna conhecimento quando o indivíduo lhe atribui sentido, quando a interpreta. O frequente uso dos aparelhos tecnológicos, desperta a imaginação, a criatividade, sua incorporação no ambiente escolar pode ensinar os alunos a respeitar o diferente, a vencer obstáculos, a trabalhar coletivamente, entre outros aspectos, é interessante elencar a utilização destas como molas propulsoras na sala de aula, no sentido de que esses aparelhos sejam vistos como mais uma ferramenta metodológica ao processo de educação. Visto que, por si só, não pressupõe um trabalho educativo pedagógico, é necessário que haja uma mudança do paradigma pedagógico para o desenvolvimento de novas competências. O uso dos recursos tecnológicos na educação implica em novas formas de comunicar, de pensar, ensinar/aprender/ aprender a ensinar, ajudar aqueles que estão com a aprendizagem muito aquém da esperada, deve ser visto e utilizado como um recurso para auxiliar o professor na integração dos conteúdos curriculares. Para Ferreira (2004),
O uso do computador como ferramenta mediadora do processo de ensino aprendizagem pode proporcionar mudanças qualitativas na educação, desde que os educadores compreendam, vivenciem, aceitem, flexibilizem as inúmeras possibilidades da ferramenta, adaptando-a de forma a contribuir com a educação (FERREIRA, 2004, p.22).O professor é o agente de fomento na busca pelo conhecimento a ser desenvolvido no aluno, e assim sendo, o mediador, depende do aluno para que o processo de aprendizagem seja realizado com sucesso. Os métodos tradicionais por si só, sem inovação nesta era de grande evolução em nível global não são suficientes para a relação mutua de ensino aprendizado entre docente e discente. Diante de tantas viragens impostas pelos sistemas de novas tendências educacionais é de suma importância instigar os profissionais a inovarem com o objetivo de aprimoramento do conhecimento. Libâneo (1991, P. 54) diz que: “Aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade”. A incorporação dos recursos tecnológicos deve ajudar a equipe escolar a transformar o ambiente em um lugar democrático e promotor de ações educativas que ultrapassem os limites da sala de aula. O professor deve ser capaz de reconhecer os diferentes modos de pensar e de agir do aluno.
As mudanças da função do computador como meio educacional acontece juntamente com um questionamento da função da escola e do papel do professor. A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem. Isso significa que o professor precisa deixar de ser o repassador de conhecimento – o computador pode fazer isso e o faz tão eficiente quanto professor – e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno. (VALENTE, 1993, p. 06).Para que a participação do aluno seja efetiva é necessário um profissional da educação com funções que extrapolem a transmissão de conteúdo específicos. Esse profissional precisa conhecer e se adequar à realidade, aos interesses, habilidades e peculiares dos mesmos. Precisa saber ouvi-los, respeita-los e fazer intervenções. Precisa avaliar a estrutura cognitiva dos alunos, planejando para a compreensão e para a intermediação da construção do conhecimento. A escola ao incorporar os recursos tecnológicos da subsidio e apoio ao professor para que o mesmo possa trabalhar a formação da autoestima como resgates de valores humanos, conceitos com a finalidade de contribuir no desenvolvimento escolar no aluno. A escola deve pensar em ações que promovam inovações no contexto educacional com o intuito de promover o estreitamento entre aluno e sociedade. Deve-se deixar o processo construtivo como base de competência, usando o conhecimento inovador onde o professor não separa o pensar do fazer, definindo meios e fins de forma interativa participando plenamente no desenvolvimento, melhorando a qualidade de nossa existência tomando decisões, esclarecendo e continuando a aprender, não esquecendo que, na realidade, as competências se manifestam de formas tão articuladas e integradas ao conhecimento em conformidade de outras formas de aprendizagem. Os aparelhos tecnológicos são vistos como bens necessários e saber operá-los constitui-se em condição de empregabilidade e domínio da cultura, considerando que a educação ao longo do tempo será o único meio de evitar a desqualificação profissional da sociedade tecnológica. É impossível fechar-se a essas mudanças. Ao fazer uso das novas tecnologias através da utilização do computador, data show, internet e ferramentas educacionais em sala de aula de aula, possibilita:
- Novas formas de visualização dos conteúdos de aprendizagem;
- A visualização de lugares distantes e distintos;
- Permitir que o aluno seja condutor do seu próprio conhecimento através da pesquisa;
- Permitir aos professores, um acesso mais rápido as suas próprias dúvidas e aos questionamentos dos alunos;
- Estimular a participação ativa dos estudantes de forma colaborativa.
Não haveria exercício ético-democrático, nem sequer se poderia falar em respeito do educador ao pensamento diferente do educando se a educação fosse neutra – vale dizer, se não houvesse ideologias, política, classes sociais. Falaríamos apenas de equívocos, de erros, de inadequações, de “obstáculos epistemológicos” no processo de conhecimento, que envolve ensinar e aprender. A dimensão ética se restringiria apenas à competência do educador ou da educadora, à sua formação, ao cumprimento de seus deveres docentes, que se estenderia ao respeito à pessoa humana dos educandos. (FREIRE, 2001, p. 38-39).O professor precisa ser criativo, flexível, sendo um mediador e também um articulador para estimular o aluno a ser criativo ativo e participante. O professor deve valorizar seu aluno permitindo que o mesmo avance no aprender, onde ele construa e reconstrua seu conhecimento de acordo com sua habilidade. Os aparelhos tecnológicos ligados à internet propiciam ao professor atuar de forma dinâmica, buscando do aluno o que ele já conhece e mediando o que precisa conhecer. Caminhando juntos em busca de um mesmo propósito é possível instigar os alunos a serem ativos e participativos, na busca pelo conhecimento. Ressaltamos, que estamos diante de uma sociedade globalizada e dinâmica, a disputa por espaço no mercado de trabalho tem exigido das pessoas uma melhor preparação. As novas tecnologias estão presentes em diversos setores, atingindo de forma direta e indireta. A preparação dos indivíduos, precisa ser iniciada no ensino básico, dessa forma é imprescindível que a escola reformule o Projeto Político Pedagógico no intuito de preparar os jovens para ser um cidadão crítico, ativo e reflexivo. Os recursos tecnológicos têm que ser usados com o objetivo de aumentar a eficácia do ensino e desenvolver no aluno o senso crítico, o pensamento improvável e dedutivo, à capacidade de observação e de pesquisa. Os recursos tecnológicos são muitos importantes ao processo da educação os mesmos melhoram o ensino-aprendizagem, facilitam o trabalho do professor, motivam os alunos e são ferramentas didáticas eficazes. Segundo Pereira e Peruzza (2002), “a implantação do computador na educação teve três gerações, sendo que uma quarta começa a surgir com a realidade virtual” são elas:
- Primeira geração: teoria comportamentalista, com aplicações tradicionais;
- Segunda geração: preocupa-se com a forma de apresentar o conteúdo aos educandos;
- Terceira geração: preocupa-se com a interação entre o educando e o conteúdo transmitido;
- Quarta geração: o conhecimento é construído pelos próprios educandos, sendo que o mesmo interage com os recursos de aprendizagem.
É importante a capacidade de lidar com as diversas tecnologias e interpretar sua linguagem, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser usadas. Esta alfabetização significa um domínio inicial das técnicas e suas linguagens, mas está relacionada também a um permanente exercício de aperfeiçoamento mediante o contato diário com as tecnologias. Relaciona-se ao conhecimento técnico e pedagógico que o professor deve ter das tecnologias e de seu potencial pedagógico. (SAMPAIO e LEITE 1999, p.75).Faz-se necessário uma reformulação na prática pedagógica e na concepção do ato de educar, uma reflexão da ação, o aperfeiçoamento da prática e a inovação. A formação continuada de professores deve ser entendida como um processo permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade profissional, com o objetivo de assegurar um ensino de melhor qualidade aos alunos. É através de uma formação contínua que os docentes serão capazes de mobilizar os saberes da teoria da educação, que compreenderão e desenvolverão as competências e habilidades necessárias para a investigação da sua própria prática. É necessário que se entenda que a prática de ensino precisa ser pautada por um aperfeiçoamento constante e reflexivo visto que o mesmo é o responsável direto em mediar os conhecimentos necessários para a formação ética, crítica e reflexiva dos discentes. A preocupação com a formação profissional deve ser permanente. Na área educacional mais especificamente no caso do professor, essa realidade é ainda mais necessária, já que trabalha diretamente com a formação do cidadão.
A partir da formação inicial que proporciona uma base prévia ao exercício da atividade docente, a formação pessoal e profissional do professor prossegue ao longo de sua carreira. Esta formação continuada coloca em destaque a preparação do professor no exercício de sua prática como ator que reflete sobre as ações que realiza em seu cotidiano. (PAIVA, 2003, p. 47)A formação contínua vai além de qualificação docente, seja em nível de extensão, graduação e pós-graduação. Ela se expressa através dos mais variados cursos disponíveis e necessita ser feita baseado na necessidade da clientela escolar. A formação contínua do professor também é importante porque nos alerta sobre a necessidade de percepção das novas práticas pedagógicas. Nesse sentido, pode-se entendê-la também como uma oportunidade de reflexão acerca da prática educativa. Santos (1998) diz que, Formação continuada ou formação contínua, ou formação em serviço, em sentido mais estrito, todas as formas deliberadas e organizadas de aperfeiçoamento profissional do docente, seja através de palestras, seminários, cursos, oficinas ou outras propostas. (SANTOS 1998, p.124). A construção docente constitui-se um processo dinâmico, com possibilidade de aprendizado crescente e contínuo. A formação contínua vai além de qualificação docente, seja em nível de extensão, graduação e pós-graduação. Esse desenvolvimento dar - se através dos mais variados cursos disponíveis fundamentados na necessidade profissional e da clientela escolar.
A formação continuada transforma-se em recurso estratégico para que as “inovações” sejam materializadas nas salas de aula. Em outra lógica, a dinâmica da formação continuada consiste em um caminho para a reapropriação da experiência adquirida, tendo em vista adequá-la com as novas situações vividas pelos docentes na atualidade. (FREITAS, 2007, p. 44).Precisa-se instigar a construção de formação permanente significativa para o professor. A deficiência de programas de formação continuada que geralmente acontece fora da realidade escolar têm levado ao desinteresse por parte dos professores. Certas atividades dessas formações, não contribuem para seu desenvolvimento profissional dentro do contexto escolar que está inserido. Esta sensação de ineficácia dos processos de formação é o sentimento que tem acompanhado muitos docentes atualmente. Segundo Imbernón, (2009), “centenas destes programas poderiam ser descartados apesar de outros apresentarem novas propostas que podem ajudar a construir uma formação adequada” (IMBERNÓN, 2009, p. 12). A formação continuada precisa ser uma formação permanentemente vinculada a partir das necessidades reais do cotidiano escolar do professor visando a utilização adequada dos materiais pedagógicos. Para que as relações entre os saberes teóricos e os saberes práticos se articulem, e necessita-se um bom desempenho e uma boa qualificação. O docente precisa estar em constante busca pelo saber, pelo saber fazer, para que possa melhorar sua prática docente e seu conhecimento profissional. “Esta concepção de aprendizagem toma-nos a todos de tal maneira que nos faz continuamente aprendizes, ou seja, continuamente em processo de evolução e desenvolvimento” (MASETTO, 2000, p. 140). Deve-se ter a capacidade de refletir sobre sua prática educacional, sobre sua regência, já que, é através do processo reflexivo que irá se tornar um profissional capaz de construir sua identidade profissional docente.
Embora as modalidades formativas costumem ter caráter grupal, na verdade se dirigem ao indivíduo, que pode aprender questões concretas distantes de suas preocupações práticas. Por essa razão, não costuma ter elevado impacto na prática da sala de aula nem potencializa o desenvolvimento profissional. (IMBERNÓN, 2009. p. 32)O docente precisa estar em constante busca pelo saber, pelo saber fazer para que possa melhorar sua prática docente e seu conhecimento profissional. Deve ter a capacidade de refletir sobre sua prática educacional, sobre sua regência, já que, é através do processo reflexivo que irá se tornar um profissional capaz de construir sua identidade profissional docente. “A formação de professores deve passar para dentro da profissão, isto é, deve basear-se na aquisição de uma cultura profissional, concedendo aos professores mais experientes um papel central na formação dos mais jovens” (NÓVOA 2009, P. 36). É necessário, também, reformular a análise do contexto educacional visando o desenvolvimento organizacional, que abrange, além da capacitação do docente, sua missão, visão e valores.
O conhecimento profissional consolida do mediante a formação permanente apoia - se tanto na aquisição de conhecimentos teóricos e de competências de processamento da informação, análise e reflexão crítica em, sobre e durante a ação, o diagnóstico, a decisão racional, a avaliação de processos e a reformulação de projetos (IMBERNÓN, 2010, p.75).É fundamental conhecer a escola e refletir sobre a necessidade do indivíduo nela inserido. Faz-se necessário um plano de ação mais abrangente que os norteie e oriente com uma ação estratégica e processual capaz de criar um programa de Formação Permanente do educador. Freire e Horton (2003) explicam que,
Uma das melhores maneiras para a gente trabalhar como seres humanos, é não só saber que somos seres incompletos, mas também assumir essa incompletude. Existe pouca diferença entre saber intelectual que estamos incompletos e assumir a natureza de ser incompleto. Não somos completos. Temos que nos inserir em um processo permanente de busca. O que significa que manter a curiosidade é absolutamente indispensável para que continuemos a ser ou a vir a ser. (FREIRE e HORTON, 2003, p. 43).Só as adaptações tecnológicas e organizacionais não conseguem mais responder aos desafios de competitividade o profissional precisa estar capacitado, sair do senso comum e da sua realidade, para se tornar um profissional que visa trabalhar de acordo com a realidade social. “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se firma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática” (Freire, 1991, p. 32). Os profissionais precisam repensar diariamente suas práticas pedagógicas suas capacidades reflexivas sobre a própria prática docente de maneira a atender as necessidades dos alunos em suas diversidades, para que assim possa melhorar o processo educativo. Considerações finais É papel da escola, democratizar o acesso ao computador, promovendo aos alunos a oportunidade de se inteirar e construir seu conhecimento, por intermédio da interatividade com o ambiente de aprendizado. Professor e aluno devem explorar ao máximo todos os recursos que a tecnologia apresenta, de forma a colaborar mais e mais com a aquisição de conhecimento. É preciso ter a consciência de que não é somente a introdução da tecnologia em sala de aula, que trará mudanças no ensino - aprendizagem, o computador é uma ferramenta que deve ser utilizada como método, o mesmo não é solução para todos os problemas educacionais. As ferramentas computacionais podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de ensino - aprendizagem, desde que se criem novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que se promova a construção do conhecimento. O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula. Devido às mudanças ocorridas na sociedade por decorrência da evolução tecnológica, os professores devem buscar ampliar seus conhecimentos sobre estas novas tecnologias educacionais. É notório em meio aos professores, perceber que todos os dias há uma utilização inadequada destes instrumentos didáticos chamados tecnologia dentro da sala de aula. A incorporação dos recursos deve ajudar a equipe escolar a transformar o ambiente em um lugar democrático e promotor de ações educativas que ultrapassem os limites da sala de aula. Para que o papel do aluno seja efetivo é necessário um profissional da educação com funções que extrapolem a transmissão de conteúdo específicos. Esse profissional precisa conhecer e se adequar à realidade, aos interesses, habilidades e peculiares dos mesmos. Precisa saber ouvi-los, respeita-los e fazer intervenções. Precisa avaliar a estrutura cognitiva dos alunos, planejando para a compreensão e para a intermediação da construção do conhecimento. A aprendizagem intermediada pelos aparelhos tecnológicos gera profundas mudanças no processo de ensinar e aprender. O trabalho educacional a partir do uso dos recursos tecnológicos tem um fundamental papel na prática pedagógica dos professores possibilitando a transição de um sistema de ensino unilateral para uma abordagem de conteúdos integrados. Nessa perspectiva, as tecnologias tornam-se ferramentas importantes, capazes de ampliar o aprendizado do aluno. A tecnologia na educação apresenta-se como meio ou instrumento para favorecer a aprendizagem. Não cabe a ela resolver o problema da educação, mas o seu uso adequado pode gerar grandes mudanças na maneira de ensinar e aprender. A tecnologia precisa ser inserida na prática pedagógica do professor, de modo a instrumentalizá-lo a agir e interagir na sociedade com critério, com ética e com visão transformadora. O docente enquanto sujeito deve pensar nas suas ações nos seus objetivos enquanto educador. É preciso refletir se a pratica pedagógica condiz com o que é necessário para a clientela escolar. A formação deve ser feita com o objetivo de agregar experiências inovadoras já adquiridas no decorrer de sua vivencia pessoal e profissional. REFERÊNCIAS BRITO, G. PURIFICAÇÃO, I. Educação e tecnologias: um (re) pensar. Curitiba: IBPEX, 2006. FERREIRA, L. F. Ambiente de aprendizagem construtivista. 2004. Disponível em: < http://www.penta.ufrgs.br/~luis/Ativ1/Construt.html >. 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[i]Licenciada em Matemática pela Instituição de Ensino Superior - UNITINS/TO, Pedagogia pela Instituição de Ensino Superior – SESPA/MG; Pós-Graduada em Metodologia do Ensino Superior pela Instituição de Ensino Superior- FAROL/RO; Gestão Supervisão e Orientação com ênfase em Psicologia Educacional pela Instituição de Ensino Superior FAROL/RO; Matemática pela Instituição de Ensino Superior – FANAN/MG e Ciências da Educação pela Instituição de Ensino Superior – FAP/ES. Professora SEDUC/RO. E-mail: luci.marsf82@hotmail.com [ii]Pedagoga, Ma em Administração e Gestão Educacional – UAB/PT, Docente da FASA – Faculdade Santo André – Multiron/RO. Orientadora Educacional – SEDUC/RO. E-mail: roberta2803@hotmail.com