“A história, as ideias, o trabalho, o empreendedorismo e os desafios dos grandes nomes da educação particular brasileira precisarão ser lembrados.” (Prof. Eletro Bonini – UNAERP Ribeirão Preto)A experiência do Conselho de Administração (CA) na estrutura organizacional da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) nestes 15 meses de funcionamento tem se mostrada exitosa. A presidência executiva cuida das ações institucionais de desenvolvimento junto aos organismos governamentais, trata das questões educacionais de interesse dos associados, bem como das múltiplas ações operacionais do dia a dia. Ao CA cabe pensar nas ações estratégicas e de visão de futuro, com a finalidade de perenizar a entidade. Nesse sentido, Presidência e Conselho devem trabalhar em harmonia e focados nos objetivos sociais da ABMES. Para conhecimento, apresentamos, em um breve relatório, os trabalhos realizados e as propostas do CA para 2018. O material pode ser acessado pelos associados no site da ABMES (clique aqui). Cabe, porém, destacar aqui alguns projetos em andamento, por serem iniciativas interessantes: 1- Portas Abertas: projeto apresentado pelo Prof. Antônio Veronezi, que coloca as instalações da universidade em seus períodos ociosos à disposição dos estudantes das escolas públicas, para usufruir de oferta de aulas especiais e práticas laboratoriais. Orientados por tutores, os jovens têm um contato inicial com a vida universitária. Em são Paulo há apoio da Secretaria da Educação e o projeto piloto na Unisa está em pleno andamento. 2- Estudos e análises dos seguintes tópicos: a) quanto o estado investiu na universidade pública nos últimos 80 anos e resultados obtidos; b) o que as famílias e alunos investiram para obter a formação universitária; c) que investimento será necessário para as famílias de menores recursos terem financiamento para seus membros; d) análise comparativa dos benefícios e ônus destas ações. 3- Memorial do Educador Empreendedor: Não conhecemos trabalho de análise mais profunda para mostrar quanto a educação brasileira deve a educadores que, a partir dos anos sessenta, colaboraram com iniciativas em prol do ensino superior do país. Graças à visão empreendedora de dirigentes de entidades religiosas de todo os cultos; de instituições educacionais existentes e de outras que foram se formando no correr do tempo, o ensino superior particular desde a década de 1960 formou até hoje cerca de 96 milhões de profissionais, enquanto o público 31 milhões. Hoje o sistema tem cerca de 2.407 IES, enquanto no início de 1960 não passávamos de 222. Os anos cinquenta do após guerra dão sequência ao desenvolvimento do país, advindo do aumento demográfico e da industrialização que expande negócios e serviços. Esse contexto trouxe a exigência de recursos humanos em todos os níveis para enfrentar os desafios empresariais. Anos sessenta, a universidade pública não tem mais espaço para atender aos que desejam estudar e há excedentes por toda a parte, que apesar de aprovados nos vestibulares não conseguem vagas para se matricularem. É desta realidade que o governo, para atender a demanda por cursos superiores, conclama a iniciativa particular a colaborar com a formação de profissionais para o desenvolvimento do país. Quem decide sobre as autorizações de cursos é o Conselho Federal de Educação e, com mais intensidade, a partir de setenta, as faculdades começam a ser criadas em todas as principais cidades. É esta história dos pioneiros educacionais brasileiros que desejamos registrar. Desde quando desembarcavam com malas cheias de projetos em Brasília e, ansiosos, rodavam pelos corredores do “Queimadinho” (sede do CFE) procurando a aprovação de seus cursos. Queremos contar também toda a odisseia para atender as comissões daqueles tempos que vinham examinar as condições físicas. E, em seguida, instalar biblioteca, laboratórios, salas de aulas adequadas. Depois, o dia a dia de atender alunos e lidar e pagar os professores com salários condicentes, ter mensalidades adequadas, conceder bolsas a granel e, lógico, com um vestibular cheio e fila de matrículas até a esquina. Decorrente de tudo isso, dinamizando a economia local e tornando-a polo educacional. Era uma época em que, por exemplo, tudo parava em um dia de vestibular em Moji/SP. Eram mais de 400 ônibus e não sei quantos carros. Nos áureos tempos com duas universidades, os estudantes movimentavam a economia local. A execução do Memorial está prevista para em torno de 12 meses e contemplará também entrevistas com grandes educadores brasileiros e os familiares dos que já faleceram, recuperação de material de acervo e exposição de arquivos. Importante lembrarmos que, as ideias, por melhores que sejam, exigem executores, foco e dedicação. Por isso, agradeço os Conselheiros que nestes 15 meses colaboraram e prestigiaram o CA com sua presença às reuniões e trabalho, bem como o secretário executivo Valdemar Ottani e a assistente Sabrina Moraes. Somos gratos também ao Presidente Prof. José Janguiê e a toda equipe de funcionários, liderados pelo Solon Caldas e Lidyane Lima, que nos apoiaram no período. 2018 está logo aí e os desafios serão imensos. Importante para o país será encontrar pelo processo eleitoral as lideranças políticas que precisamos para dar continuidade ao desenvolvimento e ao bem-estar à população. Aos associados da ABMES e aos leitores deste Blog, um Feliz Natal e um Próspero ano de realizações. Conselheiros em exercício: Antonio Carbonari Netto (membro licenciado) Antonio Colaço Antônio Veronezi Arthur Macedo Candido Mendes (membro nato) Carmen Silva Ednilton Soárez Édson Franco (membro nato) Eduardo Soares Gabriel Mario Rodrigues (membro nato e presidente) Hermes Figueiredo Hiran Rabelo Ihanmarck Damasceno Jânyo Diniz Manoel Barros Paulo Chanan Conselheiros que se desligaram: Paulo Antonio Gomes Cardim Décio Correia Lima