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Universidade, empresa e governo - uma estratégia para inovação e desenvolvimento

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

11/12/2018 05:20:24

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
“As interações universidade-indústria-governo, que formam uma “hélice tríplice” de inovação e empreendedorismo, são a chave para o crescimento econômico e o desenvolvimento social baseados no conhecimento.” (Henry Etzkowitz e Chunyan Zhou)
O estudo “Pesquisa no Brasil - Um relatório contratado pela   CAPES”, realizado pela empresa norte-americana Clarivate Analytics, mostra que 99 % da produção científica brasileira é feita quase exclusivamente pelas universidades públicas. Entre 2011 e 2016 foram produzidos mais de 250 mil trabalhos na forma de ensaios, artigos ou dissertações publicadas em periódicos especializados ou nos anais de congressos. Para o setor particular, a grande dificuldade é como sustentar uma pesquisa, pois na realidade ela é desejada pelos estudantes, ansiosos de colocar em prática seus conhecimentos. O 18ª CONIC – Congresso Nacional de Iniciação Cientifica –, realizado nos dias 30/11 e 1/ 12 deste ano, é uma prova do interesse. O evento envolveu a participação de 3.700 universitários, e 1.998 trabalhos foram selecionados para concorrer nas diferentes áreas do conhecimento. Vivemos a era da informação e do conhecimento, e as tendências indicam que a vida no século XXI será pautada pelo aprendizado contínuo, pela criatividade, pela inovação e pelo empreendedorismo em todas as áreas e dimensões da vida humana, individual e coletiva. E a principal dificuldade que a universidade possui para colocar em prática o que seu aluno aprendeu é como dar sustentabilidade à pesquisa. Com base nisso, achei interessante o modelo da Tríplice Hélice – uma solução criativa para dar sustentabilidade à pesquisa, que nunca foi experimentado no Brasil. O mundo acadêmico está na era da universidade empreendedora. A proposta, concebida nos anos 90 por Henry Etzkowitz[1] e Loet Leydesdorff[2], une governo, empresas e universidades com o propósito de inovarem e criarem juntos novos produtos e serviços, visando o desenvolvimento. Segundo o conceito da hélice tríplice, a interação de universidade, indústria e governo, voltada à inovação e ao empreendedorismo, é a chave para o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Nesse modelo, a indústria continua a ser protagonista no âmbito da produção, o governo é a fonte das relações contratuais e a universidade provê o mais valioso no processo de inovação: a mão de obra. A universidade empreendedora, nesse sentido, retém os papeis acadêmicos tradicionais de reprodução social e extensão do conhecimento certificado, mas os coloca num contexto mais amplo, como fazendo parte do seu novo papel na promoção da inovação. Ou seja, Estado, Universidade e Empresa convergem esforços para a criação de uma cultura que estimula o empreendedorismo e a inovação, incrementando a competitividade empresarial, novas pesquisas, autonomia tecnológica e, consequentemente, desenvolvimento socioeconômico do país. Como o conhecimento se transforma cada vez mais em importante parte da inovação, a universidade, como produtora e disseminadora do conhecimento é a instituição que tem um papel importante na inovação industrial. No entanto, esse modelo consegue alavancar o processo de inovação uma vez que, sem papéis fixos, os atores são mais criativos, originais e colaborativos. Governo e indústria são os elementos clássicos das parcerias público-privadas e, agora, com a tese da hélice tripla, a universidade está deixando de ter um papel social secundário, ainda que importante, de prover ensino superior e pesquisa, e está assumindo um papel primordial equivalente ao da indústria e do governo, como geradora de novas indústrias e empresas. Para isso, a universidade tem de encarar o desafio de estruturar modelos pedagógicos inovadores, que transcendam a tradicional transmissão do conhecimento e habilitem o estudante a continuar aprendendo ao longo da vida; a permanecer receptivo a mudanças; a atuar em um contexto globalizado; a equacionar problemas complexos; a ser empreendedor e a atuar com responsabilidade social. A universidade ainda deve, além de efetuar uma profunda reforma curricular de modo a viabilizar a empregabilidade dos seus egressos em uma economia globalizada, intensiva em conhecimento e imersa em um ambiente de mudança acelerada, tornar-se universal e assegurar a formação superior à maioria da população ao longo de toda a sua vida e contribuir, de modo significativo, para o desenvolvimento regional socialmente responsável. Se não acrescentar aos seus atributos cultivados ao longo dos anos o de atuar como um empreendimento de prestação de serviços quanto à formação de profissionais, geração de conhecimento e transformação de tudo isso em inovações em todos os domínios, em prol do desenvolvimento socialmente responsável, a universidade não terá cumprido seu papel nessa hélice tripla. Mas, ao fazê-lo, estará viabilizando a única forma de dar sustentabilidade e fazendo Pesquisa. __________________________________________ [1] Henry Etzkowitz é professor visitante na escola de negócios da Universidade de Edinburgo, Reino Unido, e conselheiro-geral do Instituto Internacional de Tripla Hélice (IITH), da Universidade LaSalle, Madrid, Espanha. [2] Loet Leydesdorff é um sociólogo holandês, cibernético e professor na Dinâmica de Comunicação Científica e Inovação Tecnológica da Universidade de Amsterdã. 2 

19/03/2019

Henry Etzkowitz no Brasil

Tenho escrito bastante sobre a teoria da Tríplice Hélice inclusive nesse Blog. Nós, gestores da iniciativa privada ficamos apenas na especulação das ideias. Em 2018 Henry Etzkowitz esteve aqui em São Paulo e palestrou durante um dia inteiro em evento gratuito para pouquíssimas pessoas. Não havia um único gestor de Instituição Privada. Foi o meu teórico de pesquisa no mestrado. Fica adica! http://www.iea.usp.br/pessoas/pasta-pessoah/henry-etzkowitz

11/12/2018

Wandy Cavalheiro

Amigo Gabriel, Como já conversamos muitos anos atrás, eu iria mais longe. Hoje a obrigação da universidade é preparar seu aluno para a trabalhabilidade, que vai muito além da empregabilidade. O tripé vai mudar muito do lado das empresas e os empregos serão inéditos, nem foram criados, portanto, cada aluno hoje precisa saber avaliar em que ele é bom e saber transformar estas competências em trabalho seja ele de que forma for. Sugestão: escreva sobre a trabalhabilidade, ideia que você já defende há muito tempo. Parabéns por compartilhar suas ideias.

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Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

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Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

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