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Os robôs e as tendências sobre o futuro do trabalho

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

21/05/2019 04:29:38

Gabriel Mario Rodrigues2

Gabriel Mario Rodrigues
Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***

“Vivemos em uma época de mudanças revolucionárias. Você pode morar em qualquer lugar do mundo, ou fazer o que for, mas, se estiver no planeta terra, estará testemunhando uma revolução global. Estamos expostos a forças absolutamente sem precedentes. As relações humanas sempre foram turbulentas, mas as mudanças nunca foram tão rápidas como hoje. Duas forças impulsionam estas transformações. São a inovação tecnológica e o crescimento populacional". Sir Ken Robinson, Ph.D (1)

A revista Veja desta semana traz uma reportagem interessante sobre o robô corretor de imóveis. O texto salienta que, em pouco tempo, não haverá lançamentos de prédios baseados em stand de vendas luxuosos, apresentações de apartamentos mobiliados e o enxame de corretores procurando vender o sonho do apartamento próprio apresentado em belíssimas locações videográficas. As estratégias de anúncios de páginas inteiras no Estadão, na TV, em revistas, distribuição de panfletos nas ruas e, ultimamente, nas redes sociais estão com os dias contados. Tudo isso vai mudar porque as empresas usarão a inteligência artificial para eliminar o intermediário humano da transação.

Isto coincide com sugestão do secretário executivo do Conselho de Administração da ABMES, Valdemar Ottani, ao me enviar para comentar artigo do CIO From IDG sobre 5 tendências do futuro do trabalho. Elas foram baseadas em análises realizadas pela empresa de recrutamento Robert Half, salientando que as novas tecnologias de comunicação e informação, a automação e os bancos de dados vão mudar o mundo de trabalho, advindo novas carreiras, mais eficiência e produtividade. Em síntese, os cenários são os seguintes:

  • Ambientes remotos e home office produtivo;
  • Conhecimento transmitido pelo EAD;
  • Capacidade de auto gestão;
  • Estabilidade via rede de contatos;
  • Trabalhar por um propósito.

Porém, o importante em tudo isto é que enquanto os principais países estão preocupados em adequar seus sistemas educacionais, o Brasil ainda pensa como na época de Cabral.

Estou lendo a 3ª edição de “Somos Todos Criativos”, de Sir Ken Robinson (Ed. Benvirá), no qual há uma informação que nunca havia pensado. Segundo ele, tratando-se de sistemas educacionais, todos são iguais, sejam de que regime forem: comunista, socialista, democrático, religioso, de centro, de direita e de esquerda. Todos são estruturados rigidamente com imposição de uma cultura de testes padronizados e regulamentos vários, restringindo a liberdade dos educadores de decidir o que e como ensinar. Praticamente todos os sistemas têm o mesmo figurino e a mesma hierarquia de disciplinas, quantidade de horas-aula obrigatórias ou optativas etc. Dificilmente vai se encontrar um sistema escolar que ensine dança todos os dias, da forma como é feita com a matemática.

A educação não é e nunca foi um processo imparcial de desenvolvimento das habilidades naturais das pessoas. Pelo contrário, estão destruindo o que é mais fundamental nos dias atuais, ou seja, a capacidade de vencer desafios pela criatividade, inovação e empreendedorismo.

Entre outros objetivos, os sistemas educacionais foram criados para atender a demanda da industrialização e do mercado de trabalho, iniciados há duzentos anos e sempre organizados pela inteligência acadêmica. Porém, por maiores que sejam as críticas, a humanidade, com todos os defeitos que conhecemos, produziu este mundo em que vivemos com suas inquestionáveis realizações. A inteligência artificial é criação dela e não podemos reclamar.

A arte de predizer o futuro sobre a inteligência artificial é questão de mais ou menos imaginação, pois só o tempo confirmará. O mais difícil é escrever sobre o Brasil, dadas as circunstâncias em que vivemos. O que fazer agora é o maior desafio que temos, porque governo, empresas, escolas, professores, políticos, estudantes e sociedade precisariam compartilhar as questões que nos afligem e ver o caminho a seguir. E por falar em desafios, o Ministério da Educação (MEC) tem medidas urgentíssimas a solucionar, muitas das quais expressas na entrevista da professora e socióloga Maria Helena Guimarães, experiente protagonista de questões educacionais no serviço público, publicada na edição de domingo (19) do jornal O Globo.

Ao nosso ver, é primordial a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que foi discutida por especialistas ao longo de mais de quatro anos e oferece ensino básico mais atento às necessidades atuais dos estudantes. Existem ainda as questões imediatas relacionadas ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), sem esquecer da renegociação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Para concluir este tema nada melhor que a Profa. Vanessa Evers, docente de Ciência da Computação na Universidade de Twente (Países Baixos), autora de quase 200 artigos científicos e editora do International Journal of Social Robotics.

“Robôs e sistemas inteligentes artificialmente poderão nos oferecer habilidades exclusivas para apoiar e melhorar tomadas de decisão e entender situações e maneiras de agir. Robôs poderão contribuir ou fazer nosso trabalho de maneira autônoma. Talvez a robótica irá totalmente se integrar fisicamente aos nossos corpos humanos uma vez que diversos desafios forem superados. Além disso, iremos nos relacionar com agentes artificiais assim como fazemos com os humanos, ao nos comunicarmos por meio de uma língua natural, ao observarmos seus comportamentos e ao entendermos suas intenções”.

Quem viver, verá. E, nas circunstâncias em que o país está, é melhor enfrentar os desafios do presente para poder alimentar pretensões de pensar no futuro.

_________________________________________

  1. Sir Ken Robinson é palestrante popular nas conferências do TED, Ele fez três apresentações sobre o papel da criatividade na educação, visualizadas no site do TED e no YouTube mais de 80 milhões de vezes (2017). [8] [9] Apresentação de Robinson "As escolas matam a criatividade?" é a palestra mais assistida do TED de todos os tempos (2017). [10] [11] [12]. Em abril de 2013, ele deu uma palestra intitulada "Como escapar do vale da morte da educação", na qual ele descreve três princípios cruciais para a mente humana florescer - e como a atual cultura educacional norte-americana trabalha contra eles. [13]Em 2010, a Royal Society for the Encouragement of Arts, Manufactures & Commerce Animado dos discursos de Robinson sobre a mudança dos paradigmas da educação. [14] O vídeo foi visto quase meio milhão de vezes em sua primeira semana no YouTube e em dezembro de 2017 foi visto mais de 15 milhões de vezes.
2 

24/05/2019

valter dtoiani

1 Os Robôs e as tendências sobre o futuro do trabalho. Às duas grandes forças, mencionadas por Sir Ken Robinson, a explosão demográfica e a explosão tecnológica, causadoras de um grande mal estar geral nas culturas e civilizações contemporâneas, apesar dos benefícios gerados . Acrescentaria uma terceira força moderadora genuína da humanidade, a sabedoria. Pois assim como diante da força nuclear, se faz necessária a sabedoria para bem utiliza-la, diante destas forças gigantescas, como a explosão demográfica e tecnológica impulsionada pela Inteligência Artificial, somente a sabedoria humana poderia ser o fator de equilíbrio e segurança para a humanidade. 2 E sabedoria é um atributo humano que é gerada pela educação. A exemplo da autopoiese * orgânica que é a fonte da vida , a autopoiese mental é a fonte da inteligência, criatividade e sabedoria. Assim diante deste cenário, sombrio e preocupante onde forças geradas pela I.A., fruto da tecnologia e ciência , bem como da explosão demográfica , que coloca em risco o futuro da humanidade , gerando um desequilíbrio econômico e militar, somente uma educação sábia , poderá fazer toda diferença. Entendendo educação sábia ,como aquela que contempla e valoriza o ser humano, capaz de sentir, pensar ,criar , amar e dar sentido à vida,ter um propósito. Uma educação também baseada em princípios científicos, matemáticos e na inteligência natural. 3 Para concluir a respeito do futuro do trabalho diria que somente o trabalho com propósito será a característica da humanidade e o trabalho sem consciência do propósito a dos Robôs. Valter Stoiani *Hunberto Marurana De máquinas e seres vivos. Ed. Artes médicas

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