"Qualquer coisa que possa ser conectada, será conectada." (J. Morgan)
A internet tem se mostrado um fator cada vez mais importante para a sociedade. É por meio dela que podemos trocar experiências com diversas culturas sem sair de casa, obter informações positivas e negativas sobre um determinado produto ou serviço antes mesmo de adquiri-lo, pedir comida sem sair do sofá ou ainda marcar e desmarcar uma consulta médica via celular, além de realizar transações bancárias. Tudo de maneira fácil e ágil.
Isso tudo é graças à Internet das Coisas (IoT), um ecossistema tecnológico onde diversos aparelhos físicos equipados com sensores e softwares estão interligados. Um conceito que nos deixa cada dia mais conectados e impacta significativamente o modo como vivemos, nos relacionamos e trabalhamos. A IoT está em praticamente tudo, como termômetros, pulseiras, celulares, geladeiras, tomadas, drones, máquinas de limpeza, elevadores, aviões e mísseis.
Em resumo, estamos falando da conexão entre os dispositivos utilizados no nosso dia a dia via rede, que permite a interação com o usuário por intermédio de aplicativos que funcionam on-off. E esses dispositivos não precisam necessariamente estar conectados à internet, eles podem estar ligados a outros dispositivos por meio de redes dedicadas, bluetooth ou infravermelho.
Tanto em empresas como em residências, a Internet das Coisas já se tornou comum. Conectando tudo e todos, ela está tornando o mundo menor, mais inteligente e receptivo. Porém, isso é apenas o começo!
Estamos dando passos largos para um futuro 100% conectado, com eletrodomésticos em rede, carros autômatos, aparelhos vestíveis, como o google glass, o smartwatch e a t-shirt OS, entre outros, que servem de exemplos como a tecnologia vem se infiltrando em nossa rotina de maneira veloz e silenciosa.
Caminhamos tanto em direção à IoT que atualmente é possível um leigo em tecnologia automatizar, a partir de tutorais na internet, tarefas cotidianas ou criar novos produtos utilizando um Raspberry Pi [i]. Uma rápida busca na plataforma YouTube permite o acesso a vídeos sobre como construir espelhos inteligentes, montar videogames clássicos, automatizar controladores residenciais e transformar TVs em computadores. Recentemente pesquisadores da Universidade de Toronto descobriram como medir a pressão arterial via selfie, utilizando os sensores óticos dos smatphones, que captam a luz vermelha refletida pela hemoglobina sob a pele. E através da tecnologia de Imagem Óptica Transdérmica (TOI) mensuram a pressão sistólica e diastólica.
BENEFÍCIOS
A IoT já movimenta vários setores, incluindo educação, saúde, finanças, varejo e manufatura. Podemos destacar as cidades inteligentes, que por intermédio de um software especializado, auxiliam moradores a reduzirem o desperdício de energia e água. Sensores conectados são usados na agricultura para monitorar o rendimento das safras e do gado, além de prever padrões de crescimento. Enfim, são muitos os casos atuais que poderiam ser citados, evidenciando que de fato, há uma série de benefícios e vantagens em se aplicar a IoT nos negócios:
- Monitorar processos em nível global;
- Melhorar a comunicação entre dispositivos eletrônicos conectados;
- As transferências de pacotes de dados em redes conectadas são mais rápidas e baratas;
- A automação das tarefas ajuda na melhoria da qualidade dos serviços e contribui para o aumento de produtividade da equipe;
- Reduz os custos relacionados a mão de obra;
- Possibilita o acesso 24h por dia, 7 dias por semana;
- Promove a transparência nas transações dos clientes.
DESAFIOS Embora exista grandes benefícios em explorar o potencial da IoT, uma coisa fica evidente durante o processo: o desenvolvimento de soluções traz grandes desafios, devido a sua complexidade e exigência de mão de obra especializada. A IoT compreende uma grande diversidade de setores, variando o seu uso entre a aplicação de um único dispositivo à execução em massa de plataformas cruzadas e sistemas na nuvem que se conectam em tempo real. E ainda, existem os inúmeros protocolos de comunicação que permitem dispositivos e servidores conversarem entre si de maneiras mais novas e interconectadas. Geralmente, a rede dos dispositivos desenvolvidos para a Internet das Coisas exige uma constante evolução de protocolos, domínios, linguagens e aplicativos. Entre os principais desafios estão:
- Não há um padrão internacional que defina as compatibilidades para a IoT. Protocolos e linguagens são utilizados conforme os dispositivos pertencentes à rede que está sendo criada. Aparelhos de diferentes fabricantes podem ter problemas para se conectar entre si;
- Se houver bug no sistema, é possível que todos dispositivos conectados a ele sejam corrompidos;
- As coletas e gerenciamento dos dados acionáveis podem ser um desafio. Se o ecossistema for muito grande, os números para análise eventualmente serão massivos e exigirão certa dedicação para análise;
- Quanto maior for a quantidade de dispositivos conectados à rede, compartilhando dados, maiores as chances de invasão e roubo de informações.
Organizações de diversos setores estão usando cada vez mais a IoT para trabalhar com alta eficiência, compreender melhor os clientes, oferecer atendimentos mais eficazes, otimizar tomadas de decisões e aumentar o valor dos negócios. Apesar de todos os desafios que ainda precisam ser superados para que a IoT se consolide no mercado do presente e do futuro, o ponto mais relevante neste momento é sobre a importância do alinhamento de empresas, instituições, produtos e serviços à esta irreversível realidade tecnológica.
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[i] Raspberry Pi – minicomputador, semelhante ao desktop ou notebook.
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