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A formação permanente do educador

Maria Carmen Tavares

Diretora Educacional e de Inovação da Pro Innovare e Colunista da ABMES

16/03/2011 05:33:14

 Profa. Maria Carmem Tavares Christóvam
Consultora Educacional
Genesis@genesisedu.com.br
***
Para pensar num sistema educacional que promova uma prática pedagógica divergente das tendências atuais, é preciso, segundo uma visão holística, repensar a gênese do projeto pedagógico. É necessário, também, reformular sua análise sob os ângulos do desenvolvimento institucional, que abrange, além da capacitação do docente, a missão, visão, valores, premissas da instituição e sugestões para a sua implementação. No entanto, a partir do momento em que começamos a conceber uma escola de prática diferenciada com maior isenção e menor espírito de autodefesa, somos capazes de antever. Diríamos até, com certa precisão, que o desequilíbrio existente entre a cronologia biopsicossociológica e o tempo das realizações, na esfera profissional, está com os seus dias contados.      É claro que o reconhecimento do descompasso não tem o poder de diminuir a inquietação gerada no corpo diretivo, docente, discente e na comunidade. Porém a esperança se infiltra quando nos damos conta de que, na nova ordem econômica e social, o futuro pertence àqueles que o estão construindo hoje. Portanto, ao iniciarmos a caminhada da escola que temos hoje para a escola que queremos, faz-se necessário um plano de ação mais abrangente que nos norteie e oriente.       Sem dúvida, um bom começo para a mudança seria a formação continuada do educador constando como meta em nossos Planos de Desenvolvimento Institucionais e capaz de criar um programa de Formação Permanente do Professor que verdadeiramente impacte em sala de aula. Sua implementação nas instituições de ensino deve partir do pressuposto de que todo educador precisa ser um pesquisador de sua prática pedagógica imediata e ir até as raízes do conhecimento, construindo uma fundamentação teórica de qualidade. Só assim esse profissional estará capacitado para sair do senso comum e da sua realidade, para se tornar um visionário da realidade social.       Na realidade da escola ou universidade  adequada à sociedade atual, só as adaptações tecnológicas e organizacionais não conseguem mais responder aos desafios de competitividade; a vantagem competitiva, capaz de projetar no mercado a escola moderna, está na qualidade, na criatividade e na inovação, enfim... nas pessoas.       Estamos na década das "pessoas" e das grandes transformações. As escolas, assim como todas as outras entidades e organizações, estão no mundo, fazem parte deste grande contexto global de mudanças. Essa é a grande visão que desponta no cenário educacional: os professores precisam se antenar para as mudanças como formadores de opinião social em sala de aula, em vez de serem conduzidos por elas. Quem sabe aonde quer chegar pode contribuir mais com o resultado na trajetória profissional do aluno. A escola de hoje requer um professor mais crítico, criativo, que participe, que empreenda. Um professor mais inteiro e com mais consciência profissional. O que fazer? Como conseguir que o educador da minha escola desenvolva habilidades e competências para atuar de forma dinâmica? Promovendo a conscientização de que ele não é simplesmente agente de mudanças, mas um agente nas mudanças fazendo parte delas, não sendo apenas um catalisador do processo. Isso exige uma reformulação na sua prática pedagógica e na concepção do ato de educar.       Se, na filosofia emergente de educação, a ação de educar pode ser concebida como meio de desenvolvimento integral do aluno, o professor deverá ser o elemento estimulador das múltiplas linguagens e inteligências, percebendo o conhecimento de forma não-linear. Se visto como agente formador da consciência crítica, terá, antes de tudo, de se dar tratamento crítico diante dos conteúdos trabalhados e também diante de suas posturas. Lembro ainda que, no ambiente da escola conservadora, o compromisso maior do professor era com o trabalho em si, com sua execução, não com seu resultado. O professor tinha de estar ocupado cumprindo planos, não pensando sobre sua prática. Com o advento do sócio construtivismo o docente conquistou um espaço que não soube ocupar. Para garantir qualidade muitas Instituições optaram por retomar à antigos métodos de ensino por não possuírem docentes com um perfil capaz de respaldar uma boa formação.       No momento em que * “Essas mudanças, entre outras, estão abrindo caminho em direção a um mundo no qual o conhecimento, poder e capacidade produtiva estarão mais dispersos do que em qualquer outro período da nossa história – um mundo no qual apenas os conectados sobreviverão” (pag.23) cabe ao educador, docente ou gestor conduzir a formação humana para o alcance de melhores resultados e, sobretudo, holísticos: a reflexão da ação, a busca pela criatividade e inovação. Vivência, experimentação, aplicação prática, relacionamento humano é o que mais rico pode sustentar a ação docente.      Nesse novo contexto, a preocupação com a formação permanente do educador deve, em sua ação mais específica, conseguir que todo o grupo se comprometa com a qualidade de seu trabalho, com os objetivos de uma educação contemporânea.       Cabe, portanto, aos docentes e gestores acompanharem o passo histórico. Com as instituições fica o dever de estabelecer claramente quais os resultados esperados da função do docente ou gestor, ressaltando a sua importância para o mundo atual que se reconfigura. Além disso, terá de envolvê-lo na formulação desses objetivos e nas formas de atingi-los. A formulação de estratégias para essa capacitação é um grande desafio. A implementação de ações coerentes com as estratégias exige muita coragem. Propor a mudança, descortinar uma nova maneira de pensar a profissão, gerar no grupo a sua visão, o seu sonho, a sua forma de caminhar‚ mais que treinar ou capacitar, é conscientizar que a qualidade de que tanto falamos está situada na relação entre o homem e o mundo. Quero dizer que ela não está centrada nem no homem nem nos objetos, mas se apresenta como mediadora em todos os âmbitos na vida do homem e do educador, cobrando-lhe continuamente uma atitude de coerência e respeito em todos os seus atos de inter-relação com os outros homens e com o mundo. Atitude não se ensina com informações.       Enfim, só poderemos esperar que o professor se disponha a projetar qualidade na sua obra, se primeiro o ajudarmos a entender a sua forma de estar no mundo. *TAPSCOTT, DON. Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio. Nova Fronteira. Rio de Janeiro, 2007.  

06/08/2013

Fernando

Mas como os pais podem fazer parte da educação dos seus filhos, se agora a cultura da educação é simplesmente ignorar a dificuldade dos alunos, (todos estão em processo de aprendizagem) em detrimento da diferença de desempenho que ocorre na sala de aula?

17/03/2011

Luzmar Oliveira

Boa tarde, professora! Parabéns pelas sábias colocações. Muito interessante esse artigo. Quando a educação compreender que o professor realmente é um agente nas mudanças, que ele tb precisa se adequar à nova realidade, incluindo ai a família que tb deve voltar a fazer parte da eucação dos filhos, sendo seu principal agente, ai sim, teremos uma nova realidade!

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