Alberto Costa Senior Assessment Manager de Cambridge Assessment English, departamento da Universidade de Cambridge especializado em certificação internacional de língua inglesa e preparo de professores *** Mensalmente trazemos conteúdos a respeito da Internacionalização do Ensino Superior no Brasil. Até agora, durante nossa jornada, nós conseguimos esclarecer vários pontos – tanto teóricos, quanto práticos – que vão desde o pontapé inicial da internacionalização de uma instituição de ensino, passando por cases de sucesso dentro e fora do país, aspectos de implementação como meio de instrução e política de idiomas, até o entrosamento entre direção, professores e alunos. A partir do mês que vem vamos começar um novo ciclo de temas, mais focado nos aspectos técnicos do processo. Mas, antes disso, se você deixou escapar algum conteúdo, gostaria de recapitular um certo conceituou tenha restado dúvidas, preparamos uma lista em que concentramos cada um dos assuntos. Confira nossa retrospectiva: O que é a Internacionalização do Ensino Superior? A professora doutora do Instituto de Estudos em Educação da Universidade de Ontário, Jane Knight, afirma que a internacionalização da educação superior é o processo de integração de uma dimensão internacional, intercultural e global sobre os objetivos, ensino, aprendizagem, pesquisa e serviços de uma universidade ou de um sistema de ensino superior. A verdade é que, na prática não é possível definir o que é certo ou errado dentro da internacionalização do Ensino Superior, mas ela consiste na articulação da instituição no contexto mundial ao adotar práticas e iniciativas que abrem novos espaços para a projeção internacional e para a vinculação com redes acadêmicas, além de consolidar valores como a cooperação e a solidariedade na cultura institucional.  Qual o primeiro passo para iniciar o processo? A internacionalização pode ser explicada pela “adequação” da instituição ao contexto mundial no momento em que ela adota práticas e iniciativas que abrem novos espaços para a projeção internacional e para a vinculação com redes acadêmicas, além de consolidar valores como a cooperação e a solidariedade na cultura institucional. E, na verdade, não existe uma fórmula mágica de como iniciar exatamente esse processo, mas sim algumas ações que podem orientar de forma mais clara o início dessa jornada de mudanças na instituição. Alguns dos pontos de reflexão que podem ajudar a implantação do processo podem ser conferidos aqui, no nosso primeiro material para o portal. O que é EMI? O EMI ou English as a Medium of Instruction na tradução literal significa inglês como meio de instrução e refere-se ao uso do inglês na oferta de disciplinas ou cursos de graduação e pós-graduação. Essa é uma prática que vem crescendo com rapidez no mundo, principalmente nas nações que buscam a globalização por meio da educação bilíngue ou internacional.O papel do professor nesse meio de instrução é de extrema importância e aqui nós fizemos uma reflexão a respeito do EMI e qual a sua relação com a capacitação de professores.  O que é e como construir uma política de idiomas? A política de idiomas é um dos pilaresque devem integrar o processo de internacionalização. Ela é um documento de alto nível que define padrões para o ensino de línguas, fornecendo um plano estratégico para seu desenvolvimento. É importante ressaltar que ela por si só não é a internacionalização, mas faz parte do ecossistema que a compõe. E apesar de ter uma definição de fácil entendimento, sua elaboração ainda é muito nebulosa para algumas instituições. Justamente por conta disso, nesse material aqui ela é discutida e detalhada em seus principais tópicos.  Quais os exemplos práticos, tanto nacionais quanto internacionais, que podem ser seguidos como modelo? Quando falamos de instituições de fora do país, bons exemplos a serem citados são as célebres Harvard University e Chicago University, grandes referências em internacionalização do Ensino Superior. O programa de MBA Chicago Booth é um case: com campus fora do país (em locais como Hong Kong e Londres), seu approach é totalmente voltado para a formação de executivos globais, sempre incluindo os aspectos internacionais em seus programas de formação. De fato, no exterior os processos de internacionalização já são bem mais avançados que os tímidos movimentos observados no Brasil, mas nós estamos nos esforçando cada vez mais para não ficar de fora das tendências mundiais. Esse é o caso da Unievangélica, que fica no interior de Goiás, e destaca-se por um projeto que foi iniciado em 2014. Aqui nós falamos um pouco mais sobre os cases internacionais e aqui a respeito dos nacionais, vale a pena conferir.