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Queremos ver o brasileiro apaixonar-se pela educação

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

18/08/2020 04:59:51

Gabriel Mario Rodrigues2
Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) ***
“Por alguma razão na formação da mente brasileira, temos a ideia de que outros países têm mais vocação intelectual do que nós. Esta é uma das razões pelas quais nossos eleitores e nossos políticos não priorizam educação com a mesma força e obstinação de outros povos, nem com a mesma ambição que temos para outros setores, como a indústria e o futebol.” (Prof. Chistovam Buarque)
 Canadá, Finlândia, Alemanha e outros países (clique os links para acessar as notícias) planejam e investem em educação básica com o propósito de formar gente habilitada para conviver com o mundo do conhecimento, enfrentar a realidade do mercado de trabalho, mas também preparar cidadão útil para o desenvolvimento de seus países. Essas propostas não acontecem, infelizmente, no Brasil. Já citei em meus artigos três exemplos de como a educação sensibiliza as pessoas: a dos estudantes  chineses estudando a noite em calçadas, aproveitando a iluminação pública, mostrando o valor que dão ao aprendizado; a do catador de lixo pernambucano que graças ao seu trabalho reformou completamente uma escola em Olinda e a do pastor que ensina por WhatsApp grupo de domésticas. Venho acompanhando o Portal Só Notícia Boa e são inúmeras as iniciativas com o mesmo propósito, de instituições ou pessoas preocupadas em viabilizar ações educacionais em suas comunidades. Confiram algumas:
  • Gêmeas criam projeto de leitura contra violência na favela
  • Mãe ajuda filho que ia mal na escola e se matricula na mesma classe
  • Lixeiro recupera livros do lixo e monta a própria biblioteca
  • Música melhora notas escolares e muda vida de jovens de comunidade
  • Alunos reformaram escola com venda de livros e querem mais
  • Em vez de demitir por não saberem ler, empresa alfabetiza auxiliares de limpeza
  • Lanchonete dá descontos a alunos com boas notas no Enem
  • Educação muda vida de família pobre em São Paulo
  • Loja dá pipas para alunos que tiram nota 10 na escola
Há também belíssimos exemplos de organizações que incentivam o sucesso educacional. Mas, de modo geral, a verdade é que a maioria dos brasileiros não está antenada ao fato de que se só uma boa educação nos levará a ser uma nação de primeiro mundo. Quem melhor analisou essa alienação nacional de propósitos foi o Prof. Christovam Buarque, ex reitor da UNB e parlamentar que teve como bandeira política a solução dos nossos problemas educacionais. Em seu livreto “Os obstáculos à qualidade e à equidade de educação do Brasil” demonstra que, apesar de sermos um dos países com um dos PIBs mais representativos, possivelmente temos o mais desigual sistema de educação de base entre todos os países do mundo. “Isto decorre de obstáculos – culturais, políticos, sociais, ideológicos, financeiros – que devemos superar para que, no Brasil, a educação de base esteja entre as melhores, e todos seus habitantes tenham acesso a ela, com a mesma qualidade sem depender da renda, nem do endereço da família do aluno.” Baseado nessa análise, o prof. Buarque enumera porque falta sensibilidade ao brasileiro para valorizar a educação:
  1. O brasileiro não tem consciência do papel da educação como recurso de progresso nacional. Cada aluno que abandona a escola é um cérebro a menos sem formação. É uma perda para todo o país e não somente para o jovem e sua família.
  2. O brasileiro tem inferioridade intelectual. Embora nascemos com as mesmas potencialidades cerebrais de qualquer criança estrangeira, ninguém arrisca pensar que o Brasil poderá um dia ser campeão mundial de educação. Queremos melhorar a educação, mas não temos a ambição de sermos os melhores do mundo, igual a alguns países que motivam seus estudantes.
  3. Diferentemente de outros povos, não temos obsessão pela educação como estratégia de desenvolvimento pessoal e coletivo. O brasileiro não é maníaco por educação. Além do complexo intelectual, não dá o mesmo valor do que à riqueza material, ao tamanho da casa e do carro.
  4. Educação é ainda privilégio das categorias sociais mais abastadas; é coisa para rico e não para pobre.
  5. O Brasil está acomodado, pois sem dúvida melhorou nestes últimos 30 anos, mas está defasado em termos comparativos internacionais.
  6. Desprezo à educação. Temos orgulho em ser o país das chuteiras, mas morremos de medo de ter um filho filósofo, poeta ou escritor porque vai ganhar pouco. O salário dos professores comparativamente é um dos menores de mesmo nível de formação.
  7. A escola desincentivadora não tem preocupação de atrair os alunos com bom conforto, prazer de aprender e esperança de bom futuro. Não há esforço para evitar a evasão e perder um milhão de alunos que abandonam a escola anualmente.
  8. A dor escondida na deseducação. As lideranças nacionais não conseguiram mostrar a falta que faz a educação para as pessoas. É ela que traz dificuldades de emprego, pobreza e inabilidade para enfrentar os problemas da vida.
  9. Desestímulo ao estudo. Prédios ruins, equipamentos inadequados, professores desmotivados, aulas suspensas, ampliam o desinteresse pela escola e propicia o abandono dos estudos.
  10. Falta de percepção de vantagens decorrentes do aprendizado. À fobia ao estudo e à hostilidade da escola, junta-se o sentimento de que a educação não trará vantagens para o aluno. Não lhe garante emprego, nem renda alta, nem reconhecimento e nem felicidade.
  11. Prisão ao imediatismo. Aprendizado leva tempo para ser percebido. Os resultados benéficos aparecem depois de décadas e os políticos só se interessam com resultados imediatos.
  12. Para que estudar muito se a maioria estuda pouco? Nos países asiáticos e no primeiro mundo a competitividade entre estudantes é diferencial cultural. Todos sabem que o futuro está na base educacional que cada um tiver.
O Movimento de Conscientização da Sociedade Brasileira pela Educação, a ser desenvolvido pela ABMES, é um projeto que tem o objetivo de sensibilizar a nação de que a educação é a chave que abre todas as portas e o propósito é que crie uma agenda para colaborar com o estado, com as empresas, com a sociedade, com as famílias, para que a educação seja de fato um bem a ser conquistado por todos. Já recebemos algumas ideias e sugestões de projetos agregadores e destacamos os seguintes:
  1. Conecta Brasil – uma ação de apoio ao Programa Internet para Todos, já lançado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, que objetiva interligar via satélite todo o Brasil. A pandemia veio mostrar que 4,8 milhões de estudantes na faixa de 9 a 17 anos não têm acesso em casa. Evidentemente, é assunto que já passou por diversos Governos e o MEC tem parceria com o MCTIC.
  2. Criar um programa nacional concreto para salvar as crianças que não têm computadores, fazendo um mutirão para arrecadar computadores, celulares e tablets usados, a exemplo do movimento “Abra a gaveta, doe”, com foto no estado de São Paulo.
  3. Criar um fundo de investimentos focado em educação para projetos inovadores de impacto social com apoio das empresas e instituições.
  4. Criar um “Ideiaton”, uma maratona de ideias para encontrar soluções criativas e inovadoras para a educação.
  5. Realizar concurso anual para premiar os professores de escolas públicas, cujas classes tiveram melhor desempenho no Brasil.
  6. Premiar anualmente as 10 melhores ONGs que apresentarem trabalhos significativos na área educacional.
  7. Em vez de começar do zero, pesquisar quais os serviços prestados pelas instituições públicas e privadas que promovem educação e fazer parcerias.
  8. Criar lei que incentive as emissoras de TV a criarem programas que tenham como objetivo principal o incentivo à educação.
  9. Estimular a criação de grupos de apoio formados por aposentados para dar complementação de estudos aos estudantes carentes.
  10. Rede de voluntários universitários apoiando alunos das escolas públicas para melhor desempenho escolar.
São algumas ideias que nos enviaram e realmente a amplidão do projeto é imensa e precisamos criar parâmetros para analisar a viabilidade. Vamos prosseguir pesquisando e pedindo sugestões para encontrar caminhos para sua efetivação. Mas para mim está claro que a primeira iniciativa deve ser a da Comunicação. Como mudar a cabeça do brasileiro e espalhar para o mundo todo que ele é apaixonado pela educação?  

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

Mozart Neves Ramos

Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

28/11/2025

 

A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

Luiz Cláudio Costa

Professor titular aposentado, é ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa); foi presidente do Inep, secretário-executivo do Ministério da Educação e vice-presidente do Conselho do Pisa

25/11/2025

 

Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

24/11/2025

 

Censo da Educação Superior

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