Todos sabem que o futuro da educação é híbrido. Poucos, no entanto, entendem como esse modelo híbrido se dará na prática das instituições de educação superior.
Para tentar esclarecer um pouco mais sobre as várias possibilidades do modelo híbrido, faço aqui algumas considerações com o intuito de que se possa entender melhor o conceito de hibridismo e a sua materialização em sala de aula.
Se considerarmos dois eixos de possibilidades, o primeiro lidando com a dimensão do espaço (presencial ou virtual) e o segundo lidando com a dimensão do tempo (síncrono ou assíncrono), criamos quatro quadrantes de possibilidades didático-pedagógicas: atividades presenciais e síncronas (PS), atividades virtuais e síncronas (VS), atividades presenciais e assíncronas (PA) e atividades virtuais e assíncronas (VA).
No primeiro caso (PS), temos as salas de aula convencionais ou as aulas presenciais em laboratórios, onde a presença simultânea do professor e dos alunos acontece.
No caso das atividades virtuais síncronas (VS), temos o exemplo recente das chamadas aulas remotas, ou mesmo o chat usado pelos tutores no modelo tradicional de EAD. Nesse caso, professores e tutores interagem de forma simultânea com os estudantes, porém, sem a presença física.
No terceiro caso, do presencial assíncrono (PA), temos a possibilidade das atividades práticas supervisionadas, feitas pelos estudantes em momentos à sua escolha como, por exemplo, as práticas em laboratório e as salas de estudo das bibliotecas, ou mesmo o trabalho em campo, feito dentro do próprio ritmo do aluno, mas sem a necessidade da presença simultânea do professor.
O quarto e último quadrante, virtual assíncrono (VA), é o que permite que o aluno acesse, por meio de ambientes virtuais de aprendizagem, o conteúdo digital à sua disposição, como é o modelo tradicional do EAD 100% on-line.
Para planejar suas aulas, os professores poderão escolher as atividades usando um ou mais dos quadrantes acima, combinando alternativas pedagógicas conforme a sua estratégia para a aprendizagem do aluno.
Esse novo espaço-tempo pedagógico, permitido pelas novas tecnologias e acelerado pela recente pandemia, chegou para ficar e dará aos docentes e gestores múltiplas oportunidades para que os alunos possam aprender.
Na sua instituição, chegou a hora de escolher o melhor modelo: aquele que fizer mais sentido para o projeto pedagógico institucional.
É hora de inovar! Os quadrantes do modelo híbrido permitem uma ampla escolha, e que a instituição possa se diferenciar de outras do mercado, cuidando, é claro, da necessária capacitação dos docentes e dos investimentos em tecnologia e conteúdo.
É um grande mundo que se descortina, para o qual devemos todos nos preparar.
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