A educação vem passando por um processo de transformação tecnológica sem precedentes. A resposta à pandemia levou a mudanças massivas nas formas de ensinar e de aprender. Parte disso foi viabilizado pela infraestrutura que já estava presente nas instituições educacionais, tanto nos domicílios, bem como nos bolsos das pessoas. Da mesma forma, pelas inúmeras iniciativas de transformação da educação apoiadas no uso de recursos de tecnologia, que já permitiam vislumbrar um processo, ainda que bastante lento, de transformação digital nas instituições educacionais.
À medida que vamos virando a página da crise, confirmamos as suspeitas que tínhamos sobre a retomada das atividades que envolvem maior aproximação social: de que algumas coisas que vivenciamos no período mais crítico da pandemia, vieram para ficar. E um dos principais aprendizados foi o de que, nos momentos de crise, somos capazes de reinventar a forma como atuamos. E isso vale para a educação, que vem passando por um momento de reinvenção.
Apesar de desafiador, o cenário remoto para a educação se mostrou possível graças ao trabalho incansável de educadores, gestores, familiares, estudantes e sociedade como um todo. O desafio foi também imenso para o setor de tecnologia, que precisou se adaptar, não apenas ao enorme crescimento no uso das ferramentas, mas também na agilidade de resposta necessária para atender aos desafios de aprimoramento das mesmas, bem como no apoio às instituições educacionais, seus professores, técnicos e gestores para a sua devida implementação e utilização. Os desafios foram muitos. E entre eles, destacamos a desigualdade no acesso à internet, que mais do que nunca explicitou as mazelas e as iniquidades que representam travas ao nosso desenvolvimento social e econômico. Conectividade, hoje, é entendida pela sociedade como questão de acesso, de direito, essencial para a que nosso país se torne menos desigual, que viabilize oportunidades a todos.
Em todas as indústrias, a exemplo do que discutimos para a educação, a transformação digital foi acelerada. Com isso, foi gerada uma forte demanda por recursos tecnológicos de infraestrutura, bem como por soluções, seja de business intelligence, serviços, plataformas e softwares em nuvem, ferramentas de escritório, serviços de automação inteligentes, entre outros. Em paralelo, e como consequência desse processo, os requisitos do mercado de trabalho também mudaram, acelerando fortemente as tendências já previstas: habilidades tecnológicas passaram a ser requeridas não apenas nas áreas e ocupações diretamente ligadas à tecnologia, mas também nos âmbitos gerencial, operacional, de gestão e nas de liderança não técnica.
Essa aceleração da transformação digital no mundo do trabalho, e a consequente mudança rápida nos perfis profissionais demandados, vem tendo importantes implicações no mundo da educação. Desenvolver habilidades tecnológicas dos estudantes passa a ser imperativo, não apenas nos cursos de nível superior e tecnológico, mas também na educação básica e técnica. É fundamental que todas as pessoas saibam lidar com recursos de tecnologias em todas as esferas do negócio. É preciso que os trabalhadores estejam aptos a desempenhar o seu melhor, de maneira natural e com tranquilidade diante desse uso intenso de recursos de tecnologia.
Sabemos que, atualmente, o Brasil forma, anualmente, entre 35 mil e 45 mil profissionais na área de tecnologia. Estimativas obtidas em estudo da Brasscom, pré-pandemia¹ indicavam que, até 2024, seriam requisitados 70 mil desses profissionais por ano, definindo um importante e acumulativo déficit. O acelerado processo de transformação digital com certeza ampliou esse “gap”, que já é facilmente sentido no dia a dia das instituições dos mais diferentes setores.
Para equacionar esse cenário deficitário, a recomendação executiva do relatório da Brasscom, é de que fossem inseridas nesses cursos, novas competências de TIC, em consonância com as demandas crescentes do mundo do trabalho, cujo crescimento estava estimado entre 10 e 64% aa. Esse é o caso de Nuvem, IoT, Big Data & Analytics, entre outras tecnologias inerentes à transformação digital. Porém considerando os ciclos de formação para as carreiras tecnológicas, que variam entre 18 meses e 4 anos, essa tarefa se torna ainda mais complexa. Nesse contexto, ganha ênfase a implementação de programas bem mais rápidos de formação técnica, com foco em certificações.
Visando a reduzir o déficit de profissionais, acelerando a sua formação e incorporação ao mundo do trabalho, a Microsoft oferece às instituições educacionais uma ampla gama de cursos e de certificações em tecnologia, amplamente valorizadas pelo mercado de trabalho: desde as de fundamentos até as mais especializadas, bem como as baseadas em funções. Assim, as instituições têm a oportunidade de trazer aos estudantes, educadores, técnicos e gestores a possibilidade de terem certificações globalmente reconhecidas, de maneira célere.
No âmbito das instituições de ensino, esses cursos podem ser incorporados de diferentes maneiras.
Entre elas:
Implementar como um curso autônomo: essa abordagem é a mais flexível, que envolve o menor grau de dificuldade para a integração. Nela, o curso de certificação normalmente é executado como uma oportunidade de aprendizado extracurricular para os alunos, ou como um curso de CPD (desenvolvimento profissional contínuo) para a equipe.
Integrar com um curso: com uma dificuldade relativamente baixa, essa abordagem implementa cursos de certificação complementarmente a cursos acadêmicos estruturados. A abordagem oferece oportunidades de compartilhamento de materiais de aprendizagem entre os cursos acadêmicos e os de certificação. Além de concretizar as aprendizagens dos cursos acadêmicos e aproximá-los das demandas do mercado de trabalho.
Integrar no currículo: essa abordagem incorpora as vantagens da anterior, porém requer um planejamento mais cuidadoso. Integra cursos de certificação aos respectivos materiais de aprendizagem de cursos acadêmico.
A mensagem principal é de que todo esse rico material fica disponível para que as instituições o utilizem com intuito de aprimorar a formação de seus estudantes, propiciando a eles um caminho bem mais ágil para a empregabilidade, mesmo ainda ao longo de seus estudos. O que, dada a nossa realidade social, pode ser um fator decisivo para a viabilidade da continuidade dos estudos.
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Para conhecer mais dos recursos da Microsoft para a implementação de certificações em programas acadêmicos acesse: https://aka.ms/implementar_certificacoes para conhecer a nossas trilhas de aprendizagem e todo o material disponível no Microsoft Learn, a principal plataforma de aprendizagem da Microsoft.
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