Como construir um novo modelo de educação, que reduza o gap de competências, e que de fato, prepare os estudantes para os desafios do futuro do trabalho com profissões e demandas que ainda não existem, e em um ambiente de complexas e constantes mudanças?
Uma coisa é fato: A pandemia mudou completamente nossa interação com o mundo e ressignificou por completo nossas salas de aulas, a forma como aprendemos e como trabalhamos. Concorda?
Se antes as relações de trabalho eram focadas no emprego e na empregabilidade, agora vivemos uma nova era, a da Trabalhabilidade. Essa mudança de era trouxe diversas oportunidades para a educação, mas também apresentou grandes desafios que estão impactando nossa geração e o futuro das novas gerações.
Veja só esses dados alarmantes:
Segundo o Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da UnB, cerca de 54% dos 30 milhões de empregos formais no país serão substituídos por máquinas até 2026. A Mckinsey, líder global em consultoria empresarial, aponta que 60% dos trabalhos atuais são tecnicamente automatizáveis.
Essa substituição das atividades por máquinas, nos pressiona a desenvolver nossa capacidade de adaptação, de mobilizar diferentes capacidades e habilidades para gerar renda, trabalho e riqueza, não só em uma atuação, mas em diversas atuações simultâneas.
Esse é o principal conceito da Trabalhabilidade!
Trouxe outro dado relevante e preocupante: O Brasil tem o pior gap de competências das américas e o 2º pior do mundo, somando quase 16 milhões de empregos não preenchidos, segundo um estudo da Kornferry, empresa de consultoria de gestão americana.
Sabe quanto isso vai nos custar até 2030? Quase 800 bilhões de reais!
Não tem mais pra onde fugir, o xeque-mate para a educação foi dado. Então como construir um novo modelo de educação em um ambiente de constantes mudanças, que reduza o GAP de competências, e que de fato prepare os estudantes para os desafios do futuro do trabalho com profissões e demandas que ainda não existem?
A solução está em ressignificar nosso sistema educacional tradicional, para um novo sistema que promova o autoconhecimento dos estudantes, fazendo com que não só desenvolvam sua trabalhabilidade, mas que também seja capaz de ofertar currículos atualizados e flexíveis, adaptados ao perfil de cada estudante.
Não adianta apenas formar o estudante e esperar que ele esteja preparado para os desafios do mercado de trabalho, se a lógica que ele vai encontrar na prática é totalmente diferente da que foi vivenciado em sala de aula.
Na era da trabalhabilidade, o diploma não é mais suficiente para levar nossos estudantes aonde almejam chegar. O lema agora é o do “lifelong learning”, ou seja, o de aprender sempre, sobre quem somos, como nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor e como geramos valor para o mundo.
O diploma continua sendo uma âncora na carreira profissional do estudante, mas somente se sua proposta for adaptada para também servir a essa realidade de mundo que estamos vivendo.
Esse deveria ser o foco da gestão educacional em qualquer instituição de ensino, pois a era da Trabalhabilidade veio para ficar.
Por isso, fica aqui o meu desafio para você, gestor educacional: romper com o sistema educacional tradicional e aderir a um modelo que foca no que mais importa: o sucesso do estudante.
Qual sua opinião sobre isso? Me responda por aqui ou em meu linkedin (é só clicar aqui). Vou adorar continuar essa conversa com você
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