• portugues-Brasil
  • ingles
  • espanhol
  • Associe-se
  • Newsletter
  • Imprensa
    • Assessoria
  • Contato
  • CAA
  • Associados
  • Associe-se
  • Newsletter
  • CAA
  • Contato
  • Associados
  • Blog
  • Portal ABMES
  • LInC

Inovação ou regulação, existe um meio do caminho?

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

24/10/2023 06:00:01

Temos acompanhado nos últimos 15 anos três grandes ondas no ensino superior brasileiro, não necessariamente em sequência, mas com pontos de interseção e momentos de complementariedade. A primeira onda foi a dos programas de financiamento estudantil, a segunda relacionada à ampliação da EAD e a terceira onda a dos movimentos ligados aos cursos superiores na área da saúde. O que elas possuem em comum: um forte aspecto de intervenção do governo, pela ótica da regulação e da qualidade. No final do artigo apresento uma possibilidade de quarta onda, com um tempero mais próprio e independente dos movimentos regulatórios. Antes, vamos fazer uma breve síntese dos aspectos que trouxeram a inovação (até o momento) na maioria das ofertas do ensino superior brasileiro.

Invariavelmente, ocorre umas das duas situações: As Instituições de Ensino Superior criam movimentos e o governo aparece e regula. Ou, o governo propõe movimentos e as IES se adaptam. De uma forma ou outra, grande parte do que se pensa ou se tem feito de inovação no ensino superior está diretamente relacionado aos direcionamentos regulatórios e aos aspectos de qualidade propostos pelo MEC, por meio do INEP. Basta analisarmos os últimos instrumentos de avaliação de cursos e IES, que foram criados em 2017. Neles, a palavra inovação surge como um ponto de diferencial máximo de qualidade para quase metade dos indicadores. Depois de 6 anos de aplicação desses instrumentos, chegamos a uma proliferação de conceitos 4 e 5 nas avaliações in loco. Ao olhar de relance para esses conceitos podemos concluir (a priori) que estamos evoluindo em qualidade e inovação. No entanto, ao olharmos ao redor, percebemos que melhoramos, mas certamente não na escala que os conceitos apontam. Às vezes 4 e 5, significam apenas 4 e 5.

Tivemos grandes avanços, isso é fato, e o SINAES está aí completando duas décadas de uma política de Estado e não de governo, sendo um sistema altamente inovador quando da sua origem. Ao passar do tempo, os avanços foram mais pendendo para atender a regulação do que de fato renovando amplamente nos serviços, na abordagem da aprendizagem do estudante, na qualificação dos espaços de aprendizagem e na formação docente, na velocidade que a sociedade espera e que também nossas IES precisam para continuarem crescendo e se adaptando às novas frentes. A regulação precisa existir, mas a provocação é que ela não seja o norte principal de qualidade e da inovação nos planejamentos estratégicos e tomadas de decisão de nossas IES. Pois, se todos seguirmos à risca o que a regulação nos exige, estaremos na melhor das hipóteses muito parecidos, mas com poucos diferenciais. Estaremos satisfazendo à regulação e sendo similares à maioria, e o pior, supondo que somos excelentes sem uma análise mais crítica. A psicologia social sabe bem sobre isso quando nos apresenta a teoria da dissonância cognitiva, um viés cognitivo muito marcante e de difícil percepção. 

Voltando às três ondas, já comentamos que elas têm uma forte dependência regulatória, basta lermos as notícias diárias do setor educacional. Então, meu exercício aqui é provocar uma reflexão para que a quarta onda tenha um caráter essencialmente pessoal e personalizado. Pessoal, para representar cada IES na sua identidade e locorregionalidade. Personalizado, para tratar cada estudante de forma única e não escalável. Dois grandes aspectos permitem esses avanços: 

  • curricularização da extensão e 
  • uma parceria entre educação e ciência, mediada pelas tecnologias.  

O primeiro, facilita à interrelação entre a academia e a sociedade, ou o que o pensador português Boaventura de Sousa Santos denomina como a “Ecologia de Saberes”, trazendo assim todas as intencionalidades pedagógicas para o que de fato ocorre no contexto do seu estudante, onde toda a aprendizagem se potencializa e exponencializa. 

Já o segundo aspecto, traz à tona a possibilidade de focar nos aspectos cognitivos, comportamentais e de habilidades no que tangem a aprendizagem do estudante. Unir a neurociência com a aprendizagem, para aprimorar métodos, construir significados e também potencializar a aprendizagem. É inequívoca a constatação de que nas interações de ensino-aprendizagem inúmeros dados são gerados, correspondentes aos estilos e padrões de aprendizagem do estudante. Analisar esses dados com o apoio de professores capacitados, amparados na ciência e com o uso apropriado das tecnologias de inteligência artificial generativas, trará um mundo de personalização e unicidade nunca antes visto na relação com o estudante.

Ao unir o pessoal ao personalizado, estaremos criando uma onda que cada IES poderá surfar sozinha e não ondas que todos querem pegar no início e fugirem da rebentação. Inovar com o olhar na sua identidade e no seu estudante é que nos fará prolongar nossa experiência de transformação pela educação de forma inteligente e viável, dentro dos limites da regulação, mas sem tê-la como ponto de partida nem de chegada, tendo-a apenas como as linhas que cercam o jogo. Para nós resta (ainda bem) a visão, a criatividade e a coragem, nessa ordem.

19 

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

Mozart Neves Ramos

Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

28/11/2025

 

A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

Luiz Cláudio Costa

Professor titular aposentado, é ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa); foi presidente do Inep, secretário-executivo do Ministério da Educação e vice-presidente do Conselho do Pisa

25/11/2025

 

Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

24/11/2025

 

Censo da Educação Superior

...
...
...
...
...
...
Previous Next

ABMES

  • Portal ABMES
  • Central do Associado ABMES
  • Associe-se
  • Contato

Serviços

  • ABMES Podcast
  • ABMES Play
  • ABMES Cursos
  • ABMES Lab

ABMES Blog

Atualizado diariamente, o blog da ABMES reúne artigos de gestores, reitores, coordenadores, professores e especialistas em diversos temas relacionados ao ensino. São inúmeros debates e pontos de vistas diferentes apontando soluções e melhores práticas na luta por uma educação cada vez mais forte e justa.

ABMES Blog © 2020