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Neuroeducação: uma nova fronteira a ser desvelada.

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

21/11/2023 06:00:01

Sempre existe uma dúvida quando se discute o uso da pedagogia dentro do ambiente universitário: uma certa dose de descrença, descaso e desconhecimento. Uma das questões que são apontadas é a dúvida: É uma ciência ou não? Quando se realiza esse tipo de questionamento, em geral, tem como objetivo depreciar o processo educacional ou invalidar as ações pedagógicas.  O que está implícito por parte dos professores (não licenciados, que não compreendem o fim) ou por parte dos gestores (focados apenas em resultados) são algumas dessas interrogações: Como pode alguém saber se estou ensinando bem ou não? Como pode alguém me dizer que o meu método de ensino, que uso há anos, não é suficiente? Já tenho as notas dos estudantes e os coeficientes de rendimento, por que preciso de mais informações acerca de como os estudantes estão aprendendo?

Antes de tentarmos mudar essa percepção, vamos conceituar e contextualizar. A pedagogia é frequentemente considerada uma ciência social aplicada, pois se dedica ao estudo da educação e dos processos de ensino e aprendizagem. Embora o termo "ciência" seja frequentemente associado a disciplinas que seguem um método científico rigoroso e envolvem experimentação controlada, a pedagogia adota abordagens mais interpretativas e contextuais.  Os pedagogos buscam compreender como as pessoas aprendem e como os educadores podem facilitar esse processo. Embora a pedagogia incorpore elementos de pesquisa e metodologias científicas, ela também lida com fatores subjetivos, sociais e culturais que influenciam a educação. Percebe-se que a pedagogia não se enquadra estritamente nos moldes tradicionais de uma "ciência dura", ela é reconhecida como uma disciplina acadêmica que se baseia em métodos de pesquisa e análise sobre a prática educacional. Além disso, existem várias abordagens dentro da pedagogia, cada uma com suas teorias e métodos específicos, refletindo a diversidade de contextos educacionais e filosofias pedagógicas.

Hoje, é certo que podemos acompanhar de forma mais assertiva, mensurável e qualitativa como se dá o processo educacional, com uma abordagem mais baseada em evidências, como preconiza a ciência no seu sentido estrito. Existem inúmeras plataformas de avaliação da aprendizagem que conseguem mapear o aprendizado do estudante em relação às trilhas de conhecimento traçadas e às competências desejadas. No entanto, não é suficiente. É necessário entramos um pouco mais nos aspectos neurobiológicos desses estudantes, em como a configuração do seu repertório neurobiológico reage quando se depara a construção de novos saberes.  Essa abordagem é conhecida como neuroeducação, relação entre neurociência e pedagogia. Neuroeducação é uma abordagem interdisciplinar que busca integrar conhecimentos da neurociência com práticas educacionais, com o objetivo de compreender melhor como o cérebro funciona durante o processo de aprendizagem e como isso pode melhorar as estratégias pedagógicas, bem com escolher àquela mais eficiente.

As possibilidades da neuroeducação são abundantes e cada vez mais estudadas:

  • Compreensão do Processo de Aprendizagem: A neurociência pode oferecer insights sobre como o cérebro processa, armazena e recupera informações. Isso ajuda os educadores a adaptarem métodos de ensino para melhor atender às necessidades dos alunos, levando em consideração os processos cognitivos envolvidos na aprendizagem;
  • Plasticidade Neural: A neurociência destaca a plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar em resposta à experiência. Isso significa que o ambiente educacional pode influenciar a estrutura e a função do cérebro, o que tem implicações para a educação ao longo da vida;
  • Individualização do Ensino: A compreensão das diferenças individuais no funcionamento cerebral pode apoiar estratégias de ensino mais personalizadas. Reconhecer que os alunos têm estilos de aprendizagem diferentes e adaptar o ensino com base nessas diferenças pode melhorar a eficácia do processo educacional;
  • Desenvolvimento Cognitivo: A neurociência contribui para a compreensão do desenvolvimento cognitivo ao longo da vida. Isso é relevante para a concepção de currículos e métodos de ensino apropriados para diferentes faixas etárias;
  • Aplicações Práticas: A pesquisa em neurociência pode inspirar práticas pedagógicas específicas, como o uso de estratégias de ensino baseadas em evidências que promovam a retenção de informações e o envolvimento cognitivo dos alunos;

Como podemos perceber, a neuroeducação oferece uma perspectiva promissora para melhor qualificar as práticas educacionais. No entanto, ainda temos várias razões pelas quais ela pode ser subutilizada ou encontrando desafios na implementação: (i) o seu grau de complexidade e especificidade, (ii) ainda é uma área incipiente, logo traduzir da pesquisa para a prática ainda é um processo lento, (iii) o contexto de cada escola ou universidade é muito variável e dinâmico, o que acarreta num aprendizado de parametrização, (iv) as políticas educacionais aianda enrijecidas, baseadas em resultados imediatos e (v) a falta de recursos para capacitar profissionais e adquirir equipamentos e softwares para trabalhar de forma consistente e crescente.

Num presente em que tudo avança no sentido de uma maior personalização, é necessário e urgente unirmos a pedagogia, a neurociência, as tecnologias e a atuação docente no propósito de transformar a realidade do estudante respeitando a sua história, seus objetivos e sua dimensão neurocognitiva, afinal somos seres multidimensionais e negar uma dimensão é negar todas. 

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