“Promover a inclusão socioeconômica de pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) por meio da oferta de ações de apoio à inserção ao mundo do trabalho”. Com este objetivo, a ABMES e o Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) assinaram, na semana passada (9/4), um protocolo de intenções.

Em uma iniciativa inédita no país, governo federal e instituições de ensino superior vão se unir na promoção de atividades voltadas para a educação empreendedora. A proposta parte de um entendimento amplo de empreendedorismo, ou seja, algo que vai além de abrir um negócio. A compreensão parte do pressuposto de que toda pessoa precisa ser empreendedora de si mesma, o que demanda atitudes e comportamentos específicos, em especial aqueles conhecidos como soft skills.

Nesse sentido, a parceria terá início com a oferta gratuita de cursos desenvolvidos pela Unesco e o Instituto Êxito de Empreendedorismo. Os conteúdos foram cuidadosamente pensados para aprimorar competências pessoais, técnicas e gerenciais nos estudantes, como autoconhecimento; raciocínio lógico; comunicação; criatividade; análise de dados; negociação; liderança; e gestão de recursos financeiros e tecnológicos.

O material será disponibilizado no formato de curso a distância na plataforma da Universidade de Brasília (UnB), ficando acessível a todas as instituições de educação superior que desejarem implementá-lo. A ABMES, que representa cerca de 600 instituições com 5,3 mil polos em todo o Brasil, irá dispor da sua capilaridade e expertise para a difusão do curso.

A iniciativa prevê, ainda, que a educação empreendedora seja amparada por mecanismos de concessão de crédito e assistência técnica com o objetivo de tornar realidade projetos empreendedores de alunos. Além da ABMES e do MDS, o projeto também deverá envolver os ministérios da Educação (MEC) e do Trabalho e Emprego (MTE).

Como ressaltou o ministro Wellington Dias na cerimônia de assinatura do documento, a iniciativa irá potencializar as atividades de extensão das instituições de educação superior, direcionando um “olhar especial para os inscritos no cadastro único do Bolsa Família, garantindo condições para que essas pessoas possam se preparar para empreender”.

É importante ressaltar que, conforme pesquisa realizada no ano passado pela ABMES em parceria com a Educa Insights, o jovem universitário brasileiro quer empreender e tem perfil empreendedor. Seja para empreender em um negócio ou na vida, os estudantes precisam se apropriar das competências atreladas ao empreendedorismo.

Estamos muito felizes de fazer parte desse esforço de inclusão socioeconômica e produtiva dos jovens do CadÚnico. Temos total confiança de que desse movimento sairão vidas ressignificadas a partir de novos horizontes e perspectivas. Então, que venha a educação empreendedora e toda a sua capacidade de transformação!