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Educação financeira: outra lacuna nas escolas brasileiras

Celso Niskier

Presidente do Conselho de Administração da Abmes
Membro do Conselho Nacional de Educação e Reitor do Centro Universitário UniCarioca.

01/07/2024 06:00:01

No Brasil, 78,8% das famílias estavam endividadas em maio deste ano, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Isso significa que praticamente 8 em cada 10 núcleos familiares do país possuíam contas como cheque especial e cartão de crédito atrasadas.

À primeira vista, pode-se interpretar que esse cenário se deve ao alto índice de desemprego no país. Contudo, segundo o IBGE, no primeiro trimestre essa taxa foi de 7,9%, a mais baixa registrada para o período nos últimos 10 anos. Outra explicação possível é o descompasso entre a renda média do trabalhador e o custo de vida, cada vez mais elevado. Mas há, ainda, uma terceira justificativa: a baixa educação financeira da população brasileira.

Dados recém-lançados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a terceira hipótese é uma questão crucial para o enfrentamento da inadimplência no Brasil. Segundo o estudo Quão financeiramente inteligentes são os alunos? (em tradução livre), uma parcela significativa dos adolescentes brasileiros com 15 anos de idade não sabe nada ou quase nada sobre educação financeira.

A instituição avaliou 98 mil estudantes de 20 países durante o Pisa 2022, e o Brasil ficou à frente apenas da Malásia e da Arábia Saudita. Entre os 5 níveis de proficiência considerados, 45% dos participantes brasileiros se classificaram entre o 1º (o mais baixo) ou abaixo dele. No nível 1 são desenvolvidas apenas habilidades básicas, como reconhecer a diferença entre as suas necessidades e o que querem; tomar decisões simples no dia a dia; e realizar operações matemáticas básicas (adição, subtração e multiplicação, por exemplo) para resolver problemas financeiros.

Para o ensino fundamental, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece a educação financeira como tema transversal a ser integrado nas disciplinas obrigatórias. Essa medida, contudo, não tem surtido o resultado necessário, como bem mapeou e quantificou a OCDE. Inclusive, este é um ponto que tem sido debatido no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), mais conhecido como Conselhão: o aprimoramento da educação financeira da população tendo as salas de aula como ponto de partida.

Aliás, aproveito a menção ao Conselhão para fazer um registro: na semana passada fui nomeado conselheiro, medida que marca uma importante conquista para o setor particular de educação superior. Isso porque essa titularidade significa uma representação a mais do setor no grupo, já que a nossa vice-presidente Débora Guerra segue compondo o Conselho.

Voltando ao ponto original, a OCDE também constatou a existência de relação entre o desempenho em matemática e leitura e os resultados em letramento financeiro, ou seja, o que eu falei no artigo da semana passada sobre o ensino da criatividade segue valendo: a educação brasileira como um todo precisa evoluir e alcançar patamares mais elevados de qualidade.

A educação financeira é fundamental para que cada cidadão saiba como administrar suas finanças pessoais, planejando seu orçamento, seus gastos e até investimentos. Ter uma população financeiramente bem estruturada incide no desempenho econômico do país, mas também na capacidade de sonhar e de realizar dos seus cidadãos. Eduquemo-nos!

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