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A capacitação dos líderes é o primeiro passo para a Gestão dos Riscos Psicossociais

Júlio Cesar de Castro Ferreira

Psicoterapeuta Clínico, especializado em Neuropsicologia, TCC e Psicanálise. Analista Sênior de Treinamento e Desenvolvimento, especializado em Inteligência Emocional e Soft Skills.

21/02/2025 06:00:01

A gestão dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho tem se tornado uma prioridade para organizações que buscam promover a saúde mental e o bem-estar de seus colaboradores. Nesse contexto, a capacitação dos líderes emerge como um elemento crucial, pois são eles os principais responsáveis por identificar, prevenir e mitigar esses riscos. E a chave para essa capacitação está no desenvolvimento da Inteligência Emocional (IE).

A Inteligência Emocional, composta por competências como autoconhecimento emocional, controle emocional, automotivação, leitura emocional no outro (empatia) e competência social, é uma ferramenta poderosa para líderes que desejam criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Ao dominar essas habilidades, os líderes não apenas melhoram sua própria capacidade de gestão, mas também influenciam positivamente o clima organizacional, reduzindo conflitos e promovendo a saúde mental de suas equipes.

 

Por que a Inteligência Emocional é fundamental para a Gestão de Riscos Psicossociais?

Os fatores de riscos psicossociais podem levam a transtornos psicológicos, como estresse, depressão, ansiedade excessiva, burnout, além de muitos conflitos interpessoais, que são frequentemente originados ou agravados por um ambiente de trabalho desequilibrado e por lideranças despreparadas. Líderes com baixa Inteligência Emocional podem, sem perceber, contribuir para o aumento desses riscos, seja por meio de uma comunicação inadequada, falta de sensibilidade e empatia ou incapacidade de gerenciar suas próprias emoções. Por outro lado, líderes emocionalmente inteligentes são capazes de identificar sinais precoces de problemas psicossociais, mediar conflitos e promover um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor.

 

Benefícios da Inteligência Emocional na Gestão de Riscos Psicossociais

  • Identificação Precoce de Problemas: Líderes emocionalmente inteligentes são mais capazes de identificar sinais precoces de transtornos mentais, como ansiedade e burnout, agindo de forma preventiva para evitar agravamentos.
  • Redução de Conflitos: A IE ajuda a reduzir conflitos interpessoais, promovendo um ambiente de trabalho mais colaborativo e menos estressante.
  • Melhoria da Saúde Mental: Ao promover um ambiente de trabalho mais equilibrado e acolhedor, a IE contribui para a redução do estresse e da ansiedade entre os colaboradores.
  • Aumento do Engajamento: Líderes emocionalmente inteligentes são mais capazes de engajar suas equipes, aumentando a satisfação no trabalho e reduzindo o turnover.

 

Competências da Inteligência Emocional e sua aplicação na Gestão de Riscos Psicossociais (detalhamento)

  1. Autoconhecimento Emocional
    O autoconhecimento emocional é a base da Inteligência Emocional. Ele permite que os líderes reconheçam suas próprias emoções e entendam como elas influenciam seu comportamento e tomada de decisões. Um líder que conhece suas limitações e pontos fortes está mais preparado para lidar com situações de estresse e pressão, evitando reações impulsivas que podem agravar conflitos ou gerar mal-estar na equipe.
    Benefício: Líderes com autoconhecimento emocional são mais capazes de manter o equilíbrio emocional, criando um ambiente de trabalho mais estável e previsível.
  2. Controle Emocional       
    O controle emocional é a capacidade de gerenciar impulsos e reações emocionais, especialmente em situações de tensão. Líderes que dominam essa competência conseguem manter a calma diante de desafios, evitando respostas agressivas ou defensivas que podem escalar conflitos.
    Benefício: Um líder com controle emocional é capaz de mediar conflitos de forma eficaz, promovendo um clima organizacional mais harmonioso e reduzindo o estresse na equipe.
  3. Automotivação
    A automotivação está relacionada à capacidade de manter o foco e a energia mesmo diante de adversidades. Líderes automotivados são mais resilientes e conseguem inspirar suas equipes a superar desafios, mantendo um ambiente de trabalho positivo mesmo em momentos de crise.
    Benefício: Líderes automotivados ajudam a prevenir o burnout, pois promovem uma cultura de resiliência e perseverança, essencial para enfrentar situações estressantes.
  4. Leitura Emocional no Outro (Empatia)       
    A empatia é a capacidade de perceber e compreender as emoções dos outros, colocando-se no lugar do outro. Líderes empáticos são capazes de identificar sinais de estresse, ansiedade ou insatisfação em seus colaboradores, agindo de forma proativa para resolver problemas antes que se agravem.
    Benefício: A empatia permite que os líderes criem um ambiente de trabalho mais acolhedor, onde os colaboradores se sentem valorizados e compreendidos, reduzindo os riscos de transtornos mentais como ansiedade e depressão.
  5. Competência Social       
    A competência social envolve a habilidade de construir e manter relacionamentos saudáveis, utilizando a comunicação eficaz e a colaboração. Líderes com alta competência social são capazes de promover a cooperação entre os membros da equipe, reduzindo conflitos e melhorando a comunicação.
    Benefício: Um líder com competência social consegue se comunicar melhor, mediar conflitos de forma colaborativa, promovendo um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.

 

Como capacitar os líderes para Gestão de Riscos Psicossociais

Muitos treinamentos direcionados aos líderes, embora bem-intencionados, frequentemente apresentam pouca eficácia quando o indivíduo não possui uma Inteligência Emocional (IE) bem desenvolvida. Isso ocorre porque habilidades técnicas e conceitos de liderança, por mais avançados que sejam, não são plenamente aproveitados sem a base emocional necessária. Por exemplo, como um líder pode gerenciar conflitos de forma eficaz sem habilidades sociais desenvolvidas? Como criar um clima organizacional positivo sem empatia para compreender as necessidades e emoções da equipe? Até mesmo as hard skills, como tomada de decisão e planejamento estratégico, atingem sua máxima performance quando o líder possui uma IE sólida, como evidenciado por Daniel Goleman em seus estudos.

A Inteligência Emocional é, portanto, a base essencial para que qualquer treinamento em liderança seja verdadeiramente eficaz, pois é ela que permite ao líder aplicar, de forma prática e humana, os conhecimentos adquiridos. Sem uma IE desenvolvida, o líder pode até dominar teorias e técnicas, mas dificilmente conseguirá transformá-las em ações que promovam um ambiente de trabalho saudável, produtivo e engajador.

Também é importante ficar atento a cursos curtos de IE que não abrangem todas as competências e não treinam verdadeiramente os participantes. Para capacitar líderes em Inteligência Emocional, as organizações devem investir em treinamentos e programas de desenvolvimento que abordem as principais competências da IE, promovidos por entidades com notoriedade nessa área. Lembre-se: trata-se de competências não-cognitivas, que exigem treinamento contínuo e prático, com atividades e ferramentas adequadas para o desenvolvimento emocional.

 

Conclusão

A capacitação dos líderes em Inteligência Emocional é o primeiro passo para uma gestão eficaz dos riscos psicossociais. Ao desenvolver competências como autoconhecimento, controle emocional, empatia e competência social, os líderes estão mais preparados para criar um ambiente de trabalho saudável, reduzir conflitos e promover o bem-estar de suas equipes. Investir na IE não é apenas uma estratégia para melhorar o desempenho organizacional, mas também uma forma de garantir a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo da organização.

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