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Mais educação com menos recursos: o custo-benefício da graduação privada

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

15/09/2025 08:30:00

Levantamento do Ministério da Educação (MEC) constatou que, em 2023, o custo médio anual por estudante nas universidades federais totalizava R$ 52.533. Esse valor leva em conta despesas com pessoal, infraestrutura, pesquisa e assistência estudantil. Embora essa quantia seja aparentemente justificável, especialmente em virtude da complexa estrutura administrativa e acadêmica dessas instituições, é inquestionável que representa um investimento elevado. Trata-se de um modelo que, apesar de historicamente relevante, impõe sérios desafios de sustentabilidade orçamentária.

Em contrapartida, as instituições privadas, responsáveis pela maior parte da formação superior no Brasil (quase 80% das matrículas), cobram, em média, mensalidades de R$ 837 (presencial) e R$ 209 (EAD), segundo a Hoper Educação. Isso totaliza, mesmo para cursos presenciais, cerca de R$ 10.000 ao ano, ou seja, menos de 20% do gasto público em universidades federais. 

Essa comparação evidencia que ampliar o acesso ao ensino superior por meio das instituições privadas não é apenas uma maneira eficaz de assegurar o direito constitucional à educação, mas também uma estratégia inteligente de gestão dos recursos públicos. Afinal, com os mesmos R$ 50 mil o governo beneficiaria, pelo menos, cinco estudantes em instituições privadas por meio de políticas públicas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e um Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) com caráter efetivamente social e menos travas no acesso, promovendo inclusão educacional com responsabilidade fiscal.

Em outra frente, ao aproveitar a infraestrutura já instalada no setor privado, é possível ampliar rapidamente a cobertura do ensino superior, sem a necessidade de grandes obras, concursos ou investimentos de longo prazo por parte do Estado.

De forma alguma se trata aqui de questionar a importância das universidades federais. Elas são fundamentais para o desenvolvimento científico, social e econômico do país. Além disso, os sistemas público e privado devem ser vistos como complementares e estratégicos, e não como concorrentes. 

No entanto, é imprescindível que o poder público e a sociedade reconheçam a democratização do acesso ao ensino superior como uma demanda urgente. E, para avançar nessa agenda, o caminho mais viável e eficiente passa pelo fortalecimento da parceria entre o Estado e as instituições privadas.

Fato é que cada real investido via ProUni, Fies ou outro programa governamental que venha a ser criado gera impacto em larga escala: atrai jovens que, de outra forma, ficariam fora do ensino superior; evita gargalos de vagas nas federais; e diminui pressões orçamentárias. Leia-se: o Estado faz mais com menos, garantindo inclusão e eficiência fiscal. E sem abrir mão da qualidade na formação universitária.

Isso porque, além da ampla capilaridade territorial, as instituições privadas de educação superior são profundamente comprometidas com a qualidade de suas formações, como evidenciam as avaliações institucionais e de egressos realizadas regularmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A maioria investe em recursos como laboratórios de ponta e atualização curricular, acompanhando as demandas de um mercado de trabalho em constante transformação. Com isso, os profissionais formados pelas IES privadas não devem em nada àqueles que passam pelas federais. O diploma se sustenta: qualidade, empregabilidade e desempenho acadêmico equivalentes.

Por fim, vale reforçar que investir em educação privada tem impacto social: leva oportunidades para regiões do interior, flexibiliza turnos e atende quem trabalha durante o dia. Ao mesmo tempo, desvincula o ritmo de expansão educacional do cronograma orçamentário das federais, que não comporta mais números expressivos sem comprometer sua estrutura.

Em resumo: ampliar o acesso ao ensino superior privado por meio de políticas públicas é uma estratégia inteligente. Garante o direito constitucional à educação, democratiza o acesso, promove inclusão, fortalece a tríade qualidade‑escala‑eficiência e, em um momento de restrição orçamentária, assegura retorno social sem sobrecarregar o Estado. O investimento é justo, eficaz e, acima de tudo, sustentável.

 

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