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Formação de professores: competências para o novo cenário

Amábile Pacios

Vice-presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e ex-conselheira Nacional de Educação, com atuação destacada na Câmara de Educação Básica.

20/11/2025 07:00:00

A formação de professores no Brasil se prepara para o próximo ano com novos desafios e antigas urgências. As transformações no perfil dos estudantes, as mudanças na escola e o avanço das tecnologias têm exigido um docente mais preparado, mais reflexivo e mais conectado às realidades contemporâneas da sala de aula. Ao mesmo tempo, o país ainda convive com um quadro de escassez de profissionais habilitados e com desigualdades significativas na qualidade das formações oferecidas.

As tendências que se consolidam a partir de 2026 apontam para uma formação docente mais flexível, integrada e baseada em competências. O modelo linear e conteudista perde força, dando lugar a percursos formativos que combinam teoria, prática e desenvolvimento pessoal. A formação tende a se tornar um processo contínuo, que acompanha o professor ao longo de toda a carreira, e não apenas uma etapa inicial que antecede o ingresso na profissão.

Entre as mudanças mais evidentes está a incorporação das tecnologias digitais e da inteligência artificial como parte natural da rotina formativa. Plataformas adaptativas, simuladores de aula e ambientes imersivos já começam a ser utilizados em programas de licenciatura e especialização. No entanto, o grande desafio não está na adoção da tecnologia em si, mas na formação do olhar crítico do professor sobre o uso pedagógico desses recursos. Em outras palavras, a tecnologia amplia possibilidades, mas não substitui o papel humano da docência de interpretar, escolher e orientar.

Outro movimento importante é o da formação modular e híbrida, que combina momentos presenciais e virtuais, microcertificações e percursos personalizados. Essa tendência amplia o acesso e permite atualização constante, mas também exige das instituições de ensino superior uma atenção redobrada à coerência pedagógica e à supervisão acadêmica, para evitar que a formação se fragmente ou perca profundidade.

A dimensão socioemocional e ética também ganha espaço. Formar professores hoje significa prepará-los para lidar com contextos diversos, múltiplas linguagens e demandas emocionais cada vez mais complexas. A formação que ignora essas competências tende a produzir profissionais tecnicamente competentes, mas pouco preparados para a convivência, o diálogo e a mediação de conflitos, elementos cada vez mais centrais na prática escolar.

Além disso, cresce a necessidade de desenvolver competências analíticas e de interpretação de dados educacionais. A escola do futuro trabalhará com evidências, indicadores e sistemas de acompanhamento da aprendizagem, e o professor precisará dominar não apenas o conteúdo, mas também a leitura pedagógica dos dados para planejar intervenções mais eficazes.

O que se desenha, portanto, é um novo perfil de professor, mais pesquisador, colaborativo e adaptável, que aprende de forma permanente e atua como protagonista do próprio desenvolvimento profissional. Para que isso se torne realidade, será essencial fortalecer a articulação entre universidades, redes de ensino e espaços de prática, garantindo que a formação inicial e a continuada dialoguem entre si.

A formação de professores daqui por diante não será definida por uma única norma ou tecnologia, mas pela capacidade do sistema educacional de combinar inovação e solidez, autonomia e responsabilidade. O futuro da docência dependerá menos de discursos e mais de experiências formativas consistentes, que preparem educadores capazes de pensar criticamente, agir com sensibilidade e ensinar com propósito.

Artigo publicado originalmente no Educador 21 no dia 18 de novembro de 2025.

 

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