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Aprender no Imprevisível: Metáforas Científicas para Entender a Educação Superior

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

09/12/2025 07:00:00

Vivemos, na educação superior, um tempo em que aprender a lidar com mudanças rápidas é tão importante quanto ensinar conteúdos. Logo no início dessa reflexão, percebemos que duas ideias vindas de áreas muito diferentes da ciência ajudam a iluminar os desafios diários das universidades: o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg e a Teoria da Informação de Claude Shannon. Heisenberg nos mostra que não existe observação totalmente neutra, pois ao medir algo modificamos aquilo que estamos tentando entender. Shannon, por sua vez, explica que toda comunicação é afetada por ruídos, que podem distorcer ou dificultar a transmissão clara de uma mensagem. Quando trazemos esses dois conceitos para a educação superior, entendemos que eles ajudam a explicar por que o ambiente acadêmico é, ao mesmo tempo, imprevisível e dependente da qualidade das informações que circulam entre pessoas, setores e decisões. Essa compreensão abre espaço para uma leitura mais profunda sobre como funcionamos e sobre como podemos melhorar.

No cotidiano universitário, a ideia de Heisenberg aparece quando tentamos avaliar um curso, mensurar o desempenho dos estudantes ou reposicionar um projeto pedagógico. Ao fazermos isso, não estamos apenas observando; estamos influenciando comportamentos, reorganizando prioridades e criando novos cenários. A educação superior é viva, e cada ação desencadeia uma mudança, às vezes pequena, às vezes transformadora. Nada fica exatamente igual depois que olhamos para ele. A incerteza deixa de ser um problema e passa a ser um componente natural da vida acadêmica, lembrando-nos de que planejar não é prever o futuro com exatidão, mas preparar a instituição para adaptar-se continuamente.

Shannon, por outro lado, nos ajuda a entender por que tantas decisões importantes dependem da clareza das informações. Em uma universidade, circulam dados de aprendizagem, documentos regulatórios, análises financeiras, resultados de avaliações, pesquisas com estudantes, relatórios docentes e orientações administrativas. Quando há ruído, seja na forma de informações desconexas, dados incompletos, mensagens contraditórias entre setores ou processos sem comunicação eficiente, a tomada de decisão perde qualidade. Quanto mais ruído, menos conseguimos enxergar o que realmente importa. E, sem informação clara e bem organizada, até boas estratégias correm o risco de falhar.

Quando unimos essas duas ideias, percebemos que a educação superior vive justamente no encontro entre a incerteza inevitável de Heisenberg e a necessidade de clareza informacional de Shannon. Não controlamos tudo, e nem precisamos controlar. O que precisamos é aprender a agir com inteligência diante do imprevisível, reduzindo ruídos, fortalecendo a comunicação interna e organizando dados de forma que façam sentido. Dessa forma, desafios se tornam oportunidades de inovação e crescimento.

Essa visão nos leva a compreender que currículos devem ser flexíveis, professores precisam ter espaço para experimentar, estudantes exigem novas formas de aprender e gestores necessitam de informações precisas para tomar decisões responsáveis. Planejar, nesse contexto, deixa de ser um exercício de adivinhação e passa a ser um processo de construção coletiva, que combina abertura ao novo com rigor na análise dos dados.

Ao entendermos a importância de Heisenberg e Shannon desde o começo, percebemos que eles não servem como modelos de educação, mas como boas metáforas para enxergar o que acontece nas universidades. Suas ideias nos ajudam a olhar para a realidade com mais clareza: a incerteza mostra que nada fica totalmente parado quando tentamos melhorar um curso ou um processo, e o ruído lembra que decisões ruins muitas vezes nascem de informações confusas. Quando usamos essas imagens para pensar o dia a dia da educação superior, conseguimos entender melhor nossos desafios, fazer escolhas mais acertadas e construir espaços de aprendizagem que realmente acompanham o ritmo do mundo atual.

 

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