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Ensino, pesquisa e extensão universitária

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

03/11/2011 05:58:25

Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e reitor da Universidade Anhembi Morumbi O Estado de S.Paulo, publicado em 2 de novembro de 2011 ***
O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão apregoados na Carta Magna de 1988, em seu artigo 207, não existe na prática no sistema universitário brasileiro. E por consequência não há razão para ser preceito constitucional. Esta norma deveria ser revista quanto antes pelo Congresso. Muitos artigos têm sido escritos e muitos seminários realizados sobre esta questão. Amplas discussões desenvolvidas, mas muito pouca concretude para assinalar as ações acadêmicas que confirmem essa indissociabilidade. Em tese a relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, quando bem articulada, deveria conduzir a mudanças significativas nos processos de ensino e aprendizagem; colaborar efetivamente para a formação profissional de estudantes e professores e fortalecer o ato de aprender, o de ensinar e o de formar profissionais e cidadãos. Entretanto, a prática tem mostrado que quanto mais qualificado estiver o docente, mais ele tende a se afastar do ensino, notadamente o de graduação, e da extensão, para dedicar-se à pesquisa e à orientação na pós-graduação. Por outro lado, os projetos de extensão em geral deveriam cada vez mais permanecer associados aos conteúdos das disciplinas e das atividades de ensino de graduação e de pós-graduação e terem mais participação de estudantes, de técnicos e professores. A pesquisa por outro lado também se apresenta, em regra geral, desvinculada, fragmentada e desarticulada do conjunto do ensino – da graduação, da pós-graduação e da extensão. De qualquer forma, para se ter uma boa aprendizagem é imprescindível que tenhamos bons professores titulados. A pesquisa é importantíssima para o desenvolvimento das ciências, mas o ensino não precisa da pesquisa básica para sobreviver. O mesmo não podemos dizer da extensão, uma atividade primordial para os universitários poderem treinar e se capacitar, como também se articular com a comunidade. A vocação das instituições particulares de ensino superior, além da busca pela qualidade, está na extensão e não na pesquisa. Ela é cara e o aluno não pode ser gravado por ela.  Uma realidade que pouca gente conhece é que as instituições particulares de ensino superior, as IES, usam muito como estratégia de treinamento de seus estudantes o atendimento à comunidade. São milhares de projetos desenvolvidos anualmente pelas IES e que atestam o envolvimento dos universitários com os problemas sociais do país. A interdisciplinaridade se torna efetiva. O currículo de cada curso determina qual a ação social a ser desenvolvida. Cada equipe de alunos tem um professor responsável acompanhando e orientando suas intervenções. Os professores supervisionam todo o atendimento de maneira que qualquer atividade prática realizada pelos estudantes se torna também um momento de aprendizagem. Nestas práticas os alunos de Medicina atendem a pessoas que não podem arcar com os custos de tratamento. Os estudantes de Fisioterapia atendem na academia-laboratório. Os de Quiropraxia e os de Enfermagem, no Spa laboratório da escola. Os universitários de Turismo organizam excursões para crianças da periferia conhecerem museus, irem ao Zoológico e visitarem o centro da cidade. Os de Direito, devidamente escoltados por seus professores, prestam aconselhamento aos problemas de ordem jurídica que as famílias pobres do bairro apresentam. Enfim, alunos de todo Brasil dos cursos de Pedagogia, Letras, Odontologia, Administração, Música, Artes, Design, Moda, Psicologia, Arquitetura, Comunicação, Veterinária e de dezenas de outros, levam seus conhecimentos para as comunidades que lhe são mais próximas. E os números atestam isto: em recente pesquisa do Núcleo de Estudos de Mercado e Pesquisa de Opinião (Marknet) da Universidade Tuiti do Paraná, patrocinada pela ABMES – Associação Brasileiras de Mantenedoras de Ensino Superior, mostrou que as instituições particulares estão totalmente engajadas no processo de mobilização e de mudança social, incentivando seus professores, funcionários e alunos a dedicar seu tempo, conhecimento e experiências pessoais para proporcionar benefícios em prol da melhoria da qualidade de vida da sociedade. A pesquisa mostrou que nove em cada dez instituições particulares atuam em projetos de responsabilidade social. Tais ações são realizadas com recursos próprios das instituições e beneficiam comunidades circundantes.  Participaram dos projetos de responsabilidade social, na amostra pesquisada, 17.602 profissionais e 150.789 alunos, o que representa numa projeção nacional cerca de 106.214 profissionais e 1.054.521 universitários – peças chaves para a concretização desses eventos. Considerando-se todos os atendimentos e ações extencionistas realizadas, observa-se que a responsabilidade social das instituições atingiu 3.465.047 pessoas, o que mostra numa projeção nacional mais de 18.462.607 indivíduos foram beneficiadas pelos programas desenvolvidos. As instituições de ensino superior (IES) caminham cada vez mais para além da função de graduar alunos. Ser uma organização socialmente responsável e ter agregada à sua imagem o compromisso com a educação superior de qualidade, já faz parte da missão da maioria das Universidades, Centros Universitários e Faculdades do país. Com o objetivo de mostrar à sociedade as atividades de extensão desenvolvidas pelas IES ao longo do ano, foi que a ABMES promoveu mais uma vez, no último 24 de setembro, o Dia da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular. Participaram mais de 700 IES, 75 mil alunos e foram atendidas mais de 850 mil pessoas. Em um único dia aconteceu tudo que aqui está relatado, sendo uma incrível realização do ensino particular brasileiro.  

07/11/2011

Mário Beni

Gabriel Amigo, Li seu Artigo no Jornal o Estado de São Paulo, onde destaca com muita propriedade e conhecimento o processo representativo das IES, simbolizndo o conjunto ativo e produtivo de várias gerações e que tem no tripé, ensino, pesquisa e exten suas ações básicas, as quais agrega-se na atualidade a prestação de serviços à comunidade.Exemplo vivo do que constatei com muita satisfação e orgulho na visita que fiz em companhia do Sergio Botana ao campus da Universidade Anhembi Morumbi da Radial Leste. Tenho trabalhado muito com a inter e transdisciplinaridade,há doze anos, introduzi o observatório de planejamento e desenvolvimento sustentável do programa de pós graduação em turismo da Universidade de Caxias do Sul, e até hoje dou consultoria aos programas dessa universidade comunitaria com campi na maioria dos municípios da Serra Gaúcha.O projeto de turismo da região da uva e do vinho, que resgatou a cultura colonial no roteiro dos caminhos das casas de Pedra, e a Rota dos Vinhedos em Bento Gonçalves, fazendo florescer duas vinículas que há dez anos fabricavam um vinho para consumo familiar:Reserva Miolo e Casa Valduga!Isso tudo para lhe demonstrar que esse conjunto mediado pela UCS provocou com a coparticipação do poder público e privado um processo estruturador e facilitador do desenvolvimento regional com a força do desenvolvimento endógeno de base local e a participação efetiva da comunidade. Houve uma mudança radical na maneira como o homem concebe a si mesmo, a realidade e o mundo circundante.Essas mudanças ajudam a compreensão do sentido da inter e transdisciplinaridade, que é uma atitude e um ato de vontade de superação de todas as visões fragmentadas e dicotômicas que tradicionalmente vem se sedimentando em modelos de racionalidade científica defendido por grandes grupos e corporações da sociedade.Tal visão revolucionária, holística, sistêmica, interativa e indeterminada, exige que sejam repensados os conceitos das disciplinas, estruturas e conteúdos curriculares, bem como o papel do verdadeiro professor universitário, que jamais deve se limitar a repetir o feito e o escrito por outros na acumulação passíva do conhecimento, e sim sempre gerar com seus alunos conhecimentos e produzir novos pensamentos, a despeito e apesar da disciplina que ministra, dentro da plena e indispensável interatividade. Abraça-o, Mário Beni

03/11/2011

Ricardo S. Zanotta

Prezado Dr. Gabriel, Párabens pelo artigo que o sr. publicou no jornal O Estado de S. Paulo de ontem, 02/11/11, concordo totalmente que inexiste a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão nas IES, o princípio constitucional realmente não leva em conta a realidade prática do ensino superior no Brasil. Se sr. me permitir uma pequena contribuição ao assunto, que muito me toca e motiva a lhe escrever a presente mensagem, pois, há alguns anos venho trabalhando em projetos de extensão, voltados para o setor cultural, empresarial e social, principalmente os voltados para as Escolas de Samba, como o sr. bem sabe. Durante um bom período, vão-se aí 17 anos de atividade docente em ensino superior entre PUC-SP e Mackenzie (até 2008), tive a oportunidade de observar que existem muitas oportunidades a serem exploradas pelas IES particulares no que tange a atividade extensionista, e em minha opinião todas elas de uma forma ou de outra passam pela questão da INOVAÇÃO, em conjunto com o desenvolvimento de pesquisas aplicadas à realidade de mercados, e de empresas públicas e privadas, o que conhecemos como prestação de serviços e/ ou consultoria. No Mackenzie trabalhei durante quase 7 anos, de 2002 - 2008, na implantação de um novo conceito para desenvolvimento de atividades extensionistas que gerassem um faturamento para a universidade que não fosse resultado das mensalidades. Por minha sugestão foi criada a área de Prestação de Serviços, o Mackenzie Soluções, em conjunto com um projeto que já estava em andamento, a Incubadora de Empresas e a estruturação do NIT - Núcleo de Inovação Tenológica e do Parque Tecnológico em Tamboré, estabelecendo assim o credenciamento junto ao MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia, e ao SPTEC - Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, visando a captação de incentivos previstas nas leis da inovação federais e estudais. Na PUC-SP, onde leciono desde 1.995, estando como assessor do reitor e do vice-reitor, desde 2008, estou desenvolvendo o mesmo projeto para implantação, da área de prestação de serviços, PUC INOVAÇÃO, do NITT - Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica, e da participação da universidade no Parque Tecnológico e na Incubadora de Empresas de Sorocaba. Minha pequena contribuição Dr. Gabriel, é nesta linha, acredito que as IES particulares podem, e em minha opinião deveriam se envolver e estrutrar áreas de Inovação para buscar maior interação com a realidade de mercado, e desenvolver atividades extencionistas sustentáveis, que na verdade integrem melhor a realidade mercado- universidade, e permitam que as IES explorem faturamentos que vão muito além da arrecadação com as mensalidades. Acabei de chegar do Seminário Internacional da Anprotec - Assoc. Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, www.anprotec.org.br, que aconteceu na PUC-RS, em Porto Alegre, e posso lhe garantir que a política de Inovação em um IES, pode revolucionar a realidade do ensino, da pesquisa e da extensão em uma universidade, além de integrá-la ao processo de desenvolvimento econômico municipal, estadual e federal, da região de atuação da IES. A explicação está no foco de geração de conhecimento para ser aplicado a casos reais, com a possibilidade de estruturação de modernos laboratórios de P&D (pesquisa e desenvolvimento) que gerem patentes, produtos, serviços, novas tecnologias, capazes de interagir com oportunidades de mercado. Atualmente estou terminando com êxito a implantação do projeto na PUC-SP atéo final de 2011, com todas as áreas funcionando, meu objetivo é o de desenvolver projetos nesta área para outras universidades. Caso o assunto lhe interesse, e tenha alinhamento com as diretrizes estratégicas da Anhembi Morumbi, desejo lhe apresentar uma proposta do projeto de implantação da área de Inovação para a universidade. Um Abraço, Ricardo S. Zanotta Diretor de Atendimento e Planejamento IMEP BRASIL - Instituto de Marketing e Pesquisas tel.: +55 11 45083141 cel.: +55 11 78955132

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