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Que tipo de IES vale mais para o mercado, para a sociedade e para o país?

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

09/07/2014 04:02:38

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular ***
“As pessoas estão tocando instrumentos diferentes, seguindo partituras diferentes; mas quando tocam juntas, seguindo a mesma partitura, criam belas harmonias, criam algo de valor”. (C. William Pollartd[1])
 Publicamos na semana passada um artigo de conteúdo polêmico –“Qual vale mais, uma instituição com 1.000 alunos presenciais ou outra com 1.000 alunos a distância?” – com o propósito de gerar questionamentos por parte dos leitores. Hermes Figueiredo[2], companheiro de longas jornadas no ensino superior, observou que o correto seria perguntar: “Qual vale mais, uma instituição de ensino superior (IES) como negócio para o mercado ou outra como geradora de conhecimento novo e formuladora de políticas públicas para a formação de mão de obra qualificada e de cidadãos plenos?” Em síntese, qual vale mais para o mercado ou para a sociedade e país? A resposta à questão levantada por Hermes Figueiredo depende dos objetivos, das ações realizadas e da avaliação de cada tipo de instituição. Sabemos que é possível identificar uma instituição valorizada como negócio pelo mercado, avaliada positivamente pelo Ministério da Educação (MEC), formadora de bons alunos e, mesmo assim, com pouca representatividade na sociedade. Identificamos também instituições que formam mão de obra qualificada, cidadãos plenos, que colaboram com a interiorização e com a expansão do ensino e que recebem conceitos negativos nas avaliações realizadas pelo MEC. Estas existem às centenas em pequenas cidades do interior do Brasil. A questão levantada por Figueiredo é, porém, complexa, demandaria uma reflexão mais aprofundada e não caberia no espaço de um artigo. De todo modo, tentaremos responder brevemente ao questionamento feito por ele. Em primeiro lugar, precisamos definir qual é o objetivo da formação. O país necessita de cérebros e talentos para se desenvolver e, numa sociedade competitiva, estamos diante de um desafio imenso e emocionante que é o de educar cidadãos antenados com o mundo e o futuro. No passado, uma boa educação envolvia apenas a assimilação de um conjunto de conhecimentos acadêmicos e habilidades para enfrentar o mercado de trabalho. Hoje, a maioria das instituições educacionais com visão das questões do planeta Terra, das Nações, dos governos, das empresas e das carreiras exige mais do que "cabeças" carregadas de conhecimentos e de habilidades técnicas. Nesse sentido, os potenciais candidatos ao sucesso devem ser capazes de construir, expandir e aplicar conhecimentos em variados contextos. Os que desejam se destacar verdadeiramente na sociedade do século XXI devem aprimorar competências, habilidades e atitudes diferenciadas em instituições que, além de oferecerem uma formação profissional qualificada, estão preparadas para formar:

a) pensadores críticos, capazes de resolver problemas complexos;

b) bons comunicadores com domínio de idiomas;

c) colaboradores social e emocionalmente capacitados a vencer desafios;

d) especialistas em informação e em tecnologia;

e) profissionais flexíveis, inovadores, criativos e competentes;

f) cidadãos empáticos, curiosos e persistentes;

g) empreendedores proativos nas soluções de problemas.

Num país continental e com diferenças econômicas, sociais e culturais abissais, precisamos, em segundo lugar, encontrar fórmulas para formar outros tipos de estudantes: os que demandam nivelamento, em consequência da formação deficiente do segundo grau, e os que abandonaram os estudos e almejam melhorar seu desempenho nos seus locais de trabalho. Para tanto, é imprescindível a elaboração de um projeto educacional capaz de identificar os anseios dos diferentes tipos de estudantes, as necessidades do país e as expectativas do mercado de trabalho. Precisamos considerar, em terceiro lugar, que o mundo empresarial sobrevive à custa de muita análise de informações advindas da “Inteligência de Dados“ e que nesse universo as decisões são tomadas e os recursos alocados mediante análises de estratégias, baseadas nos desejos dos consumidores ou clientes que, por sua vez, determinam ações e resultados mensuráveis. Na área educacional, porém, o uso de dados para conhecer o que pensam os diferentes tipos de estudantes acaba por se tornar uma obra de ficção. As análises que visam melhorar a aprendizagem, conhecer o desempenho dos estudantes durante e após a realização do curso não fazem parte, com honrosas e raras exceções, da rotina universitária e não são feitas com o mesmo rigor das análises financeiras. Na solução de qualquer problema, atividade ou construção de um bem, de um produto e de uma prestação de serviços, o primeiro passo é definir um bom projeto capaz de identificar os desejos do cliente, do consumidor, do indivíduo e da comunidade. Para tanto, torna-se necessário o concurso de bons executores e o acompanhamento devido para verificar se o planejamento está sendo realizado de acordo com o cronograma e custos estabelecidos. Isto vale para uma modesta residência, para um imponente viaduto, para um majestoso aeroporto ou para uma universidade. Como tudo na vida, devemos trabalhar em função das justas demandas individuais ou coletivas, fato que implica preço e clientela distintos. No caso da educação, o diferencial é que esta se trata de bem de caráter social – e bem de consumo quando o ganho é individual – e que, portanto, precisa ser percebida de forma distinta, tanto pela sociedade quanto pelo indivíduo. Em palestra proferida no 15º FNESP – Fórum Nacional de Ensino Superior Brasileiro – realizado em 2013[3], o reitor de uma universidade chinesa, dizia que no seu país o Estado investe grandes somas em poucas universidades de ponta para formar os cientistas, talentos, intelectuais e grandes cérebros que terão a missão e responsabilidade de impulsionar cada vez mais o desenvolvimento. Estudantes com grandes potencialidades recebem um ensino gratuito; pagam mensalidades os que futuramente vão trabalhar nas empresas. Isto, infelizmente, não acontece no Brasil. Não há justificativa para subsidiar o ensino superior nas universidades públicas sem posterior devolução à sociedade dos recursos investidos nos alunos que poderiam pagar pelos seus estudos. Finalmente, caro amigo Hermes Figueiredo, as instituições precisam obter resultados para a sua própria sustentabilidade o que implica formar bons profissionais em conformidade com os seus projetos educacionais. Algumas destas instituições são sociedades anônimas com acionistas, o mercado premia a que tiver melhor desempenho econômico. Sabemos que os analistas dos fundos aplicadores começam a se preocupar com a atuação educacional das instituições pelo fato de não acreditarem nas avaliações do MEC. Como há diversas propostas de formação educacional e considerando que todas têm o seu custo, é perfeitamente possível a existência de instituições com maior abrangência que propiciam conhecimento novo, que contribuem para o desenvolvimento da sociedade e que são reconhecidas pela sociedade. Apesar da complexidade do cenário educacional brasileiro, e considerando todas as dificuldades enfrentadas pelas instituições particulares de ensino superior nos caminhos escolhidos para as suas travessias, afirmamos a nossa crença na iniciativa privada e no seu esforço para criar de forma harmoniosa com outros tipos de instituições e modalidades de ensino as condições ideais para promover uma educação de qualidade e formar adequadamente os recursos humanos essenciais para o desenvolvimento do país.   [1] C. William Pollard é presidente emérito da Service Master Company. http://www.amazon.com/C.-William-Pollard/e/B001ITXNLU [2] Presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Semesp) [3] Evento promovido anualmente pelo Semesp.  

10/07/2014

Profa. Ana Tereza P. de Oliveira

Leio no artigo do dia 9 último, publicado por este blog, a que pode ser considerada tréplica do Prof. Gabriel Rodrigues aos comentários do prof. Hermes Figueiredo, sobre o artigo do primeiro acerca da consulta sobre as 1.000 IES (Presencial e/ou Virtual). Vale lembrar que o prof. Gabriel, em seu artigo do dia1º de julho, coletou dez depoimentos de peso, todos evasivos, escorregando sem que alguém se definisse por P ou por V. O prof. Gabriel foi brilhante em sua exposição, o que me remete ao passado, quando da polêmica entre o jurista Rui Barbosa e Ernesto Carneiro Ribeiro, médico, filólogo e professor de português, com a discussão do projeto de Código Civil de Clóvis Bevilaqua, que deu lugar às soberbas Réplica e Tréplica. Não é o caso presente, entre Gabriel e Hermes. Mas, aqui como lá, nada ficou claro sobre o assunto central, ainda que o prof. Gabriel laborasse em extenso artigo bem fundamentado sobre a questão. Usando expressão na moda: “Falou, mas não disse”. Sem muitas derivações, argumentos, justificativas e alegações, qual é? Como fica a importante indagação, sem tergiversar, cara ou coroa. Presencial ou Virtual? O futuro da educação, pública ou privada, poderá depender da resposta.

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