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Educação precisa ser obstinação nacional

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

27/01/2015 05:32:26

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular
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No momento atual, a nossa competitividade e o nosso progresso estão seriamente comprometidos pela ausência de políticas concretas com investimentos nos setores estratégicos, na educação e no mercado da inovação. Não podemos perder “o bonde da história”. (Raulino Tramontin)
A matéria “Consumidor hiperconectado desafia o varejo”, publicada na sessão Mercado do jornal Folha de S.Paulo (11.01.2015), mostra jovens filhos de casal de classe média da periferia com seus tablets ensinando os pais como se faz pesquisa na Internet para comparar preços de eletrodomésticos que a família precisava adquirir. A meninada domina desde cedo a Internet e é comum vermos, nos mais diversos ambientes que frequentamos, crianças com menos de dez anos comunicando-se pelos seus smartphones com o mundo afora, mostrando uma habilidade fantástica com estes aparelhos. A tecnologia nos encantará cada vez mais com as mil e umas utilidades dos artefatos domésticos como se eles tivessem vida própria, determinando as condições de seu funcionamento e até de comunicação entre aparelhos. Por certo, os aparatos que usamos terão ações independentes e nos auxiliarão ativamente nas tarefas diárias. A geladeira administrará e avisará os produtos que faltam, a televisão indicará os melhores programas do dia e o relógio de pulso abrirá as portas da residência e do escritório, acenderá as luzes dos aposentos e fará toda a ronda de segurança de onde estivermos. Há pelo mundo laboratórios pilotando invenções que irão revolucionar o nosso modo de viver como mostrou a revista Scientific American – Brasil há tempos atrás:
  • smartphones que monitoram sinais vitais em tempo real, alertando-nos para as primeiras suspeitas de ameaça a nossa saúde;
  • computadores neurais, capazes de entender ordens e desempenhar tarefas que hoje congestionam as máquinas comuns;
  • sistema de sensores que identificam as pessoas por características físicas;
  • computadores autoconscientes que orientam, distribuem e aplicam tarefas complexas para melhorar seu próprio desempenho;
  • mineradores de microrganismos, como bactérias, que extraem e limpam sujeira de metais;
  • lavouras que não precisam ser replantadas;
  • combustível líquido para carros elétricos, um novo tipo de bateria, que substitui o combustível fóssil por nano partículas;
  • nanopartículas que destroem completamente a célula de bactérias causadoras de doenças;
  • robôs que fazem exploração planetária para alcançar o espaço sideral;
  • máquinas que desvendam o futuro, baseada em informações arquivadas de toda a humanidade.
Isto significa que, mais cedo do que pensamos, com o desenvolvimento exponencial da tecnologia nos transportes, na medicina, na agricultura, nas comunicações, na arquitetura, na informação, entre outras áreas, e com a descoberta de novas formas de produzir, de consumir, de se relacionar, o mundo não será o mesmo daquele que vivenciamos até hoje. Ou seja, o planeta deverá ser preservado para a convivência racional de bilhões de seres humanos. Um mundo em que volumes extraordinários de informações modificarão radicalmente os hábitos mais simples do cidadão comum, além de contribuírem decisivamente para a criação de novos valores, de novas realidades empresariais, de produtos diferenciados e interferindo até mesmo na forma de vida das pessoas. A pergunta que fica é: Como preparar gente para trabalhar dentro dessas novas realidades? O que desejamos chamar atenção é que o desenvolvimento do planeta era aritmético e hoje, com as transformações, avança em escala exponencial e influenciará na formação de recursos humanos para acompanhar e conviver com este novo momento, essencial para o progresso das nações. Será que alguém da área governamental está pensando seriamente nessas questões? Do nosso ponto de vista, a maioria só vê o presente, e com o retrovisor no passado. O desafio, porém, não é só do governo, mas de toda a sociedade – empresas, políticos, famílias, escolas, igrejas e nação. A educação deveria ser obsessão nacional. O desafio é como formar gente competente para dar suporte ao seu desenvolvimento pessoal e ao do país. E tudo começa da base. Sabemos que sem ensino fundamental e médio orientados para acompanhar as novas realidades de um mundo em constante evolução; sem ensino profissional, tecnológico e superior intercomunicados; sem determinação em conseguir reparar os atrasos do passado, onde os alunos de maneira geral não dominam a língua portuguesa e a matemática; sem docentes vocacionados e bem preparados para o magistério; sem profissionais talentosos e valorizados pela sociedade, livres da mediocridade corporativa que emperra o setor, servindo de blindagem para o aperfeiçoamento da estratégia da melhoria educacional; sem a continuidade de propostas de políticas do estado para resolver estas questões e sem foco estaremos todos condenados ao insucesso e será muito difícil vencer o impasse da superação do atraso. Há outro fator denominado pelos demógrafos de “janela de oportunidade demográfica” que precisa ser considerado, pois temos hoje uma potencialidade única – população do país com força de trabalho majoritariamente jovem para acelerar o crescimento econômico e conduzir o país para um desenvolvimento sustentado. No momento atual, estamos arriscados a perder “o bonde da história”, considerando que a nossa competitividade e o nosso progresso estão seriamente comprometidos, pela ausência de políticas concretas com investimentos nos setores estratégicos, na educação e no mercado da inovação. Os países asiáticos são o melhor exemplo para mostrar que a insistência na proposta de educação de um povo educado representou a alavanca necessária para aproveitar a oportunidade de ganhar espaço no mercado competitivo internacional. E o Brasil não pode esperar para dar esse salto qualitativo. O momento é agora. A administração pública da educação não pode ficar presa a obsoletas formalidades administrativas. Tem de pensar no grande Brasil de amanhã e em como vencer todas as barreiras que citamos neste artigo. E não é questão de dinheiro – há países que investem menos e que têm melhores resultados. Sem dúvida, cabe ao governo a responsabilidade principal para ganhar esta guerra pelo caminho da educação brasileira, elevando-a ao patamar que o país requer para o seu desenvolvimento. A busca de talentos para as empresas e para o magistério deve ser prioridade, pois sem profissionais competentes, não há avanço. O magistério é profissão difícil nos dias de hoje. Falta motivação, reconhecimento salarial e respeito dos estudantes. O professor carece de confiança em si próprio, tem baixa autoestima e não compreende bem seu novo papel nesta sociedade sideral na qual é imperativo o domínio das tecnologias de comunicação e informação. Somos uma das dez economias mais fortes do mundo e com um volume expressivo de empresas que acreditam na educação – e colaboram para que ela seja de fato uma realidade. Estão aí iniciativas como as da Fundação Lemann, da Fundação Civita, do Movimento Todos pela Educação e outras que comprovam essa preocupação. Segundo o último Censo GIFE (2011-2012), mais de 130 empresas privadas investem cerca de R$ 2,2 bilhões por ano em projetos sociais, culturais e ambientais feitos de forma planejada, monitorada e sistematizada. (Veja aqui o anexo). Mas o desafio é maior. A esse esforço deve-se juntar toda a sociedade o ensino superior particular, por meio de suas IES e entidades representativas, porque a busca do sucesso educacional do Brasil precisa ser uma obstinação. Só com palavras e discursos, nada acontecerá.  

27/01/2015

Karina Azevedo

Caro prof. Gabriel Rodrigues, Seu artigo é bem instigante, visto que é urgente ações concretas direcionadas a melhoria da educação em todos os níveis educacionais no Brasil. Isso é comprovado pelo desempenho de nossos alunos nas avaliações externas, como o Pisa. No entanto, me parece que esse esforço de mobilização ainda está no “plano das palavras”, do discurso. Na verdade, precisamos de diretrizes precisas, um plano norteador com metas de qualidade que sejam de fato acompanhadas para alavancar a educação, preparar professores e combater as defasagens de aprendizagem que assolam principalmente o ensino público e se reproduzem de geração a geração. Qualidade é outra palavra subjetiva e quando aplicada a educação, se torna ainda mais, não é mesmo? Quais diretrizes pragmáticas o Sr. vislumbra para esse esforço nacional? Quais as metas para um ponto de partida inicial?

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