No momento atual, a nossa competitividade e o nosso progresso estão seriamente comprometidos pela ausência de políticas concretas com investimentos nos setores estratégicos, na educação e no mercado da inovação. Não podemos perder “o bonde da história”. (Raulino Tramontin)A matéria “Consumidor hiperconectado desafia o varejo”, publicada na sessão Mercado do jornal Folha de S.Paulo (11.01.2015), mostra jovens filhos de casal de classe média da periferia com seus tablets ensinando os pais como se faz pesquisa na Internet para comparar preços de eletrodomésticos que a família precisava adquirir. A meninada domina desde cedo a Internet e é comum vermos, nos mais diversos ambientes que frequentamos, crianças com menos de dez anos comunicando-se pelos seus smartphones com o mundo afora, mostrando uma habilidade fantástica com estes aparelhos. A tecnologia nos encantará cada vez mais com as mil e umas utilidades dos artefatos domésticos como se eles tivessem vida própria, determinando as condições de seu funcionamento e até de comunicação entre aparelhos. Por certo, os aparatos que usamos terão ações independentes e nos auxiliarão ativamente nas tarefas diárias. A geladeira administrará e avisará os produtos que faltam, a televisão indicará os melhores programas do dia e o relógio de pulso abrirá as portas da residência e do escritório, acenderá as luzes dos aposentos e fará toda a ronda de segurança de onde estivermos. Há pelo mundo laboratórios pilotando invenções que irão revolucionar o nosso modo de viver como mostrou a revista Scientific American – Brasil há tempos atrás:
- smartphones que monitoram sinais vitais em tempo real, alertando-nos para as primeiras suspeitas de ameaça a nossa saúde;
- computadores neurais, capazes de entender ordens e desempenhar tarefas que hoje congestionam as máquinas comuns;
- sistema de sensores que identificam as pessoas por características físicas;
- computadores autoconscientes que orientam, distribuem e aplicam tarefas complexas para melhorar seu próprio desempenho;
- mineradores de microrganismos, como bactérias, que extraem e limpam sujeira de metais;
- lavouras que não precisam ser replantadas;
- combustível líquido para carros elétricos, um novo tipo de bateria, que substitui o combustível fóssil por nano partículas;
- nanopartículas que destroem completamente a célula de bactérias causadoras de doenças;
- robôs que fazem exploração planetária para alcançar o espaço sideral;
- máquinas que desvendam o futuro, baseada em informações arquivadas de toda a humanidade.