![Rafael Villas Bôas](http://www.abmeseduca.com/wp-content/uploads/2010/08/Rafael-Villas-Bôas-150x150.jpg)
... que as faculdades deveriam incorporar ao seu ensino para formar os líderes do Séc. XXIAs faculdades no Brasil (faculdades essas de quaisquer áreas do conhecimento) buscam muitas vezes diferenciar-se pela oferta de serviços laterais que, em diversas situações, estão pouco ou nada, relacionadas à sua atividade fim. Dessa forma, e na percepção do mercado “WI-FI de qualidade”, “uma intensa vida social” ou “vagas de estacionamento” acabam sendo elementos diferenciadores em um universo onde os cursos e as comunicações desses programas se assemelham de forma assombrosa. A transmissão do conhecimento dá-se hegemonicamente e é sistematizada em cursos superiores, tal qual a promoção desses programas ao mercado. Quando não enxergam diferenciais concretos os futuros alunos tendem a se sensibilizar por esses supostos diferenciais periféricos ou pela conveniência de promissoras condições financeiras ou de uma localização mais favorável. Ao aceitar essa perspectiva – que existe uma tendência a “equiparação” da oferta nesse segmento - os gestores precisam extrapolar sua visão sobre o objetivo de seus cursos e, com empatia, “calçar os sapatos de seus clientes” e enxergar o mundo por meio de seus olhos respondendo a pergunta: “o que aspiram meus alunos?”. E a resposta que salta para quem analisa pesquisas “sócio educacionais” é: “tornar-se um profissional de sucesso”. Os alunos a revelia de terem se matriculado em Pedagogia, Direito ou Engenharia desejam tornar-se futuros, Professores de sucesso, Advogados de sucesso ou Engenheiros bem sucedidos em suas carreiras. Sob essa ótica, as instituições vêm atendendo a parte do desejo de seu alunado formando profissionais com notas mais ou menos altas no ENADE, mas deixando a responsabilidade sobre questão “bem sucedidos” estritamente subordinada ao “conhecimento” que agregam na passagem desses pela sua graduação. Não temos a pretensão de responder o que “é o sucesso” nesse artigo. Temos, contudo, o anseio de criar algumas reflexões sobre o tema. Sabe-se que a relevância no mercado de trabalho atualmente é decorrente não apenas de informações técnicas (essas originadas nas salas de aula da educação superior), mas de um conjunto que os profissionais de Recursos Humanos vêm nomeando como CHA (acrônimo de Conhecimentos[1], Habilidades e Atitudes). Ao ponto de – em uma recente pesquisa de mercado realizada em uma capital do nordeste e conduzida por mim – com esses gestores de Recursos Humanos (especificamente da área de recrutamento e seleção) dos 100 maiores contribuintes do ICMS e ISS, as questões atitudinais terem se destacado entre os respondentes. Resposta à questão: “Se sua empresa desejasse hoje contratar algum colaborador, independente do cargo, e fosse necessário escolher a CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE a serem observadas no candidato a esta vaga, que características seriam estas?”.
![Tabela 1 - fev2015](http://abmeseduca.com/wp-content/uploads/2015/02/Tabela-1-fev2015.jpg)
![Tabela 2 - fev2015](http://abmeseduca.com/wp-content/uploads/2015/02/Tabela-2-fev2015.jpg)
![Foto - fev2015](http://abmeseduca.com/wp-content/uploads/2015/02/Foto-fev2015.jpg)