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Grande desafio brasileiro: inserir o país na dinâmica da economia mundial

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

07/04/2015 04:15:24

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular
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Nossas universidades precisam ser vetores de desenvolvimento industrial. Engajá-las na criação de empresas de tecnologia será necessário para termos companhias globalmente competitivas”. (Luiz M. França-Neto)
Antes de visitar um amigo no hospital na quinta passada, assisti na TV à situação caótica das estradas nas quais motoristas e passageiros com seus milhares de carros mostravam-se ansiosos para chegar ao destino, para aproveitar o feriado prolongado. Logo após, tive uma visão oposta. No átrio do hospital, dezenas de atendentes, enfermeiros, auxiliares e médicos se movimentavam em suas múltiplas tarefas sem se preocuparem com a data, porque estavam em sua rotina diária de atuação. Lazer e trabalho movimentam a economia e isto ficaria mais real se um observador de longínquo ponto do universo pudesse ver o que é o formigueiro humano de uma jornada de trabalho e suas múltiplas trocas nos serviços, no comércio, na produção, nas relações humanas e nos sistemas de informação e de transportes. Centenas de milhares de homens e mulheres de todas as idades, profissões e níveis de especialização fazem a roda da economia e da vida circular 24 horas por dia. Cada qual com seus objetivos, habilidades e competências visando progredir com seu esforço pessoal e contribuir para o desenvolvimento do país. Sem dúvida alguma, a força do trabalho move uma nação e o progresso se faz com gente preparada e alvos concretos de realização. As maiores potências da Europa, da América do Norte e da Ásia sempre tiveram como preocupação principal a preparação de recursos humanos como estratégia para seu desenvolvimento social, cultural e econômico. E, dentro da perspectiva de seus sistemas educacionais, tornaram-se importantes para alcançar o sucesso de suas ambições de nação. No livro "América", escrito em 1933, Monteiro Lobato, então adido comercial nos Estados Unidos (EUA), deslumbrado com o país, relata o esforço descomunal americano em aliar o aço e o petróleo de seu subsolo à formação de cérebros nos já existentes 800 colleges e 80 universidades do país. Ele previa: "nossos bisnetos verão o que será a América daqui a 100 anos com todo o poderio de sua inteligência". Somente a educação pode reverter a desigualdade social e transformar um país em potência. Nos EUA, a universidade, mesmo a estatal, sempre cobrou tuitions de seus alunos, mas desenvolveu um sistema de bolsas para que os mais talentosos e sem recursos pudessem estudar. Renomadas universidades americanas acolheram cientistas e acadêmicos perseguidos na Segunda Guerra Mundial e até hoje continuam recrutando cérebros oriundos de todas as partes do mundo. Sabe-se que o presidente Barack Obama quer concluir seu governo deixando todos os estudantes com a idade de 18 a 24 anos na universidade. Na Coreia do Sul, há cerca de cinco universidades de ponta com ensino gratuito para os melhores pré-universitários concorrerem. O Estado investe na formação de profissionais qualificados para contribuir com o desenvolvimento da Nação. Os demais alunos precisam contar com o apoio das famílias para custear seus estudos e garantir o futuro no mercado de trabalho. Nos países socialistas, as pessoas, depois de formadas, prestam serviços gratuitos ao Estado como forma de retribuir aos contribuintes o que foi pago pelos seus estudos. Luiz M. França Neto no artigo “Convocando todos os talentos da Nação” traz o seguinte comparativo:
“O Japão cresceu sua economia onze vezes de 1950 a 1980. O Brasil cresceu só quatro vezes nesse período. Empresas da Coreia do Sul receberam 14,5 mil patentes nos EUA em 2013. No mesmo ano, o Brasil recebeu 254. Tanto Japão como Coreia estabeleceram instituições políticas adequadas, mas investiram em educação em ciência e tecnologia para criação de novas empresas.”
Acrescento que a China há quarenta anos era conhecida como vendedora de bugigangas e hoje é líder mundial de tecnologia. O Brasil possui 7,5 milhões de universitários e os EUA, 23 milhões. De acordo com o articulista, “Nossas universidades precisam ser vetores de desenvolvimento industrial. Engajá-las na criação de empresas de tecnologia é necessário para termos companhias globalmente competitivas”. É ponto pacífico que o desenvolvimento de um país decorre da capacitação de seus recursos humanos. Sendo assim, os estados pelos seus sistemas educacionais procuram formar os profissionais para este objetivo. Será que os nossos planejadores de desenvolvimento têm uma visão sistêmica do setor educacional e de sua relação com o progresso do país? Será que o Ministério da Educação (MEC) tem sensibilidade para perceber que isto é mais importante do que a quantidade de livros de uma biblioteca? Será que já não seria tempo de se avaliar o custo benefício da universidade pública gratuita ou será que ela está servindo apenas para aumentar as desigualdades sociais? Não temos no Brasil uma visão de médio e curto prazos para apontar a melhor trilha que sirva de diretriz para o país crescer. O que se vê é uma ação reativa imediatista (operação tapa-buracos) sem uma visão maior dos caminhos e do tipo de recursos humanos que o país necessita para seu desenvolvimento. O que se tem é um Plano Nacional de Educação (PNE) que busca objetivos de per si, não integrados em um todo maior. Por exemplo, há metas para a melhoria da qualidade de indicadores para o ensino básico e superior, mas estes não se interagem. Não obstante se tenha que aprofundar a questão de recursos humanos altamente qualificados, é necessário compreender que há um nível mínimo de educação superior que o país massivamente precisa enfrentar. Aqui se está falando de inclusão social em educação superior. Aqui se trata de apoiar recursos humanos minimamente qualificados para prover um maior grau de participação social e de formação cidadã a um enorme conjunto de brasileiros que anseia por ascensão social. Como inserir vantajosamente nosso país na dinâmica da economia mundial é o desafio que obstinadamente precisamos perseguir. Para viabilizar esta intenção, há necessidade de se estabelecer uma rede de relações entre empresas, universidades, tecnologia, empreendedorismo, ciência, inovação, agricultura, institutos de fomento, cérebros e talentos criativos. A finalidade é garantir a democracia, erradicar a pobreza, distribuir renda, alavancar empregos, promover justiça social e tornar felizes os brasileiros.  

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