• portugues-Brasil
  • ingles
  • espanhol
  • Associe-se
  • Newsletter
  • Imprensa
    • Assessoria
  • Contato
  • CAA
  • Associados
  • Associe-se
  • Newsletter
  • CAA
  • Contato
  • Associados
  • Blog
  • Portal ABMES
  • LInC

De pires e caneca na mão

Roney Signorini

29/07/2015 04:44:14

Roney SignoriniProf. Roney Signorini Assessor e Consultor Educacional roney.signorini@superig.com.br *** Meus leitores me cobram um posicionamento mais duro e até belicoso com as autoridades de governo que tratam da educação, nos três níveis da federação. Se não bato, também não elogio alguma medida, iniciativa ou programa que vise o estudante, a academia e os empreendedores do setor. É conduta quase felina. Mas, vez por outra, o noticiário incita a se “pegar em armas” porque extrapolam o racional, o equilíbrio e o sensato. Foi o que aconteceu há alguns dias quando Jéssica Nascimento noticiou pela UOL que a baiana Georgia Gabriela da Silva Sampaio, 19 anos, filha de cabeleireira e de um comerciante, foi motivo da grande informação nos noticiários porque lograra ser aceita em nove faculdades dos Estados Unidos (Jovem passa em nove universidades dos EUA e arrecada dinheiro para viagem). O lado ruim da notícia foi o de que a jovem tem de ir à luta para arrecadar US$ 6.200,00 para pagar “visto, passagem e compra de livros, além de roupa de inverno e inscrições a congressos”. Até a publicação da matéria, só havia arrecadado US$ 2.400,00. E isso em razão da vaquinha online, feita pelo endereço www.patreon.com/georgiagabriela?ty=h Esse é um expediente chamado de crowdfunding (financiamento da multidão). Sua primeira opção foi a Universidade Stanford, e Georgia conta, para sua empreitada, com essa vaquinha online porque se esperar por alguma atitude do governo para “ajuda-la”, por certo, chegará atrasada às aulas que iniciam no dia 12 de setembro; sequer entrará pela porta da universidade. Como a nação é das mais solidárias no planeta, consta que a ajuda já bateu em US$ 11.115,00 até o início da manhã do dia 27/07/15. É pouco? Foram 305 contribuições. A razão do sucesso nas universidades americanas se deveu a um estudo/pesquisa que a moça baiana, pretendente a engenheira biomédica, realizou sobre um novo método de diagnosticar a endometriose, tendo sido premiada pela Universidade Harvard. Sem rancores ou revanchismos, a estudante foi direto ao ponto: "Por todo este tempo, procurei apoio em universidades e instituições públicas brasileiras e não encontrei nenhuma instituição que pudesse me dar suporte. Precisei dar continuidade ao meu projeto por conta própria e precisei sair do Brasil para que me ouvissem”. Geórgia sempre estudou em escolas particulares por meio de bolsas na cidade de Feira de Santana e foi com excepcional aplicação que, além das faculdades americanas, também foi aprovada em quatro vestibulares no Brasil: dois na Universidade Federal de Feira de Santana e dois na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os cursos escolhidos foram engenharia civil, da computação, elétrica e eletroeletrônica. O extraordinário fica por conta do apoio que a estudante recebeu no Brasil, em grande parte de pessoas físicas com o empréstimo de livros e contribuição direta com o estudo. Muito motivada, a baiana diz que seu maior sonho é impactar a rede pública de saúde com a inovação. A outra notícia, desalentadora, foi publicada no Estadão há mais de um ano, porém vale (re)lembrar a quantas andam as coisas no quesito responsabilidade educacional porque as consequências são inimagináveis, os resultados desastrosos para todos os atores que compõem a cena. Dizia a notícia que o MEC manda 110 bolsistas voltarem do exterior, uma verdadeira bomba, de desperdício, de incúria, de inimaginável senso na percepção e repercussão do desastre imposto aos estudantes, que retornam com a mão abanando. De uma parte, o governo já havia “financiado” perto de US$ 12 mil para cada estudante. De outra parte, eles não foram aprovados em exame de proficiência em inglês (o grande motivo do repatriamento) embora tivessem flanando pela Austrália e Canadá desde 2013. Muito estranho que não tivessem se habilitado na língua que seria de se supor já estivessem aptos antes mesmo de deixar o Brasil. Negligência, desídia, favoritismo dos avaliadores por aqui? E agora, como fica o pouco obtido no estrangeiro, enquanto estudos ou simulacros de aprendizagem? Quem paga(ou) por tão grande inconsequência cujos estudos não terão continuidade? O que fazer numa situação dessas, o governo deve procurar por indenizações? Mais do que justo? Para concluir, uma cearense, Nayane Tiraboschi, 24 anos, é aplaudida por uma conquista incomum de ter se submetido a avaliações de admissão ao mestrado na Europa, não por exames, mas pela trajetória curricular, e por ter sido aprovada em 5 universidades além de contemplada com duas bolsas destinadas para toda a América Latina. Mas a notícia (Cearense é aprovada para mestrado em 5 universidades da Europa) carrega um lado negativo quando ela afirma “Eu sempre quis estudar, na área de Direito, mediação e conciliação. Mas no Brasil essa parte é pouco divulgada”. Fácil entender o desencanto da cearense quanto aos cursos aqui no País. As universidades nas quais Nayane conseguiu vaga foram a Queen Mary University (Londres), onde obteve a única bolsa disponível para a América Latina; Universidade de Westminster (Londres); Trinity College (Dublin); University of Fribourg (Suíça), onde conseguiu uma das duas bolsas disponíveis para estudantes da América Latina; e na Tilburg University (Holanda). E essas são só três pérolas cor de champanhe do colar educacional brasileiro, com tantas outras pipocando na mídia e gente falando no potencial transformador e que é necessário estreitar as conexões entre empresas e universidades, como ocorre nos EUA. Por aqui, essa parceria não vai dar certo porque a universidade só quer saber de teses e dissertações enquanto a indústria só quer lucro, nada de teorias. Quem viver verá os muitos seguidores de Thomas Morus brandindo lápis e canetas no apoteótico desfile dos cadernos e livros rasgados.  

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

10/12/2025

6 

2025: um ano para ficar na história do Brasil Educação

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

08/12/2025

2 

Pesquisa para todos: por que o PIBIC não pode excluir a EAD

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

01/12/2025

2 

Censo da Educação Superior

...
...
...
...
...
...
Previous Next

ABMES

  • Portal ABMES
  • Central do Associado ABMES
  • Associe-se
  • Contato

Serviços

  • ABMES Podcast
  • ABMES Play
  • ABMES Cursos
  • ABMES Lab

ABMES Blog

Atualizado diariamente, o blog da ABMES reúne artigos de gestores, reitores, coordenadores, professores e especialistas em diversos temas relacionados ao ensino. São inúmeros debates e pontos de vistas diferentes apontando soluções e melhores práticas na luta por uma educação cada vez mais forte e justa.

ABMES Blog © 2020