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Criatividade, descoberta, invenção e inovação

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

04/11/2015 05:39:05

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular
***

A criatividade é o recurso mais fecundo com que o homem, desde sempre, procura dominar seus inimigos atávicos: a fome, o cansaço, a ignorância, o medo, a feiura, a solidão, a dor e a morte. Em cada esquina do planeta, em cada fase da sua evolução, a criatividade humana consegue atribuir uma forma ao caos e dar um significado as coisas. 

Domenico De Masi (do livro “Criatividade e Grupos Criativos”)

  Desde criança, por meio de suas ilustrações, Leonardo Da Vinci tentava descobrir como as coisas funcionavam. Ele analisava cada detalhe e os desenhava. O mesmo ocorria com suas invenções: desenhava-as e depois fazia anotações no esboço, todas escritas ao contrário. Para decifrá-las, seria preciso colocá-las na frente de um espelho. Certamente, ele queria evitar que “roubassem" suas descobertas e invenções ou as divulgassem antes de estarem totalmente prontas. Esse cuidado de Da Vinci ilustra bem os quatro conceitos que quero esclarecer: descoberta, invenção, criatividade e inovação. A inovação, segundo definição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é a implementação de uma invenção, um produto, bem ou serviço novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou uma estratégia de marketing ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações empresariais. Para simplificar, a inovação é percebida pela sociedade quando adotamos produtos ou serviços que melhoram nossas experiências, nos tornam mais produtivos, agregam alguma dimensão de qualidade às nossas vidas. Isso se relaciona diretamente ao processo criativo, visto que, a criatividade , é o pontapé inicial da inovação. Um exemplo disto é o post-it. Em 1968, Spence Silver, um pesquisador da 3M, inventou um novo adesivo, que não tinha forte aderência quando aplicado às fitas. Durante mais de cinco anos Silver procurou sem êxito uma utilidade para o seu invento. Sua cola era uma invenção, mas não uma inovação. Foi quando Art Fry, que, além de trabalhar na 3M, cantava no coral da sua igreja, resolveu experimentar a cola nos marcadores de páginas de seu livro de cânticos. Surgia o post-it, uma inovação da 3M que reinou sozinha durante longo tempo. O tema criatividade tem sido abordado em diferentes áreas, caracterizando, assim, a natureza inter e transdisciplinar do conceito, que se estabelece como um valor contemporâneo ajustado aos objetivos mais diversos. Vale ressaltar, que o processo criativo é de domínio público, ou seja, todos nós nascemos criativos. Podemos dizer que a criatividade é que nos distingue dos animais. Aliás quem afirma isto é Carl Gustav Jung, que considera a “criatividade um instinto a mais que o ser humano possui em relação aos animais”. O que precisamos é aprender a desenvolver nossas habilidades e nosso “viver criativo” pelos hábitos e processos mentais que favoreçam o exercício da criatividade. É importante observar que o nosso mundo está passando de uma economia industrial a uma economia do conhecimento, mutação reforçada pela revolução digital, definida por muitos como a terceira grande evolução da humanidade, depois do surgimento da escrita e da imprensa. Nesse maravilhoso mundo novo, o valor do indivíduo não está em possuir conhecimento, mas em ser capaz de utilizá-lo, combiná-lo e fazer conexões. Isto quer dizer que quanto mais ideias se tiver, mais probabilidades de iniciativas poderão vingar. Como já tenho feito em alguns artigos, quero relacionar a Criatividade à Educação, atentando para a necessidade atual de valorizar o processo de ensino e aprendizagem voltado ao desenvolvimento de competências e habilidades para atender a esse novo e exigente contexto histórico-social. Essas mudanças cobram que se desenvolvam competências (mobilização dos conhecimentos e dos esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos) e habilidades (que estão relacionadas ao “saber fazer” e são inseparáveis das ações) que permitam aos alunos/profissionais agirem de maneira criativa e inovadora num processo coletivo, colaborativo, aberto, que abrigue diferentes perfis e olhares para situações e problemas reais, que possam melhorar a sociedade e a vida das pessoas, e consequentemente a educação. Boa parte da grande transformação dos processos educacionais não está no que fazer, mas no como fazer. Por tratarem do ensino formal e conteudístico, as escolas repetem o momento cartesiano do modelo científico, a linearidade na construção e resolução de problemas, já o processo criativo, que coloca a humanidade em movimento, está justamente na capacidade de fazer conexões não lineares, como o caso dos breves exemplos citados neste artigo. Por isso, a importância da valorização do ensino e aprendizagem por competências e habilidades. A competência em mobilizar conhecimentos prévios, mas ampliá-los também com novos, construindo a capacidade de estabelecer conexões. As habilidades em colocá-los em movimento, em ação, fazendo as conexões, na resolução de problemas e desafios reais, agregando-lhes valor colaborativo, social, emocional e coletivo. O ensino baseado em problemas permite que o aluno busque o conhecimento nos inúmeros meios de difusão da informação hoje disponíveis e aprenda a utilizar e a pesquisar esses meios. A diversidade, ao contrário da unicidade, é que pouco acrescenta. O desafio é saber quais competências são exigidas por um processo de criatividade e inovação. A brochura Un tableau de bord des compétences essentielles pour la créativité et l’innovation lista seis dimensões que precisam ser dominadas em três grandes áreas:
  • Saber: 1) dominar uma disciplina de base e combiná-la com conhecimentos diversos;
  • Saber-Ser: 2) conhecer-se e conhecer suas motivações profundas; 3) possuir um estado criativo; 4) cultivar a inteligência coletiva (uma vez cada indivíduo domina mais uma competência do que outra);
  • Saber-Fazer: 5) processos, métodos e técnicas de criatividade e inovação; 6) ferramentas.
Numa cultura que favorece a criatividade, não podem faltar a tolerância ao erro, a abertura e um clima que favoreça a autonomia do indivíduo, além de práticas e sistemas de recompensa, líderes motivadores, recursos suficientes em termos de tempo, infraestrutura e finanças. “A criatividade não é nova, tampouco a economia, mas o que é novo é a natureza e a extensão da relação entre elas e a maneira como elas se combinam para criar um valor e uma riqueza extraordinários, ensina John Howkins. Nessa perspectiva, só a postura de estudo e aprimoramento permanente torna possível a sobrevivência profissional, valorizada em um mundo de economia e conhecimentos globalizados, onde o grande ativo econômico é a criatividade. Nesse novo contexto, é fundamental o papel das Instituições de Ensino Superior para a transformação desse conhecimento em valor social de desenvolvimento sustentável individual e coletivo.  

05/11/2015

Marcos Antonio Dias

Prezado Sr. Gabriel Mário Rodrigues, Parabéns pelo texto, A afirmação que "...processos educacionais não está no que fazer, mas no como fazer" e a ausência da palavra tecnologia, sob meu ponto de vista, nos desafia a fazer parte do processo criativo, bem como provocar os alunos a encontrar diferentes soluções para um problema.

05/11/2015

Cleber Modesto

Texto inspirador, reitera que mesmo com todas as dificuldades confirmamos que estamos no caminho certo.

05/11/2015

Amarildo Busnardo

Muito bom o texto com grandes exemplos de descobertas. devemos olhar para o simples e reaprender a pensar sobre tudo o que nos ensinaram.

05/11/2015

Augusta Maria Bicalho

Excelente artigo.Entendo e coaduno com este proposta.Creio que precisamos avançar mais rápido na Educação Básica e Ensino Superior do Brasil. Muito bom.

05/11/2015

Adelaide Pincowai

Perfeito! Deus nos deu a inteligência, é para nós desfrutarmos dela. Cada vez mais criarmos e é criando que se descobre um novo mundo.

05/11/2015

ALEX ALVES BASTOS

Texto excelente! Com bons apontamentos, críticos e reflexivos, para a realidade pessoal e profissional. Além da possibilidade de desdobramentos para outros assuntos de interesses e temas correlatos que agregam conhecimento e sabedoria ao percurso.

05/11/2015

Iris Aparecida Alves da Silva Ferreira

Excelente artigo. Trata, de maneira clara, objetiva e esclarecedora, das tão comentadas "competências e habilidades", dando-lhes significado, ao relacioná-las à criatividade e inovação. Recomendo a todos os educadores!

05/11/2015

Nilva

Muito bom...objetivo e criativo!!!

05/11/2015

Rubens Antonio Bzze

Aprendizagem, desabrochar a criatividade que esta em nosso interior sem medo, fazendo uso da nova tecnologia que esta na mídia da década de 2020. (Vamos lá se solte)

05/11/2015

Michele Valverde

Extremamente interessante e de imensa valia este artigo. Todos os dias nos deparamos com a necessidade de ser criativo, de inovar e, principalmente, de colocar em prática essas qualidades, não apenas no mundo corporativo, mas em todas as áreas da vida. Neste mundo em constante mudança é preciso se adequar a todo momento. A criatividade é bem precioso na atualidade.

04/11/2015

NORMA ASTRÉA NUNES GRÜNEWALD

Prezado Sr. Gabriel Mário Rodrigues, Seu texto é brilhante dos pontos de vista linguístico e metodológico,mas não são apenas eles que me fazem elogiá-lo, e sim o fato de o mesmo traduzir aquilo que a Kroton Educacional tem feito pela educação de mais de um milhão de alunos e professores:ensinar a não ter medo do novo, a criar, a "keep up to date", a acompanhar o mundo em seu processo natural de evolução. O desafio atual deve se assemelhar àquele pelo que passaram nossos ancestrais, que, talvez, cansados de vigiar o fogo, ousaram buscar alternativas que o garantissem de maneira menos primitiva.Assim como eles,minha companhia enxerga para além do que muita gente ainda não vê, por isso, pertencer aos seus quadros me inspira a jamais temer que "o fogo se apague". Parabéns!!

04/11/2015

Agnaldo Alves

Isso fez parte dos princípios da Uniasselvi desde a sua criação. Saber Fazer.

04/11/2015

PAULO VADAS

Prof. Gabriel gostei muito das suas colocações, principalmente no que se trata da valorização do processo educacional voltado ao desenvolvimento de competências - um grande passo de mudança de foco que sai do foco no ensino e parte para o foco na aprendizagem. Essa mudança de foco, porem, requer uma transformação profunda nos processos educacionais – requer uma verdadeira reengenharia do sistema educacional em torno da aprendizagem, desenhada para o sucesso do individuo, onde o importante é o resultado da aprendizagem e não o tempo de estudos (carga horária do curso), nem a média das notas (uma aberração no sistema de avaliação corrente), e tampouco a estrutura curricular baseada em disciplinas oferecidas arbitrariamente (processo cartesiano ultrapassado, como o senhor bem notou). Neste sentido, chamo a atenção ao artigo publicado pela International Association for K-12 Online Learning – iNACOL intitulado: “When Success Is the Only Option: Designing Competency-Based Pathways for Next Generation Learning” que adverte: Sem parâmetros definidos, as escolas virtuais estão presas ao sistema baseado no tempo de carteira. Sem uma política clara de educação baseada em competências, elas acabam operando da mesma forma que as escolas tradicionais, oferecendo disciplinas com cargas horárias, horários de estudos pré-estabelecidos, número de alunos por professor, etc., e acabam não se aproveitando de todas as vantagens de liberdade de aprendizagem que o sistema online oferece. (traduzi do artigo - http://www.inacol.org/wp-content/uploads/2015/03/iNACOL_SuccessOnlyOptn.pdf). Por outro lado, em relação à questão da Criatividade vs. Educação (sim, coloquei "vs" porque a educação formal, como estruturada nos dias de hoje, é a antítese da criatividade) há muito que se mudar. Se a criatividade é inata a cada pessoa, a educação formal é um processo de condicionamento comportamental que "disciplina" o ser humano, para uma "formação" predefinida, em função de um "curso" específico que enquadra cada pessoa nos parâmetros aceitáveis da sociedade. No Brasil, onde a cultura da Casa Grande e Senzala ainda prevalece, vários ditos promovem ainda mais essa visão ordenação/subordinação. Tais como: • "Manda quem pode, obedece quem tem juízo" • "Seja o que Deus quiser" • "Coloque-se no seu lugar" • "Você sabe com quem está falando?" • "É uma criança bem educada" (equiparando a "boa" educação com o bom comportamento) Óbvio que em qualquer sociedade há a necessidade de certo ordenamento que mantenha a sociedade coesa. Ao mesmo tempo, a criatividade requer um ambiente que promove a liberdade de pensar e de incentivar e desenvolver os talentos naturais, individuais. Estes os grandes desafios da educação formal: • Como favorecer a individualidade e o potencial criativo de cada pessoa em um ambiente que, pela sua própria natureza, restringe e cerceia a liberdade do individuo em prol da massificação de comportamentos e de valores comuns? • Como manter o individuo criativo por excelência (os grandes gênios), dentro de um sistema educacional que, para ele, não vai ao encontro dos seus anseios educacionais? E, • Como criar um sistema educacional que permita a individualização massificada (leia-se: economicamente viável)? Encontrar um equilíbrio entre o individual e o social é um desafio e uma discussão constante, inclusive aqui nos Estados Unidos. Mas, com as novas tecnologias de comunicação e informação, é um equilíbrio perfeitamente possível de se atingir. Agora, só falta abordar esse desafio e criar o ambiente adequado para sua concretização.

04/11/2015

Tales Castelo Branco

Caro Gabriel, Parabéns pelo belíssimo artigo. Você tem autoridade moral para ditar essa magnífica lição de vida. Grande abraço, Tales.

04/11/2015

Mirian Nere Martins

O artigo me faz refletir sobre como o mundo encontra-se em um estágio tão adiantado de revolução do conhecimento com forte influência da revolução digital, enquanto que as instituições de ensino ainda encontram-se tão focadas em desenvolver o conhecimento pelas metodologias mais tradicionais. Uma constatação, do ponto de vista de uma gestora de Recursos Humanos, com especialização em Educação Corporativa e Treinamento e Desenvolvimento, que leciona em cursos de administração, é que a Revolução do Conhecimento precisa ser avaliada e aplicada à Educação, principalmente no nível superior de ensino. E aqui não vai nenhuma crítica, apenas uma sugestão de análise das oportunidades que esse novo mundo pode oferecer às IES, caso as mesmas enxerguem e implementem metodologias com as que o artigo indica, visando desenvolver a Criatividade para gerar Inovação relevante. Formando profissionais inovadores, capazes de aplicar seus conhecimentos a casos práticos, resolvendo problemas, encontrando soluções jamais pensadas antes, que possam contribuir para que o futuro nos pareça mais real do que aquele projetado em filmes de ficção científica do cinema, televisão, netflix, internet, mobile, sistemas de realidade virtual, e sabe-se lá em que outras plataformas e tecnologias que possam surgir, pois isso é possível.

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