Larissa Rêgo

Psicóloga, Pós-graduada em Gestão de Pessoas

Tribuna do Norte, publicado em 24 de outubro de 2010

*** Entrar no mercado de trabalho vem se tornando um desafio cada vez maior para as pessoas que estão concluindo o ensino médio e até mesmo, o ensino técnico e superior. Há quem diga que há falta de oportunidades, em contra partida muito se fala em escassez de mão de obra qualificada. Ao mesmo tempo em que crescem o número de faculdades particulares e as oportunidades de cursar o ensino superior, a maioria dos concluintes saem para o mercado de trabalho com conhecimentos teóricos, mas sem a experiência que muitas vezes é exigida na maioria das organizações. Nesse caso, o que fazer quando sobra o conhecimento e falta a experiência? O primeiro conselho que eu dou é: Faça o possível para obter experiências profissionais quando ainda estiver estudando, seja ensino médio, técnico ou superior, se cadastrando em instituições que direcionam o aluno para vagas de estágios, uma prática que cresce cada vez mais nas organizações, em parceria com as instituições de ensino, proporcionando ao aluno a possibilidade de por em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula, e abertura para o mercado de trabalho. Em segundo lugar, não se pode ficar esperando que as oportunidades “caiam do céu”. As empresas valorizam as pessoas que são determinadas e vão à busca de seus objetivos e metas, sendo um reflexo das atitudes enquanto colaboradores.  Portanto, liste as empresas que despertam seu interesse e distribua seu currículo, ou acesse seus sites, muitos deles possuem um cadastro virtual para alimentar seus bancos de talentos. Ao alcançar sua inserção no mercado, a nova preocupação que surge é se manter nele. O dinamismo do mercado de trabalho, que busca sempre profissionais cada vez mais qualificados, pede que o foco seja ter sempre um preparo contínuo através de novos cursos e constante reciclagem, pois, não há quem já domine todo o conhecimento suficiente para exercer sua função. Terceira dica: Não se de por satisfeito porque já “conquistou” sua função dentro da empresa, pessoas acomodadas não evoluem e correm o risco de não permanecerem muito tempo na organização. Embora a qualificação técnica seja de suma importância, como já citado anteriormente, o lado comportamental também deve ser desenvolvido. A quarta dica é o autoconhecimento. Conhecer a si mesmo, ter consciência de suas qualidades e seus defeitos, vícios e virtudes, ajudam no desenvolvimento pessoal. É a prática do autoconhecimento que faz com que algumas pessoas sejam mais seguras de si, mais estáveis emocionalmente enquanto outras se perdem e se desesperam quando algo acontece. Ter facilidade para se relacionar com as pessoas, sejam pares, subordinados e superiores hierarquicamente, torna o ambiente de trabalho mais harmonioso e promove a troca de idéias e experiências. Seja também, ágil e dinâmico, em um mercado que muda sem parar, a agilidade para obter novos conhecimentos se tornou uma habilidade valorizada, assim, adquira e alimente o interesse pela leitura. Ter conhecimentos gerais além de ter se tornado um diferencial, pode amenizar climas tensos.  Além de dominar o atributo de conversar bem, saiba ouvir e lembre-se sempre, a qualificação nunca deve se estagnar, procure sempre fazer cursos que possam agregar crescimento, como informática, idiomas e outros específicos da sua área de atuação. Todo esse conhecimento técnico, somado ao comportamento social é a receita do profissional que o mercado busca na atualidade. Com todas essas dicas, talvez possa parecer muito difícil e complicado evoluir profissionalmente no mundo atual, mas na verdade, torna-se muito simples quando se tem bom humor, alegria de viver, amor pelo próximo, determinação e prazer pelo que faz.