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O futuro que começou semana passada

Ronaldo Mota

Diretor-Secretário da Academia Brasileira de Educação e Professor Titular de Física aposentado da Universidade Federal de Santa Maria

05/01/2016 05:34:25

Ronaldo MotaRonaldo Mota Reitor da Universidade Estácio de Sá http://reitoronline.ig.com.br *** As tecnologias digitais promovem uma revolução profunda, rápida e totalmente abrangente. Nenhum setor da sociedade deixará de ser atingido fortemente, alguns antes e outros depois. Educação é um desses setores relativamente  tardios, mas, sendo  a marca dos novos tempos a disponibilização plena, instantânea e gratuita de informação, as consequências nos processos de ensino e de aprendizagem serão de grande escala. Para que possamos educar para o futuro, é preciso exercitar ao máximo as reflexões acerca de como ele pode eventualmente vir a ser. No campo da economia, as transformações que assistimos contemporaneamente são meras sombras do que está por acontecer. Sombras porque traduzem reflexos de algo verdadeiro, mas a real dimensão do novo objeto ainda precisamos conferir. A tensão crescente entre o advento do  ilimitado conhecimento, fruto da abundante informação, versus a concepção de mercado, centrada na escassez da oferta que estimula a posse privada, expressa a grande contradição que o capitalismo haverá ainda de enfrentar. Para citar um único exemplo, aquilo que se convencionou chamar de "internet das coisas" oculta uma nova realidade onde o conhecimento e a possibilidade de conexões presentes no objeto serão muito mais importantes e valorizados do que o objeto propriamente.  Karl Marx, pensador do séc. XIX, talvez venha a ser  mais lembrado no futuro pelo texto "Fragments on Machines" do que pelo seu clássico "O Capital". No texto Fragmentos, Marx explora um cenário onde máquinas produzem e pessoas supervisionam, contexto no qual a força produtiva principal seria a informação. O conflito central não seria mais entre salário versus lucro, mas sim acerca do complexo  controle do conhecimento "dentro" das máquinas e o interesse de que ele seja privado ou social. Recentemente, Paul Mason na obra "PostCapitalism" trata da economia depois do capitalismo em uma sociedade imersa no mundo das tecnologias digitais, destacando as dificuldades das economias tradicionais, fundadas no mercado e na escassez de produtos e serviços, frente à inédita realidade de informação abundante e barata. Nesse novo contexto emerge uma economia baseada no compartilhamento e no conectivismo, o que estimula a formação de redes e ofende visões clássicas de individualismos e hierarquias. Da mesma forma, diferentemente da concepção marxista de proletariado, o novo agente motor de transformação social seria formado principalmente por pessoas educadas e conectadas. As disputas atuais envolvendo Uber, Airbnb e similares podem ser somente prévias modestas de atritos significativos por vir, opondo monopólios, bancos e corporações, baseadas no privado e na escassez, versus a possibilidade crescente de acesso pleno a bens e serviços abundantes. Neste novo espaço, devem emergir formas sem precedentes de propriedades, de empregos, de empréstimos, de contratos legais coletivos e tácitos, viabilizando uma economia solidária de compartilhamento.  Esta por sua vez  baseada na  formação de redes, dependente das múltiplas e ilimitadas conexões, e fruto de um universo de produção coletiva, estimulada por pares, os quais são simultaneamente produtores e usuários. Por fim, produtos que hoje nem sequer assim se configuram podem passar a ter valores expressivos. Entre eles, a felicidade genuína. Passaremos talvez a valorizar mais experiências do que coisas, como bem descrito, por exemplo, pelos estudos de Thomas Gilovich da Universidade de Cornell. Se hoje, ilusoriamente, somos o que conseguimos adquirir em bens e títulos,  é provável que no futuro, que começou semana passada, melhor possamos nos descrever como a soma total de nossas próprias experiências. Um Feliz Ano Novo e um leve 2016 para todos!  

05/01/2016

Sonia M Leão de C P Cruz

Ótimo e esclarecedor seu texto ,e um 2016 cheio de realizações , saúde e paz a vocês tb , bjs

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