“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes” - Klaus SchwabO Campeonato Brasileiro de Futebol - Série A pouco a pouco vai se transformando em “Torneio de Veteranos”. Pensando apenas em curto prazo, os clubes renovam suas equipes a cada temporada contratando jogadores com mais de trinta anos. Esse é o modelo do negócio futebol brasileiro: exportação dos melhores craques com 20 anos e repatriação de outros depois dos trinta e tantos. O pior é que agora estão importando argentinos e outros ex-craques bem rodados. Um dos exemplos é Didier Drogba, da Costa do Marfim, 39 anos, que já brilhou no Canadá, na Inglaterra, na Turquia, na França e até na China e que agora vai atuar no Corinthians. A miopia dos dirigentes esportivos faz com que não se perceba que podem até estar resolvendo um campeonato, porém, dessa forma, não se viabiliza o futebol brasileiro, como espetáculo e esporte das multidões. Poucos se preocupam com o futebol de base, em formar novos craques, esquecendo que nunca se resolvem problemas novos usando estratégias ultrapassadas. É o mesmo que acontece com o sistema educacional superior brasileiro. Muitos repetem planos de ensino desvinculados das transformações tecnológicas que estão mudando as competências exigidas pelo mundo empresarial do século 21. Estamos dando sequência a um tema abordado com insistência neste Blog da ABMES, que é a Quarta revolução industrial. Sintetizando, o novo modelo representa a apropriação da inteligência das máquinas para coletar e processar informações necessárias para organizar seus processos de produção. Explicando melhor: Indústria 4.0 ou quarta revolução industrial é um termo que engloba tecnologias de automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas ciber-fisicos, Internet das coisas e Computação em nuvem. A indústria 4.0 facilita a inter-relação das "Fábricas Inteligentes" com as suas estruturas modulares, onde seus sistemas ciber-físicos monitoram os processos e criam uma cópia virtual da realidade e tomam decisões descentralizadas. Com a internet das coisas, os sistemas ciber-físicos comunicam e cooperam entre si e com os humanos em tempo real. Com a computação em nuvem, ambos os serviços internos e intra-organizacionais são oferecidos e utilizados pelos participantes da cadeia de valor. O termo "Indústria 4.0" se originou de um projeto estratégico de alta tecnologia do Governo Alemão, que promove a informatização da manufatura. A primeira revolução industrial mecanizou a produção usando água e energia a vapor. A segunda introduziu a produção em massa com a energia elétrica. A terceira apoiou-se na revolução digital e o uso dos eletrônicos e tecnologia da informação para automatizar a produção. São seis os princípios de projeto na Indústria 4.0. Esses princípios orientam as empresas a identificarem e a implementarem os cenários previstos na Indústria 4.0.
- Interoperabilidade: a habilidade dos sistemas ciber-físicos (suporte de peças, estações de montagem e produtos), dos humanos e das Fábricas Inteligentes de se conectarem e se comunicarem entre si através da Internet das Coisas e da Computação em Nuvem.
- Virtualização: uma cópia virtual das Fábricas Inteligentes é criada por sensores de dados interconectados (que monitoram processos físicos) com modelos de plantas virtuais e modelos de simulação.
- Descentralização: a habilidade dos sistemas ciber-físicos das Fábricas Inteligentes de tomarem decisões sem intervenção humana.
- Capacidade em Tempo-Real: a capacidade de coletar e analisar dados e entregar conhecimento derivado dessas análises imediatamente.
- Orientação a Serviço: oferecimento dos serviços (dos sistemas ciber-físicos, humanos ou das Indústrias Inteligentes) através da Computação em Nuvem.
- Modularidade: adaptação flexível das Fábricas Inteligentes para requisitos mutáveis através da reposição ou expansão de módulos individuais.