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O mundo muda sempre e as escolas nunca mudam

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

17/01/2017 05:53:27

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes” - Klaus Schwab
O Campeonato Brasileiro de Futebol - Série A pouco a pouco vai se transformando em “Torneio de Veteranos”. Pensando apenas em curto prazo, os clubes renovam suas equipes a cada temporada contratando jogadores com mais de trinta anos. Esse é o modelo do negócio futebol brasileiro: exportação dos melhores craques com 20 anos e repatriação de outros depois dos trinta e tantos. O pior é que agora estão importando argentinos e outros ex-craques bem rodados. Um dos exemplos é Didier Drogba, da Costa do Marfim, 39 anos, que já brilhou no Canadá, na Inglaterra, na Turquia, na França e até na China e que agora vai atuar no Corinthians. A miopia dos dirigentes esportivos faz com que não se perceba que podem até estar resolvendo um campeonato, porém, dessa forma, não se viabiliza o futebol brasileiro, como espetáculo e esporte das multidões. Poucos se preocupam com o futebol de base, em formar novos craques, esquecendo que nunca se resolvem problemas novos usando estratégias ultrapassadas. É o mesmo que acontece com o sistema educacional superior brasileiro.  Muitos repetem planos de ensino desvinculados das transformações tecnológicas que estão mudando as competências exigidas pelo mundo empresarial do século 21. Estamos dando sequência a um tema abordado com insistência neste Blog da ABMES, que é a Quarta revolução industrial. Sintetizando, o novo modelo representa a apropriação da inteligência das máquinas para coletar e processar informações necessárias para organizar seus processos de produção. Explicando melhor: Indústria 4.0 ou quarta revolução industrial é um termo que engloba tecnologias de automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas ciber-fisicos, Internet das coisas e Computação em nuvem. A indústria 4.0 facilita a inter-relação das "Fábricas Inteligentes" com as suas estruturas modulares, onde seus sistemas ciber-físicos monitoram os processos e criam uma cópia virtual da realidade e tomam decisões descentralizadas. Com a internet das coisas, os sistemas ciber-físicos comunicam e cooperam entre si e com os humanos em tempo real. Com a computação em nuvem, ambos os serviços internos e intra-organizacionais são oferecidos e utilizados pelos participantes da cadeia de valor. O termo "Indústria 4.0" se originou de um projeto estratégico de alta tecnologia do Governo Alemão, que promove a informatização da manufatura. A primeira revolução industrial mecanizou a produção usando água e energia a vapor. A segunda introduziu a produção em massa com a energia elétrica. A terceira apoiou-se na revolução digital e o uso dos eletrônicos e tecnologia da informação para automatizar a produção. São seis os princípios de projeto na Indústria 4.0. Esses princípios orientam as empresas a identificarem e a implementarem os cenários previstos na Indústria 4.0.
  • Interoperabilidade: a habilidade dos sistemas ciber-físicos (suporte de peças, estações de montagem e produtos), dos humanos e das Fábricas Inteligentes de se conectarem e se comunicarem entre si através da Internet das Coisas e da Computação em Nuvem.
  • Virtualização: uma cópia virtual das Fábricas Inteligentes é criada por sensores de dados interconectados (que monitoram processos físicos) com modelos de plantas virtuais e modelos de simulação.
  • Descentralização: a habilidade dos sistemas ciber-físicos das Fábricas Inteligentes de tomarem decisões sem intervenção humana.
  • Capacidade em Tempo-Real: a capacidade de coletar e analisar dados e entregar conhecimento derivado dessas análises imediatamente.
  • Orientação a Serviço: oferecimento dos serviços (dos sistemas ciber-físicos, humanos ou das Indústrias Inteligentes) através da Computação em Nuvem.
  • Modularidade: adaptação flexível das Fábricas Inteligentes para requisitos mutáveis através da reposição ou expansão de módulos individuais.
É certo que os sistemas ciber-físicos capazes de se comunicar entre si e com os humanos estão no centro da revolução em ascensão e as possibilidades de exploração desse cenário serão milhares. Na reportagem “O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas vidas”, assinada por Valéria Perasso (BBC-Brasil), Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado neste ano, sinaliza que a quarta revolução industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, transformará o mundo como o conhecemos. A industrialização mudará de uma maneira radical e, com ela, o universo do emprego. “Os ‘novos poderes’ da transformação virão da engenharia genética e das neurotecnologias, duas áreas que parecem misteriosas e distantes para o cidadão comum”, aponta a matéria. “No entanto, as repercussões impactarão em como somos e como nos relacionamos até nos lugares mais distantes do planeta: a revolução afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e a desigualdade de renda. Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado ético”. "A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)", diz Schwab. O Fórum Mundial de Davos, realizado em janeiro de 2016, trouxe uma percepção sobre o que os acadêmicos e empresários pensam quando falam da Revolução 4.0: é o espaço das nanotecnologias, dos neurotecnologias, dos robôs, da inteligência artificial, da biotecnologia, dos sistemas de armazenamento de energia, dos drones e das impressoras 3D. Importante alertar, no entanto, que tais ferramentas também serão as causadoras da parte mais preocupante desta quarta revolução, porque o fenômeno pode acabar com mais de dez milhões de vagas de trabalho nos 15 países mais industrializados do mundo. Essa é uma realidade que o setor educacional também será obrigado a enfrentar. Como prever as carreiras e profissões que vão ser demandadas a partir da revolução em curso? Já escrevi em artigo anterior que as empresas e as instituições de educação superior vão precisar se unir, para pesquisar, analisar, refletir e desenhar cenários de curto, médio e longo prazo para o impacto que já começa a ser percebido. É preciso lembrar que, além da missão das instituições, está sua própria sustentabilidade. Ou vamos esperar para quando o MEC estipular as novas Diretrizes Curriculares do Século 22?  

17/01/2017

Mirian Nere Martins

Prof. Gabriel, Como profissional e professora de recursos humanos com ênfase em treinamento, desenvolvimento e educação corporativa, fico muito gratificada e saber que um líder do ensino superior com a sua experiência e importância pense assim. A educação brasileira precisa acordar dessa letargia do berço esplêndido e perceber o que está acontecendo com o mundo, seu artigo é perfeito para esse alerta, e eu espero que muitas mais pessoas do nosso setor o acompanhem, comigo o senhor pode contar, pois alguma coisa precisa ser feita, e rápido. Sugiro um benchmarking com as iniciativas internacionais e adaptá-las para o Brasil, e vamos urgentemente capacitar nossos jovens e adolescentes para essa 4a. Revolução industrial, é a grande oportunidade de melhorar o país. Obrigado por sua determinação e lucidez. Atenciosamente, Mirian Nere Martins

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

Mozart Neves Ramos

Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

28/11/2025

 

A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

Luiz Cláudio Costa

Professor titular aposentado, é ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa); foi presidente do Inep, secretário-executivo do Ministério da Educação e vice-presidente do Conselho do Pisa

25/11/2025

 

Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

24/11/2025

 

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