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Edugenômica: a importância dos gêmeos

Ronaldo Mota

Diretor-Secretário da Academia Brasileira de Educação e Professor Titular de Física aposentado da Universidade Federal de Santa Maria

02/02/2017 05:35:46

Ronaldo MotaRonaldo Mota Reitor da Universidade Estácio de Sá e Diretor Executivo de Educação a Distância da Estácio http://reitoronline.ig.com.br *** Em artigo anterior acerca de genômica educacional, o destaque foi explorar análises entre desempenho escolar e DNA. O foco foi destacar a constatação de que cada educando aprende de maneira única, demandando que ofertemos percursos educacionais múltiplos, tal que cada um possa encontrar os caminhos que melhor possa se adaptar. Genômica educacional, juntamente com as abordagens baseadas na analítica da aprendizagem e o uso dos demais dados de diversos fatores ambientais e sócio-demográficos, viabilizam ingressarmos em um novo cenário de educação permanente ao longo da vida, onde todos aprendem, aprendem o tempo todo e, especialmente, onde cada um deve poder explorar ao máximo suas características e talentos próprios. Precedendo os estudos mais recentes, o debate foi em que medida as diferenças individuais nos desempenhos educacionais eram derivadas de natureza socioambiental geral ou de fatores genéticos. No meio acadêmico, uma aceitável abordagem sobre o tema tem sido desenvolver estudos sistemáticos envolvendo grande número de gêmeos, no qual se comparam gêmeos idênticos com gêmeos fraternos. É assumido que, se os gêmeos são idênticos, eles compartilham 100% de seus genes, e, se os gêmeos são não idênticos, eles têm em comum, em média, apenas metade dos genes. Assim, o pressuposto é que as diferenças nas pontuações dos exames entre os dois conjuntos de gêmeos são basicamente devidas à genética, e não fruto da educação recebida ou do ambiente em que vivem. O principal e mais completo estudo mundial de acompanhamento do desenvolvimento educacional de gêmeos é conhecido como TEDs (em inglês “The Twins Early Development Study”). Este estudo, em curso desde 1994 e envolvendo mais de 15.000 famílias, é baseado no King’s College London, contando com a participação de outras 25 grandes universidades. Os resultados até aqui apontam que essas diferenças têm uma componente genética (hereditariedade) mais relevante do que outras componentes decorrentes de interações com o ambiente. Em uma amostra de 7.500 pares de gêmeos britânicos, analisados nas idades de 7, 9 e 12 anos em letramento e matemática, a média de hereditariedade foi de 68%. Significa que dois terços das diferenças (variâncias) nos desempenhos nos testes escolares dessas crianças podem ser associadas às diferenças genéticas. Tais resultados se mostram inalterados ao final da educação básica, como atestam os resultados no exame denominado Certificado Geral de Educação Secundária (GCSE, em inglês “General Certificate of Secondary Education”), aplicado na Inglaterra e País de Gales. Um estudo envolvendo 11 mil gêmeos idênticos e não idênticos de 16 anos, sugeriu que os genes de cada aluno representavam uma diferença de 58% em seus resultados nas disciplinas básicas de inglês, matemática e ciências, enquanto os fatores ambientais, tais como a escola, bairro e família, têm um impacto de 29%. Fundamental reforçar que esses resultados não minimizam o papel da escola, dado que, mesmo que a hereditariedade tivesse uma predominância de 100% (que não é o caso), a escola continuaria sendo muito importante. Além disso, e tão relevante quanto, ao conhecer as diferenças e respeitá-las, podemos e devemos desenvolver currículos, abordagens e metodologias que sejam desenhadas especificamente levando em conta cada indivíduo e cada circunstância educacional. Da mesma forma, os estudos até aqui desenvolvidos não devem representar nenhum estímulo para, a partir das desigualdades genéticas, priorizar a educação de supostos melhores e, consequentemente, descuidar dos demais. Ao contrário, ao maximizarmos a oferta de trilhas educacionais, respeitando as peculiaridades de cada educando, podemos permitir que todos, sem exceção, possam atingir um patamar mínimo de aprendizagem. Fundamental garantir que, à luz do máximo de informações sobre todos, ninguém seja excluído e possam os educandos, sem distinção, explorar cada qual seus talentos próprios, viabilizando cumprirem suas legítimas expectativas.  

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