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Um olhar profundo sobre a educação

Harry Fockink

15/01/2010 10:04:48

[caption id="attachment_125" align="alignleft" width="200" caption="Harry Fockink"]Harry Fockink[/caption] Harry Fockink Que a educação brasileira é ruim todo cidadão sabe. O que não se parece saber é quão fundo é o poço no qual se meteu o ensino. Essa é a função do livro Educação Básica no Brasil: Construindo o País do Futuro, que contém textos de especialistas de diferentes áreas no assunto. O poço é bem profundo, segundo um dos organizadores do livro, Samuel Pessôa. “Nosso grande erro no século XX foi não ter dado atenção à educação”, afirmou o organizador, durante o jantar de lançamento do livro promovido pelo Instituto Millenium. O livro mostra que o ensino básico só começou a receber alguma atenção há 15 anos, com as primeiras políticas de incentivo à matrícula. O FUNDEF — que fazia o repasse do governo federal aos estados, com base no número de alunos matriculados — foi o primeiro, mas depois vieram o Bolsa Escola, a transformação do FUNDEF em Fundeb e a criação do Bolsa Família. Com esses programas, o Brasil praticamente universalizou o ensino para crianças de 7 a 14 anos e colocou 80% dos jovens de 15 a 17 nas salas de aula. Porém, o nosso atraso em colocar as crianças na sala de aula custou caro. No capítulo Educação, Crescimento e Distribuição de Renda, Fernando Barbosa e Samuel Pessôa relatam como a falta de investimento afetou o Brasil e explicam o efeito que uma boa educação pode ter na sociedade. Enquanto o governo de Juscelino Kubitscheck construía Brasília, a população crescia a uma taxa de 3% ao ano. Já o investimento na educação era de 1,5% do PIB — mal distribuído. O resultado é um mercado de trabalho saturado de pessoas sem qualificação. O efeito histórico pode ser sentido: em 2007, a renda per capita do brasileiro era 35% menor que a do norte-americano. Se formos comparar com nossos vizinhos da América Latina, a situação piora. O Chile, com um dos melhores sistemas de educação do continente, conta com renda per capita 89% maior que a dos brasileiros. Embora os efeitos da educação sobre a renda sejam amplamente aceitos, em A Educação Infantil e sua Importância na Redução da Violência os pesquisadores defendem uma tese considerada politicamente incorreta: pessoas adultas com baixo nível educacional são mais propensas a cometer crimes. De acordo com pesquisas sobre a educação dos norte-americanos, as habilidades cognitivas – que, quando bem desenvolvidas, reduzem a probabilidade de se recorrer a crimes violentos – não são estabelecidas no ensino fundamental, mas ainda antes de se entrar na escola. O dado mais assustador mostra que 93% da diferença na habilidade de raciocínio e sociabilidades entre pessoas se estabelecem até os cinco anos. Ou seja, para diminuir a violência é necessário uma educação infantil e o envolvimento dos pais com a criança. O livro não propõe mudanças para o ensino superior. A razão disso, de acordo com a maior parte dos autores, é que ele faz parte do problema. O articulista da revista Veja Claudio de Moura Castro é autor do capítulo Desventuras do Ensino Médio. Ele lembra que mesmo em países desenvolvidos poucos vão para a faculdade. A maior parte vai diretamente para o mercado de trabalho, enquanto outra vai para o ensino profissionalizante. O Brasil, com a melhor das intenções, busca preparar para as três situações e acaba criando o que Castro chama de “currículo para gênios”: muito o que ensinar, combinado com baixa qualidade dos professores e pouco tempo de aula, faz com que só os gênios aprendam. O problema das faculdades não termina no foco desnecessário dado a ela no ensino médio. Fernando Veloso, um dos organizadores do livro, descreve como a obsessão do governo pelo ensino superior fere os estudantes do nível fundamental. Nosso gasto em proporção ao PIB com educação é igual ao da Coréia do Sul, país modelo na área. No entanto, nosso gasto per capita com ensino superior é de 95%, enquanto os coreanos dirigem 9,3% da renda per capita. “É o mundo da escola olhando para seu próprio umbigo”, escreve Castro. Semana passada, o Ministério da Educação reprovou um terço dos 4.819 cursos de ensino superior avaliados pelo exame nacional de desempenho dos estudantes. É hora de refletir se o poço não é mais profundo do que se pensava.  

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