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Um médico recém-formado deve conseguir interpretar radiografias?

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05/07/2017 04:48:32

Elsevier5Prof.Dr. Renato M.E. Sabbatini* Cientista biomédico Reconhecido especialista em nível internacional em aplicações da tecnologia de informação em medicina *** Em uma notícia considerada assustadora pela imprensa leiga, o CREMESP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) desvendou que nada menos que 80% dos 2.677 médicos recém-formados no estado em 2016, avaliados em uma prova opcional realizada anualmente pela entidade, foram incapazes de interpretar corretamente uma radiografia simples. Esse verdadeiro recorde ocorreu ao lado de outras questões com resultados igualmente vexatórios, acima de 70% de erros, versando sobre várias doenças muito comuns e fáceis de diagnosticar e tratar, que os estudantes deveriam saber, pois já podem legalmente exercer a medicina. Como professor de faculdades de medicina que fui, por 45 anos, a situação não me surpreende. Especificamente no caso da radiologia, normalmente o estudante entra em contato com muitas imagens ao longo de seu curso de estudos, e que são usadas como meio complementar de diagnóstico e de seguimento em praticamente todas as áreas clínicas da medicina. Embora se intensifique nos dois anos finais do internato, esse contato é geralmente superficial, e as imagens vêm já com diagnóstico firmado por um especialista, sendo que ao estudante se dá pouca chance de observar com detalhe, praticar e discutir com seus preceptores a interpretação das mesmas. A disciplina de radiologia, propriamente dita, é opcional na maioria dos cursos de graduação, e mesmo assim costuma ter menos de 60 horas de carga didática total, com muita teoria e pouca prática. Mais do que isso é impossível dar, em um curso de seis anos de duração, com mais de 12.000 horas de ensino, atulhado até o limite do intolerável com informações que deixam pouco rastro na memória dos estudantes. A radiologia (agora melhor chamada de imagenologia, pois abrange outras modalidades de exames de imagem além dos raios X, origem do seu nome) é aprendida somente através de extensa prática de exposição a um grande número e variedade de imagens das mais diversas partes do corpo e patologias associadas. Trata-se, portanto, de um exercício de repetição de reconhecimento visual, de talvez, dezenas de milhares de imagens normais e anormais. A elas, o estudante deve ainda aprender a associar os demais dados clínicos do paciente do qual foi obtida a imagem, como sinais, sintomas, patologias associadas ou pregressas, história clínica e familiar, hipóteses feitas pelo clinico, etc. Um radiologista genericamente competente é formado em nível de pós-graduação (residência) médica, bem como por vários anos de experiência prática, e não é no final do curso de graduação que se espera que ele tenha atingido esse nível. Como médico jovem, certamente ele vai ter que confiar nos especialistas. No entanto, recursos tecnológicos modernos têm o potencial de acelerar dramaticamente esse aprendizado, e apoiar o médico em um diagnóstico mais complicado ou pouco familiar. São os chamados “sistemas de apoio à decisão no diagnóstico de imagens”, como, por exemplo, o conhecido StatDX, da editora Elsevier. Eles constam de uma “radioteca” digital on-line, ou seja, uma coleção de centenas de milhares de imagens diagnosticadas, comentadas por grandes especialistas e referenciadas à literatura científica, que foram obtidas de casos reais, em várias modalidades, como raios X, tomografia, ressonância, ultrassom, etc. Esses sistemas permitem não só aumentar em muito a exposição dos estudantes a casos que eles raramente veriam durante o curso, servindo como um arquivo didático virtual de grande porte, mas principalmente como auxiliares da decisão diagnóstica! De fato, o radiologista, iniciante ou não, tem várias maneiras de realizar pesquisas nessa base de imagens clínicas, e achar as que são mais similares ao caso que está tentando diagnosticar. Dessa forma, ele ou ela pode chegar a um diagnóstico mais seguro e em menor tempo. Ferramentas como essa, integradas aos sistemas de diagnóstico por imagem digital, como o PACS (Picture Archive and Communication System) têm um grande potencial revolucionário no ensino, aprendizado e assistência médica.
* Graduado e doutorado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USPO). Foi professor dessa faculdade e também da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e fundador e diretor do Núcleo de Informática Biomédica desta universidade. Contato: www.renato.sabbatini.com Conheça as soluções da Elsevier: https://www.elsevier.com.br/solucoes-digitais/  

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