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Um milhão de robôs concorrendo ao trabalho

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

24/10/2017 05:13:21

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
Mudança é o processo no qual o futuro invade nossas vidas. (Alvin Toffler)
Há certa miopia em três pontas de um imaginário triângulo equilátero: a escola, o estudante e o mercado de trabalho, às vezes gerando colisões, outras, talvez mais raras, dando vez a realizações e satisfações. Nas colisões, assemelha-se ao fenômeno das ondas do mar (mercado) batendo no rochedo (escola) e o mexilhão (aluno) sofrendo pelos impactos. E as instituições que preparam recursos humanos para o trabalho devem estar atentas ao que Thomas Friedman escreve em seu livro “Obrigado pelo Atraso”, de onde retiramos algumas questões para reflexão. Há uma aceleração exponencial no mundo devido às transformações da tecnologia, do seu impacto na economia e no meio ambiente. Do jeito que vão as coisas, os robôs poderão até ficar com todos os empregos. Mas isso só acontecerá se deixarmos. Se não acelerarmos a inovação nos domínios do trabalho e da educação. E se não repensarmos o percurso todo da educação, do fundamental à aprendizagem continuada, chegando ao trabalho. Tudo muda e a escola permanece a mesma!!! Essa tarefa deveria começar por uma conversa franca com o mercado sobre qual o perfil de profissional que as empresas precisam. E também o estado devia estar atento à diversidade ocupacional que seu desenvolvimento requer para prover trabalho. Da mesma forma que o mercado deixou de se interessar pela formação do estudante, a escola pouco percebeu que quem era realmente seu cliente era o mercado. Cansaram de insistir que o diploma não é tudo, numa terra cartorial, e que a construção do cotidiano não se faz só com mestres e doutores. Seria o mercado um ser intransigente buscando acima de tudo que o egresso tenha qualidade formativa e não somente detentor de um papel-diploma do qual se orgulhe fantasiosamente, como “pronto” para as batalhas do mundo de negócios, indústria, comércio, serviços etc.? Estaria o aluno desfavorecido por precária formação a partir do ensino fundamental e na continuidade de seus estudos, porque nem o poder público nem a iniciativa privada lhe propiciaram uma graduação útil e aplicável à sua empregabilidade? E a escola, sempre a reboque dos processos industriais, sociais e econômicos, tem defesa diante do cenário, e principalmente frente à globalização, perdendo terreno no mundo do conhecimento, o que quer dizer permitindo empregos com baixos salários pela sua formação de mediana proposta? Sem atualidades, sem tecnologias, sem preparo de qualquer ordem para inserir o indivíduo num mercado altamente competitivo? Ainda existem empregos, diz Friedman, “com salários excelentes para formação excelente. E ainda há salários médios para capacitação mediana. Mas já não há mais empregos com altos salários para uma formação mediana. O empregado médio é uma categoria oficialmente extinta”. Como tudo mais na era das acelerações, conseguir e manter um emprego exige estabilidade dinâmica. Mais ou menos como quando se anda de bicicleta: é preciso continuar pedalando o tempo todo, sempre, senão cai. Há duas perguntas rondando a cabeça dos indivíduos frente ao mercado de trabalho:
  1. como estão se sentindo, sabendo que há um milhão de pessoas no mundo capazes de fazer o seu trabalho?
  2. como estão se sentindo sabendo que há um milhão de robôs no mundo capazes de fazer o seu trabalho? (Vejam a seguir um vídeo sobre essa questão aterrorizante)
[embed]https://www.youtube.com/watch?v=NO8PmqEI0cc[/embed] Como devemos começar, portanto? A resposta é curta, segundo Byron Auguste, ex-assessor econômico do presidente Obama. Na era das acelerações, precisamos repensar três contratos sociais fundamentais: entre trabalhadores e empregadores [1], entre estudantes e instituições educacionais [2] e entre cidadãos e governos [3], começando por um quadro nítido do que está realmente acontecendo no mercado de trabalho, de modo a saber exatamente o que estamos tentando consertar. A situação contemporânea é mais do que certa: todos os empregos estão sendo puxados para baixo mais rapidamente, estão sendo terceirizados pela história e transformados em algo obsoleto mais rapidamente do que nunca. Isso exige mentalidade mais empreendedora, ou seja, uma busca por novos nichos, novas oportunidades para iniciar algo que possa dar lucro e gerar empregos. Com isso, precisamos que nossos sistemas educacionais sejam repensados maximizando essas habilidades e qualidades exigidas, com bases sólidas em termos de leitura, escrita, programação e matemática, criatividade, pensamento crítico, comunicação e colaboração, além de garra, automotivação, de aprendizagem contínua, empreendedorismo e flexibilização atitudinal. Às escâncaras, as coisas estão mudando ou vão mudar muito. Nos EUA, em Needham, Massachusetts, com o propósito específico de estabelecer um novo paradigma para o ensino de engenharia, o Olin College mantém uma estrutura altamente flexível capaz de se mover na velocidade da internet, sem organização interna por departamentos acadêmicos, e o corpo docente não dispõe de estabilidade. No Japão, já mostramos a universidade que não atua mais com currículos (Universidade Shure). Não há unanimidade, mas não se pode fugir à realidade. A maioria dos empregos oferecidos hoje não requerem quatro anos de faculdade e nove entre as dez principais ocupações nos EUA em volume de vagas não exigem mais do que um diploma do ensino médio. E por aqui isto não é diferente. A questão que se coloca é como fazer a transição para um contrato social diferente, que promova a passagem da fase de educação para o trabalho, para a da aprendizagem contínua, para toda a vida na era das acelerações. Numa era em que as pessoas contam com um número muito maior de opções para aprender por conta própria, há uma quantidade surpreendente de pessoas que desenvolve (ou desenvolveu) habilidades por conta própria, mas não dispõe necessariamente de certificados, títulos ou diplomas nos quais os empregadores se acostumaram a confiar. Quem constrói a inteligência artificial é a inteligência humana colaborativa. E ela deverá ser sábia para criar maquinas solidárias para superarmos os problemas desta época de acelerações. Os desafios de sustentabilidade e bem  estar global são tão grandes, que só serão vencidos, se o mercado, a escola e os estudantes  unirem seus cérebros e vontade e alinharem propósitos de sobrevivência.  
[1] Os RHs contratarão as pessoas com base no que elas podem comprovadamente fazer, e não apenas em seu currículo, e também devem proporcionar vários caminhos para a aprendizagem contínua no interior da empresa. [2] As empresas não têm mais paciência para ficar esperando que as universidades compreendam o seu mercado, adaptem os seus currículos, contratem os professores certos e ensinem aos estudantes as novas habilidades, especialmente quando plataformas educacionais online que começam a emergir estão agora fazendo tudo isso mais rápido e a partir do zero. [3] É preciso criar todo incentivo possível em termos de regulamentação e impostos para que todas as empresas proporcionem a todo trabalhador acesso à assistência inteligente de financiamento para a aprendizagem contínua.  

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