Paul Ivan Vadas
Editor educacional do jornal online Brazil Monitor
Professor, palestrante, escritor e consultor em educação para instituições de ensino superior no Brasil e nos EUA
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A educação formal não vai resistir assim como está. O maior problema, além da burocratização que engessa os dirigentes (culpa deles mesmo), é que os alunos não conseguem enxergar a relevância e/ou a pertinência da IES, principalmente porque elas mantêm um modelo antiquado, que não atende à individualidade de cada um e, portanto, não atende o diferencial que cada aluno é, e que quer desenvolver.
Há que se desenvolver um modelo educacional individualizado que, acredito, poderá ir ao encontro das expectativas dessa nova geração digitalizada e, ao mesmo tempo, atender os mandos constitucionais (Art. 205) que declaram que os objetivos da educação são:
- Pleno desenvolvimento da PESSOA;
- Preparo para o exercício da CIDADANIA; e
- Qualificação para o TRABALHO.
“Um diploma tinha a validade de pelo menos o tempo de uma vida profissional e, muitas vezes, uma validade ainda mais longa. Essa situação mudou radicalmente. A velocidade atual do avanço do conhecimento não permite que um ex-aluno permaneça preparado, a não ser que ele se atualize constantemente” (Cristovam Buarque Brasília, novembro de 2003, a universidade numa encruzilhada - Portal do MEC)No momento em que o diploma só serve para indicar há quanto tempo o aprendiz está desatualizado, está na hora romper com o passado e de reinventar o setor educacional formal. A reforma da educação formal passa, necessariamente, pela abolição do diploma enquanto formação final e a adoção de certificações periódicas de competências que reflitam a transformação e atualização continuada do aprendiz e que aceite o princípio que a educação, pela sua própria natureza e por definição, formal e/ou informal, é um processo contínuo que se inicia na concepção da vida e termina na morte do indivíduo. Os dirigentes educacionais devem parar de culpar o governo e, em seu lugar, assumir seus direitos constitucionais e desenvolverem seus próprios projetos curriculares e seus próprios modelos didático/pedagógicos/metodológicos no sentido de se tornarem pertinentes e relevantes para cada estudante, cada cidadão, e cada profissional.




