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No Lugar Errado

Roney Signorini

21/01/2010 09:22:41

[caption id="attachment_85" align="alignleft" width="150" caption="Roney Signorini"]Roney Signorini[/caption] Prof. Roney Signorini – Consultor Educacional roneysignorini@ig.com.br O que se tem visto nos últimos anos – com o surgimento da Avaliação das Condições de Oferta, substituída pela Avaliação das Condições de Ensino e finalmente pelo SINAES (Lei 10.861, de 14/04/04) para a educação superior – é a atribuição de uma grande força ao corporativismo acadêmico, diferente do trabalho acadêmico puro. As funções executivas passaram, então, a ser da alçada hegemônica de intelectuais, mestres e doutores. Esse corporativismo tem dado pouca ou nenhuma atenção aos méritos e resultados alcançados pelo staff inferior. Muito menos ao anterior. Prevalecem os títulos, com raros acertos administrativos. As IES privadas continuam a buscar no nexo causal a iniciativa funesta da troca e da substituição de equipes. Se possível, toda ela. Ninguém “presta” para o novo que se inicia. O velho não cabe no novo processo e a desqualificação do trabalho anterior – desconsiderando os pontos bons, inclusive – leva ao equívoco de refundar e desconstruir apenas em conceitos o que a práxis contrapõe, sobretudo se afoitamente. E dá-lhe um turnover geral, não só nas novas, mas também nas IES mais antigas. E o rodinho passa da telefonista ao Coordenador, dos bedéis ao corpo docente. O que fica, portanto, é a descontinuidade das ações e o desprezo pelos resultados que antes se alcançavam. Trata-se, aliás, da própria cultura político-partidária brasileira que entende, não poucas vezes, desmerecer o trabalho de governantes anteriores e assim não dar continuidade a obras e políticas acertadas, impedindo o progresso da sociedade. Fica estabelecido um conflito, seja por acaso ou por causa, entre a academia e a prática. Esta última sempre cobrada e carregada de experiência, só cabendo aos intelectuais a definição de modelos, jamais sua arquitetura e operacionalidade. Infelizmente, é o que se tem visto nas instituições de ensino que passaram a privilegiar doutores e mestres frente às Coordenações de cursos, que lograram tais títulos com uma dissertação ou tese de focos exclusivos, num único minuto das horas do conhecimento. Logo-logo se reduzirão a poucos segundos pela obsolescência de tal conhecimento com destino ao descarte. Há quem diga que em 72 horas o conhecimento se renova e demanda novos estudos desses intelectuais que deveriam estar em sala de aula em período integral/semanal. Uma pós-graduação é fase demais delicada no percurso de um estudioso e abraçar essa viagem cultural não tem volta. É a essência justificadora da educação continuada, de que tanto carecemos. Alocar um mestre ou doutor – senão no grupo de notáveis da instituição – frente à coordenação de cursos é negar o empenho e esforço da dedicação a uma pesquisa. Que não se exaure nesses dois graus, mas devem ir além. Fora o alto custo para o Estado ou para o indivíduo, se às próprias expensas. Esse esforço de mestres e doutores garante, em sala de aula, avanços nos conhecimentos e na pesquisa, porquanto esses intelectuais são donos, em geral, de um saber muito específico de determinado campo do conhecimento que no mais das vezes é inútil diante do todo coordenador-administrativo, função que carece quase cem por cento de experiência. Poucos são os titulados, para não dizer nenhum, que trazem um mestrado profissional. Os MBAs e os MBCs* apenas credenciam especialistas, não mestres, quando a bola da vez é o mestrado e doutorado para o magistério superior. Melhor, portanto, seria mesmo colocar os titulados em sala de aula, nunca frente a uma coordenação, cuja função vai muito além de gerir, gerenciar como gestor cuja exigência máxima é a prática, a fazeção, conhecendo o chão da fábrica. A iniciativa particular não pode replicar o engano dos cursos públicos superiores, cuja exigência legal ou estatutária centra no eixo administrativo um livre-docente, um doutor ou mestre gravitando entre dezenas de titulados. O empreendimento da educação privada tem outros compromissos, não dissociados mas também não similares aos da educação pública, que não pode ser massiva, que deve formar professores com excelência, em progressão geométrica porque temos pressa. Essa deve ser a responsabilidade maior do Estado, além da pesquisa e da extensão sérias, comprometidas com a Nação. Doutorado em amebas ou semiótica, indispensável em sala de aula, não credencia para uma Coordenação, não autoriza a gestão de qualquer curso que vise ao mercado de trabalho, última instância de um investimento particular na graduação. E a grande maioria dos cursos vai pela estrada do emprego nas IES privadas. E tem mesmo de ir. Muito breve o mundo profissional brasileiro vai se ressentir de ações não impetradas nas graduações se não trocarmos o blablablá do “achismo” acadêmico na área da Coordenação pela realidade contundente da necessária ocupação dos espaços de trabalho pela juventude, já de si tão desencantada. Não foram poucas as vozes que até aqui já deram o diapasão, mas o INEP e mantenças continuam com ouvidos de mercadores. O prof. Edson Franco (UNAMA) redigiu um excelente tratado sobre o assunto, definindo o perfil necessário para um Coordenador de curso, alguém que transite com segurança, proficiência e domínio nos fazeres universitários. Predicados que são insubstituíveis para a elaboração do melhor currículo, com disciplinas e respectivos conteúdos consoantes aos mercados, à prática para a empregabilidade levada às últimas consequências, instalação e manutenção de laboratórios, acervo bibliográfico, etc. etc. Alguém com competência e habilidade bastantes para a construção de um ótimo calendário letivo, um líder que some e multiplique opiniões favoráveis, abalizadas no tête-à-tête ou em reuniões grupais, além de profundos conhecimentos das rotinas de secretarias e até mesmo um eficiente calendário de provas, pra não falar nos velhos e insubstituíveis Diários de Classe já no primeiro dia de aula do semestre. Se a (nova) política financeira adotada pela IES é de mensalidade X ou Y, isso não altera o cenário. Até porque, se tal política é medida adequada ou não ela se mostrará com o resultado. Mas a qualidade do produto, a formação, é preocupação necessaríssima para a própria manutenção do empreendimento. Massificação e fazeção não combinam com elitização, não dá liga. Uma boa equipe compondo o corpo docente deveria ter no mínimo 30% de profissionais do mercado e pra fechar o saldo, 30% especialistas, 20% mestres e 20% doutores, nessa ordem. E a liderá-la um experiente gestor profissional, melhor ainda se for workaholic. * MBAs: Master Business Administration - MBCs: Master Business Communication  

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

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Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

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